15.11.21

 

ESCOLAS MUNICIPAIS DE ITABUNA FAZEM AS PROVAS DO SAEB 


O Saeb evidencia as habilidades e revela as fragilidades nos processos de aprendizagem, e por isso se constitui uma importante ferramenta a ser utilizada pelo Ministério da Educação e pelos sistemas de ensino na construção de políticas públicas educacionais, com o propósito de melhorar o desempenho dos estudantes.

 


Esse importante instrumento de análise fornece dados estatísticos e pedagógicos que contribuem para que as unidades escolares e as redes de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. Os vários anos de aplicação do Saeb compõem um rico histórico de dados de cada unidade escolar e do Distrito Federal como um todo, que permite acompanhamento contínuo, identificar limitações, fragilidades, habilidades e potencialidades dos estudantes e das escolas.

 

Nesse sentido, e ainda, considerando os efeitos decorrentes da pandemia da covid-19, a participação e comprometimento de toda a comunidade escolar com o Saeb tornam-se mais do que necessários. É fundamental mobilizar estudantes, professores e diretores para que possamos coletar o maior número possível de dados e informações, fazendo uma análise ainda mais próxima do real, baseada em dados e evidências, capaz de mensurar e expressar os impactos causados pela pandemia.



Os objetivos do Saeb no âmbito da Educação Básica são:

 Produzir indicadores educacionais para o Brasil, suas Regiões e Unidades da Federação e, quando possível, para os Municípios e as Instituições Escolares, tendo em vista a manutenção da comparabilidade dos dados, permitindo, assim, o incremento das séries históricas;

 Avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação praticada no país em seus diversos níveis governamentais; 

 Subsidiar a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas públicas em educação baseadas em evidências, com vistas ao desenvolvimento social e econômico do Brasil;

↳ Desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o intercâmbio entre instituições de ensino e pesquisa.



A aplicação do Saeb ocorrerá entre os dias

8 de novembro e 3 de dezembro de 2021



Saeb – Secretaria de Estado de Educação (educacao.df.gov.br)


                                                          Refeitório da escola Flávio Simões


Aulas presenciais nas escolas municipais de Itabuna somente a partir de 2022


Interrompidas desde março de 2020, por conta da situação mundial da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais nas escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna só retornarão à normalidade a partir do ano letivo de 2022, programada para o mês de março.

A decisão foi tomada pelo prefeito Augusto Castro (PSD). Está disposta no Decreto nº 14.719, publicado na edição eletrônica do Diário Oficial do Município, na quarta-feira, dia 20.

Com a decisão, o retorno das aulas presenciais no formato híbrido que aconteceria de forma gradativa com a implementação de um projeto-piloto em 15 unidades da rede pública municipal, a partir da próxima segunda-feira, dia 25, fica suspenso. As aulas nas escolas municipais de Itabuna permanecem na modalidade não-presencial, conforme determina o Decreto nº 14.512, de 13 de julho de 2021.

Ao suspender o retorno das atividades letivas presenciais este ano, o prefeito Augusto Castro levou em consideração diversos fatores, dentre eles a necessidade de priorizar e dar bom andamento às reformas e intervenções que vêm sendo feitas nas escolas da Rede Pública Municipal de Ensino.

As obras de melhoria da infraestrutura escolar visam assegurar condições de segurança sanitária considerando aspectos como salas de aulas com abertura para circulação de ar, requalificação de sanitários para o bom funcionamento e conforto, além de abastecimento regular de água, dentre outras providências.

___________
Departamento de Comunicação Social
Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação
Prefeitura Municipal de Itabuna


7.11.21

A Escola em Tempos de Pandemia

 

          A Educação é uma das áreas mais afetadas pela pandemia covid-19. Devido à 

    suspensão das aulas presenciais (Decreto Estadual nº 19.586, de 27 de março de 

    2020), houve uma defasagem na escolarização dos alunos.

Pela necessidade de distanciamento social devido a pandemia, a Secretaria Municipal de Educação de Itabuna-Bahia, elaborou um Plano de Ação, de acordo com as orientações e normas educacionais, considerando suas concepções pedagógicas e realidade local, para garantir a continuidade das atividades curriculares. 
Os professores estão elaborando atividades diversificadas e avaliações, a fim de manter o contato com nossos alunos e dar continuidade ao processo educacional.

 As atividades propostas durante o período de isolamento, na forma de blocos de atividades remotas, respeitam as condições estruturais, emocionais, a ausência física do professor, as necessidades especiais dos alunos e as situações adversas de muitas famílias. 

Diariamente, os professores descobrem novas maneiras de interação com os alunos e estão planejando e realizando experiências de aprendizagem diferenciadas, de modo que a conexão e a aproximação com a escola aconteçam, mesmo que através dos meios tecnológicos, de maneira mais tranquila e esclarecedora possível.

Ressaltamos que neste período estreitamos nossas relações com os pais, mostramos nossos planejamentos explícitos e quão somos comprometidos com o nosso fazer pedagógico e a educação dos seus filhos.

Os professores estão estudando e descobrindo novas ferramentas que poderão continuar auxiliando as aulas mesmo no pós-pandemia. Os professores readaptados têm auxiliado no registro das ações e entrado em contato com as famílias para orientar e auxiliar no acesso à plataforma de estudos.


9.11.14

Circuito Artístico na Escola



 O Circuito Artístico é uma proposta da secretaria de educação para a apresentação de trabalhos realizados durante o ano nas escolas do município, a fim de incentivar e entrosar os diferentes projetos desenvolvidos. A proposta movimenta as escolas participantes, envolvendo a todos de maneira a buscarem se sobressair uma em relação à outra.
Dia 06/11 a escola esteve em festa, apresentando o resultado de trabalhos realizados durante o período, parte do Projeto Etnia, dentro da programação do Circuito Artístico,
O tema da apresentação  foi:" A arte que encanta com vida... ao grande espetáculo da terra: Viva o povo brasileiro"

Parafraseando a professora Tania Sampaio Dias:

O que é que Escola Flávio Simões tem?
Tem circo minha gente tem...
Tem Castro Alves também...

O que é que o Circuito Artístico Escola Flávio Simões tem?
Tem Arte Cubismo tem... 
Gingado baiano também...




Foi nesse grande palco e sob o som dos acordes de um pout pourri musical que alunos e professores mostraram a diversidade e riqueza da cultura brasileira.
Viva o Povo Brasileiro! Essa foi a temática escolhida para viver o Circuito Artístico 2014.







9.5.14



Formação de professores: um grande desafio



Desafios da escola: uma conversa com os professores
Maria Umbelina Caiafa Salgado


Introdução

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – LDB de 1996, o professor é um profissional da educação, que deve ter plano de carreira, acesso à formação inicial e continuada e condições adequadas de trabalho. Essas determinações de fato correspondem às demandas do pessoal docente, mas estão longe de ser uma realidade efetiva, neste momento. Não existem dados sistematizados sobre a formação continuada, nem sobre os estados que já criaram e implantaram seus planos de carreira e a avaliação de desempenho. O piso salarial profissional não passou ainda de um tema de discussão e as condições de trabalho apresentam muitas falhas. Mesmo a situação da formação inicial está muito aquém da desejável, havendo em exercício, na educação básica de todo o país, cerca de 1 milhão e 300 mil professores que não têm formação em nível superior.

No momento, estão sendo discutidas, em nível nacional, várias propostas de políticas destinadas a superar as deficiências no cumprimento das disposições da LDB a respeito do professor. No entanto, não pretendemos analisá-las neste momento. Nossa intenção é refletir sobre o pressuposto geral que fundamenta o Título VI e o Artigo 67 da LDB – o significado da noção do professor como um profissional – e o modo como a formação inicial e continuada pode contribuir para que o professor se perceba como um profissional.
Essa discussão é importante, pois o conceito clássico de profissional encontra-se em crise. Ao defender a idéia do professor como um profissional, não estaríamos embarcando em uma “canoa furada”? Por outro lado, não estaríamos falando em profissionalização quando o que de fato vem ocorrendo é a proletarização do professor (Santos, 1995), que se vê compelido a realizar trabalhos que fogem às suas incumbências, e que não goza de autonomia pedagógica, nem de reconhecimento social? O fato é que a noção de profissional mudou, e temos necessidade de identificar os aspectos em que mudou.

A crise da noção clássica de profissão

A idéia clássica de profissão – cujos exemplos mais usuais são a Medicina, o Direito, a Engenharia, a Farmácia, a Odontologia, entre outras – caracteriza-se pelos seguintes aspectos:
• Conhecimentos profissionais especializados, adquiridos em formação inicial de alto nível, que confere um título e define legalmente um território exclusivo de atuação.
• Formação baseada nas ciências puras e em sua aplicação ao trabalho profissional.
• Autocontrole da prática, autonomia para adaptação a situações novas, e avaliação apenas pelos pares.
• Necessidade de atualização contínua dos conhecimentos profissionais.
• Responsabilidade pelo mau uso dos conhecimentos profissionais, incluindo falta de ética e erros que prejudiquem os clientes.

Analisando essa concepção de profissional, na época presente, Tardif (1991) identifica uma série de problemas, que configuram uma crise em quatro dimensões: a) crise de perícia (a concepção de ciência aplicada, como base da preparação profissional, é posta em cheque pela noção de saberes, cuja racionalidade é limitada); b) crise de formação (a insatisfação com a fragmentação e a alienação do ensino universitário, que se distancia do campo de trabalho profissional); c) crise de poder (a intermediação da ação profissional por sistemas burocráticos que limitam sua autonomia – como, por exemplo, os planos de saúde em relação ao médico) e d) crise de Ética (as implicações de ter seres humanos e o meio ambiente como finalidades da ação profissional).

Essa análise se reforça por um fenômeno que podemos facilmente perceber à nossa volta: a reconfiguração geral dos campos profissionais, com o surgimento ou reconhecimento de novas profissões e o desaparecimento ou transformação de outras. Para isso, basta analisar as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), que propõem, por exemplo, a formação do Médico como membro de uma equipe de saúde, em que se integram, além da Enfermagem, a Fisioterapia, a Fonoaudiologia, a Terapia Ocupacional, a Nutrição, a Biomedicina etc. Por outro lado, estão sendo elaboradas DCN para atividades que não eram consideradas profissões, no sentido clássico, como por exemplo: Design, Hotelaria, Dança, Secretariado Executivo, Turismo etc.

Nesse contexto, cabe perguntar: que profissional é o professor? Como formá-lo?

A Epistemologia da Prática

Para Tardif, é necessário que, nos tempos atuais, a formação profissional se baseie em uma nova epistemologia: a “epistemologia da prática”, que ele define como “o estudo do conjunto de saberes utilizados realmente pelos profissionais [professores, no caso], em seu espaço de trabalho cotidiano, para o desempenho de todas as suas tarefas (Tardif, 1991). Assim, a formação do professor, de acordo com a “epistemologia da prática, contribuiria para dar novo significado também à escola e à profissão docente (Nóvoa, 1991).

A idéia de uma “epistemologia da prática” resulta de transformações na ciência contemporânea relacionadas ao desenvolvimento da microfísica (Santos, 1997) e ao pensamento de autores como Kuhn (1962), Foucault (1971) e Canguillen (apud Machado, 1981), que criam novos objetos epistemológicos – como o cotidiano, os jogos de linguagem e a prática, entre outros – e demonstram a historicidade do conhecimento (Tardif, 1991). Assim, a prática passa de campo de aplicação a campo de produção do conhecimento, conferindo-se legitimidade aos saberes práticos.


Nesse contexto, torna-se necessário admitir que a formação inicial, por mais indispensável que seja e por melhor qualidade que tenha, é intrinsecamente inacabada e que os primeiros anos de exercício profissional envolvem importantes novas aprendizagens, que vão além da simples aplicação do que foi estudado na Universidade. Vê-se, pois, que as concepções de atualização e reciclagem não se confundem com a de formação continuada: embora esta possa valer-se também daquelas, tem uma dimensão relacionada à complementação da formação inicial e à reelaboração teórico-crítica da prática cotidiana, ao longo de toda a carreira profissional.


Além disso, a epistemologia da prática, considerando a vida cotidiana como objeto de conhecimento, aborda a integração das dimensões pessoal e profissional. Como disse Nias (1991, apud Nóvoa, 2000), “o professor é a pessoa; e uma parte importante da pessoa é o professor”. Essa orientação deu origem a estudos de caráter holista (Huberman, 2000; Goodson, 2000; Perrenoud, 2001) que identificam, no profissional, as dimensões do saber, do fazer, do ser e do conviver.

O processo identitário do professor

Na perspectiva da epistemologia da prática, antes de pensar na formação do professor, é necessário refletir sobre sua identidade. O que significa identidade? Segundo a Antropologia, a identidade tem simultaneamente uma dimensão individual e uma dimensão coletiva. No plano individual, nossa identidade corresponde ao que pensamos que somos, às idéias e representações que desenvolvemos sobre nós mesmos. No plano coletivo, indica os papéis que desempenhamos em cada grupo social ao qual pertencemos: somos brasileiros ou não, homens ou mulheres, pais ou mães, filhos ou filhas, pertencemos a essas ou àquelas associações sociais ou profissionais etc. Os modos como vivemos nossos papéis nos diferentes grupos se influenciam mutuamente, de forma que nossa identidade se constitui pela interação das especificidades desses grupos aos quais pertencemos. Isso significa que ela possui variadas dimensões, que se articulam e mudam no tempo: na verdade, não temos uma identidade, mas sim identidades.
Focalizando apenas o Brasil, percebemos facilmente que a identidade do professor mudou, passando das figuras da normalista cheia de ideal ou do educador que trabalha por vocação, como se fosse um “sacerdote”, para as do técnico em ensino e do trabalhador da educação. No momento presente coloca-se a noção do professor profissional da educação que, ao formar-se, forma também a escola e produz a profissão docente (Nóvoa, 1991). De que modo, no entanto, se dá essa dinâmica do processo identitário do professor, ao longo de sua formação inicial e continuada?

Considerando a importância das interações sociais e do contexto político e social para a formação do professor, podemos dizer que é importante prever tempos e espaços curriculares, tanto na formação inicial quanto na continuada, para que ele – profissional em formação – possa refletir criticamente sobre diferentes aspectos de sua prática pedagógica, em que seu trabalho “dialoga” com diversos interlocutores: a própria sociedade (famílias dos alunos), o sistema de ensino (MEC, Secretarias de Educação), a categoria docente (cujo campo de trabalho é a escola), a instituição escolar (em que vivencia relações hierárquicas vinculadas aos papéis institucionais), a escola em funcionamento (em cuja organização trabalha com seus pares ) e a sala de aula (em que interage com os alunos). Esse conjunto de relações, que se mesclam e se conformam mutuamente, resultam na dinâmica do processo de formação da identidade do professor como um profissional.

Com base na abordagem sintetizada nos parágrafos precedentes e nas responsabilidades hoje atribuídas ao profissional da educação, podemos distinguir em sua identidade três dimensões inseparáveis, pois ele é, simultaneamente: a) um especialista que domina um instrumental próprio de trabalho e sabe fazer uso dele; b) um pensador capaz de repensar criticamente sua prática e as representações sociais sobre seu campo de atuação; c) um cidadão que faz parte de uma sociedade e de uma comunidade.

 Como especialista, é necessário que o docente:

• conheça os conteúdos curriculares do Ensino Fundamental, compreenda seu modo de produção, seus princípios, desdobramentos e implicações, de forma a conseguir uma adequada transposição didática dos conhecimentos para a situação escolar;
• saiba como articular diferentes conteúdos, tratando o conhecimento de forma interdisciplinar e adequando-o às experiências culturais e às condições de aprendizagem dos alunos;
• domine seu instrumental de trabalho, de modo a ser capaz de planejar, desenvolver e avaliar situações contextualizadas de ensino e aprendizagem, e outras atividades pedagógicas, nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
• saiba valer-se das novas tecnologias da comunicação e da informação, incluindo a Informática;
• saiba interagir com as famílias dos alunos e com a comunidade em que se situa a escola;
• desenvolva uma mentalidade aberta às mudanças, que o leve a ser inovador em suas ações e no trato com os currículos e as situações de ensino e aprendizagem.

 Como pensador, é essencial que o professor:

• compreenda a natureza da educação e da escola em suas diferentes dimensões – local, regional, nacional e mundial;
• conheça as experiências culturais de seus alunos e saiba situá-las no quadro da aprendizagem e do desenvolvimento humano;
• seja capaz de produzir saberes pedagógicos e de contextualizar sua própria prática, relacionando-a de forma crítica aos alunos, à comunidade e à sociedade;
• saiba administrar sua própria formação;
• compreenda a cultura contemporânea e possa fruir dela em suas diversas manifestações: literatura, cinema, teatro, televisão, artes plásticas etc.;
• desenvolva sua capacidade crítica em função da evolução da sociedade globalizada.

 Como cidadão, é fundamental que o professor:

• participe da dinâmica social, percebendo-se como pessoa que tem direitos e deveres comuns a todos e, ao mesmo tempo, como um profissional que tem um campo de atuação, um instrumental de trabalho e um ethos específicos;
• comprometa-se com a democratização e a qualidade da educação escolar disponibilizada para todos;
• atue, efetivamente, em favor da construção de uma sociedade mais justa, mais democrática, mais livre, sem exclusão.

Formação e identidade profissional do professor

Essas reflexões nos apontam algumas orientações para a elaboração de uma proposta curricular adequada à formação do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, e que podem ser resumidas da seguinte forma:

 A educação é um processo antropológico, que começa antes e se prolonga além da escola. Esta instituição partilha com outras entidades a responsabilidade de orientar o desenvolvimento da infância e da juventude, mas tem a função específica de fazer mediação entre o projeto educacional da sociedade como um todo e as aspirações, expectativas e necessidades dos alunos individuais. Assim, o professor tem de ser formado para ser sobretudo um mediador, processo altamente complexo em uma sociedade marcada pela desigualdade social como a nossa.

 As experiências prévias, quer pessoais, quer profissionais, do formando devem ser consideradas e valorizadas, num quadro de inclusão e de multiculturalidade. Um currículo atual para a formação de professores deve conter oportunidades de enriquecimento, fruição e ampliação cultural dos cursistas.

 A escola é o locus por excelência da formação continuada e deve ser um espaço importante, na formação inicial. É essencial que universidades ou institutos de formação de professores estabeleçam parcerias com escolas da rede de educação básica, assegurando espaço de prática pedagógica para seus alunos e, como contrapartida, oferecendo serviços especializados, para colaborar com a formação continuada dos docentes das instituições parceiras. No caso da formação inicial em serviço – tão freqüente no momento atual –, o que à primeira vista pareceria uma limitação, passa a ser uma vantagem: estudando e trabalhando ao mesmo tempo, o professor tem mais oportunidades de receber orientação e acompanhamento da prática e, sobretudo, tem um material mais rico para completar o ciclo da ação - reflexão - ação.

 A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizador e socializador, e a formação deve prever tempos e espaços curriculares para a interação e o trabalho coletivo. Em uma linha que não é estranha ao pensamento de Paulo Freire, fica subtendido que os professores não poderão ser tratados como receptores passivos, mas sim como pessoas com capacidade crítica, cuja experiência será considerada um valor acrescentado ao processo de formação, e que deverá servir como ponto de partida, para aprimorar sua ação profissional e estimular sua participação no processo de melhoria da sociedade.

 A atual concepção de conhecimento – em que a metáfora da árvore é substituída pela metáfora da rede, relativizando a importância dos pré-requisitos e traçando múltiplos percursos alternativos de aprendizagem – implica não uma interdisciplinaridade “natural” ou automática, mas a construção dela, em função do profissional que se deseja formar, sendo necessário, neste caso também, prever tempos e espaços curriculares adequados para o trabalho interdisciplinar.


 Nesse contexto, a avaliação é concebida como etapa do processo de ensino e aprendizagem, compreendendo um momento diagnóstico inicial, um percurso de acompanhamento formativo e um momento de balanço, que conclui uma etapa e, simultaneamente, dá início à seguinte.

 Ainda considerando a concepção atual de conhecimento, o currículo deve permitir a ação em espiral, retomando e aprofundando os conteúdos e as práticas, em diferentes momentos. Assim, os alunos poderão ter várias oportunidades de recuperação e, até o final do curso, o tempo será válido para o cumprimento dos requisitos vinculados ao perfil de profissional buscado e, portanto, necessários para a certificação do professor.

 Na formação do professor, a ação educativa não pode ser fragmentada em atos isolados. Deve, sim, constituir um processo contínuo de ação – reflexão - ação, no qual a prática não se dissocia da teoria, desde o primeiro momento do curso.

 A antiga noção de prática de ensino dá lugar à concepção de prática pedagógica, mais ampla, que articula a ação docente na sala de aula, na escola, na profissão, no sistema de ensino e na sociedade.

Conclusão

As reflexões desenvolvidas nos tópicos precedentes nos mostram que a idéia de um professor profissional só faz sentido no contexto de um conjunto de medidas destinadas a tornar reais as determinações da LDB. Neste texto, porém, nós nos concentramos na formação do professor e vimos como ela pode contribuir para torná-lo um novo profissional, que produz a si próprio na perspectiva da epistemologia da prática. Isso significa que, se a formação inicial garante o tratamento sistemático dos conhecimentos do professor – como especialista, como pensador e como cidadão –, os saberes que produz em seu cotidiano dão-lhe a segurança e a serenidade para o trato com os alunos. Nessa perspectiva, a formação continuada não apenas se reporta à atualização do professor, mas principalmente permite o distanciamento crítico, necessário para uma reflexão mais aprofundada, que analise e consolide os saberes da prática, evitando que se transformem em simples senso comum.


Bibliografia

BRASIL /MEC/ CNE. Lei n.° 9.394, de 20 de dezembro de 1994: Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1994.
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FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GOODSON, I. F. Dar voz ao professor: as histórias de vida dos professores e o seu desenvolvimento profissional. In: NÓVOA, A. Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2000.
HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2000.
KUHN, T. The structure of Scientific Revolutions. Chicago, University of Chicago Press, 1962.
MACHADO, R. Ciência e Saber – A trajetória da arqueologia de Foucault. Rio de Janeiro: Graal, 1981.
NÓVOA, A. Concepções e práticas de formação contínua de professores. In: NÓVOA, A. Formação Contínua de Professores: Realidades e Perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro, 1991.
. Os professores e suas histórias de vida. In: NÓVOA, A. Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2000.
PERRENOUD, P. et alii. (org.) Formando professores profissionais: Quais estratégias? Quais competências? Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
SALGADO, M. U. C. Training, Salaries, and Work Conditions of Teachers of the First Grades of Primary School. In: RANDALL, I. e ANDERSON, J. B. Schooling for Success Preventing repetition and dropout in Latin American primary schools. New York: M. E. Sharp, 1999. (Columbia University Seminar Series).
. Um olhar sobre a formação inicial de professores em serviço. In: VÁRIOS AUTORES. Um Olhar sobre a Escola. Brasília: MEC/SEED, 2000. (Série de Estudos para Educação a Distância).
SANTOS, B. de S. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 1997.
Santos, L. L. de C. P. Formação do Professor e Pedagogia Crítica. In: FAZENDA, I. (org.) Pesquisa em Educação e a Transformação do Conhecimento. Campinas: Papirus, 1995.


Fonte: Salto para o Futuro

11.4.14



eNFIM, UMA NOVA ESCOLA!



Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões - Foto Gabriel de Oliveira 1Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões
Em clima de alegria, a comunidade do bairro da Califórnia festejou a reinauguração da Escola Municipal Professor Flávio Simões Costa, na manhã desta sexta-feira, 11. Esta é mais uma escola municipal, totalmente reformada após 15 anos de fundação, entregue aos professores, aos alunos e às suas famílias pelo prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, em solenidade que reuniu autoridades, educadores, alunos, pais de alunos, ex-alunos, lideranças comunitárias, secretários, vereadores e assessores municipais.
O prefeito Vane agradeceu o empenho dos educadores e de todos os que estiveram diretamente envolvidos com a reforma do espaço educacional e enfatizou a determinação do seu governo em dotar à Rede Municipal de Ensino de espaços dignos para o desenvolvimento da prática educativa. Vane lembrou que, desde o ano passado, a Prefeitura vem investindo recursos próprios na reforma e ampliação de mais de 40 escolas, muitas delas em estado de total precariedade como foi o caso da Flávio Simões.
O prefeito lembrou que, em paralelo à melhoria da infraestrutura educacional, o município também tem priorizado investimentos em projetos sociais focados no incentivo à prática esportiva, à arte e a cultura. "Neste sentido estamos desenvolvendo nos Sítios da Fundação Marimbeta o Projeto Viv-A-Rte, com capacidade para atender três mil crianças e adolescentes. Através da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania serão atendidas mais de cinco mil jovens em oficinas de música, teatro, dentre outras", argumentou.
Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões - Foto Gabriel de Oliveira 2Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões
Vane ressaltou que o compromisso da administração municipal em tornar Itabuna uma cidade melhor para todos que nela vive também passa pela reestruturação da rede básica de saúde, onde já estão sendo recuperadas sete unidades de atendimento, além da reestruturação do Hospital de Base e da entrega de outras cinco unidades de saúde. "Se olharmos o estado em que encontramos a rede de atendimento em saúde e o que já foi possível fazer, perceberemos que avançamos e temos que avançar ainda mais", enfatizou.
"Porém, tenho a consciência de que não será possível mudar uma realidade de mais de três décadas de desgovernos em apenas quatro anos. Pois, é necessário recuperar cada rua, cada praça, cada escola e cada unidade de saúde do município. Infelizmente, os recursos que temos não nos permite fazer tudo", disse o prefeito. Vane informou que, a partir da próxima semana, em parceria com o governo federal, Itabuna começa investir recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) em nove bairro da zona oeste da cidade, que serão beneficiados com obras de saneamento básico, esgotamento sanitário e pavimentação.
A secretária da Educação, Dinalva Melo do Nascimento, lembrou o professor Flávio Simões Costa, que empresta o nome a escola, como uma das grandes referências na luta pela educação grapiúna. "A existência dele justifica a existência de uma Universidade pública em nosso meio e foi fator determinante para acreditarmos que era possível mudar a triste realidade desta escola", frisou.
Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões - Foto Gabriel de Oliveira 3Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões
Ela também lembrou a triste realidade vivenciada pelos educadores por conta de um canal transformado em esgoto, que corria a céu aberto na Escola Flávio Simões. Em dias de chuva os alunos tinham que ser retirados de sala de aula. "Agora temos um espaço digno para desenvolvermos a prática educacional numa perspectiva de mudanças", afirmou. Já a diretora da Escola Flávio Simões, Rivanilda Dias, agradeceu ao prefeito Vane e a titular da SEC o olhar atencioso que deram à reinvindicação da comunidade escolar.
Na solenidade também falaram o deputado estadual José de Arimatéia; o vice-prefeito Wenceslau Júnior; o presidente da Câmara de Vereadores, Aldenis Meira; o vereador Antonio Cavalcante; e o professor Virgílio Sena, que representou o corpo docente da escola. O ato contou ainda com a presença dos vereadores Joilson Rosa, Jairo Araújo e Pastor Francisco Edes.
Nova escola
"O que vemos aqui é uma nova escola". Foi assim demonstrando bastante contentamento que a dona de casa Ângela Maria Gomes de Souza, moradora do bairro Monte Cristo, elogiou a reforma completa da Escola Flávio Simões executada pela Prefeitura. "Tenho uma filha que estuda aqui e posso afirmar que a mudança foi de 100%. Conhecia a realidade de antes e o que vejo aqui é outra escola, graças a Deus", opinou.
Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões - Foto Gabriel de Oliveira 4Prefeito de Itabuna Claudevane Leite inaugura Escola Flávio Simões
Quem também se disse satisfeita com a reforma da Escola Flávio Simões foi dona Raimunda Pereira Santana. Ela, que é avó de um aluno matriculado neste ano na escola vindo transferida do Rio Grande do Sul, disse que gostou muito da transformação. "O que estou vendo aqui é uma mudança total. Antes isto aqui não parecia uma escola. Mas, graças a Deus agora posso dizer que meu neto estuda num espaço digno", afirmou.
Após o descerramento da placa comemorativa e alusiva ao ato, as autoridades e a comunidade presente participaram de um breakfast.

dados obtidos em: http://prefeituradeitabuna.com.br

10.4.14

ESCOLA FLÁVIO SIMÕES SERÁ ENTREGUE À POPULAÇÃO 




REFORMA DA ESCOLA PROF FLÁVIO SIMÕES

Após passar por uma intensa reforma em sua estrutura física, nossa escola será entregue à comunidade do bairro Califórnia, em Itabuna, na manhã desta sexta-feira, 11, às 9 horas. A solenidade contará com a presença do prefeito Claudevane Leite, secretários municipais, vereadores, dirigentes escolares e de pessoas da comunidade, além de estudantes da unidade.
A reforma da Escola faz parte do Programa de Melhoria e Requalificação da Infraestrutura Educacional da Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna, que vem sendo executada desde o ano passado pela Secretaria da Educação (SEC).


As obras em nossa  unidade escolar incluíram a implantação de saneamento básico, eliminando um esgoto que corria a céu aberto dentro do terreno da escola há mais de duas décadas. Na área externa foi construída uma moderna praça de convivência, que conta com iluminação e jardinagem.
As intervenções também incluíram a total revisão elétrica e hidráulica, reparos na infraestrutura física, incluindo o telhado e piso, reforma de conjuntos sanitários, construção de passeios, rampas de acesso, além da pintura interna e externa e aplicação de asfalto, melhorando o acesso ao local.
De acordo com nossa diretora, a professora Rivanilda Dias Ribeiro, atualmente atendemos  1.127 alunos nos Ciclos da Infância e da Adolescência, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. 


Ela lembra que o prédio escolar, onde funcionou durante muitos anos o Colégio Estadual Presidente Medici, foi construído no terreno de um antigo brejo por onde corria um riacho com nascentes no bairro Santa Inês. Por conta disto enfrentava uma série de problemas, inclusive com o corpo d'água transformado em esgoto a céu aberto, além de alagamentos em tempo de chuvas.
 "Podemos dizer que a escola está saindo de uma situação que era deprimente para vivenciar uma nova realidade, digna de um espaço educacional", argumenta.
A comunidade escolar do Flávio Simões está feliz e, acreditando que os novos espaços criados, venham agregar saberes a nosso alunado.

site da prefeitura municipal

8.4.14

Atenção Básica realiza
 Semana de Saúde na Escola em Itabuna


  PALESTRA NA ESCOLA PROF FLÁVIO SIMÕES

Os profissionais do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) realizam de hoje até sexta-feira, 11, a Semana de Saúde na Escola em 11 unidades da Rede Municipal de Ensino de Itabuna.

Diariamente mais de 200 alunos vão assistir a palestras sobre alimentação saudável, atividades físicas, prevenção às drogas e direitos humanos. O objetivo é promover o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens.


O Programa Saúde na Escola é realizado numa parceria entre as secretarias municipais da Educação e da Saúde e contribui para a formação dos estudantes por meio de ações de promoção e atenção à saúde, além de prevenção de doenças e incentivo a práticas saudáveis.

Nesta segunda-feira as atividades aconteceram na Escola Municipal Flávio Simões onde os alunos foram orientados sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e as garotas, de 11 a 13 anos, foram vacinas contra o vírus do HPV (papiloma vírus humano).

Até sexta-feira, as escolas CAIC Jorge Amado, Maria Creuza Pereira, José Oduque Teixeira, Infanto-Juvenil, Castelo Branco, 28 de Julho, Raimundo Jerônimo, Iolanda Pires, Luiz Viana Filho e Heribaldo Dantas serão visitadas pela equipe que é composta por enfermeiros, profissionais do Centro de Referência Júlio Brito, das Unidades de Saúde dos bairros e estudantes dos cursos superiores e Nutrição e Educação Física.

Segundo a diretora de Atenção Básica da Secretaria da Saúde, Michelle Andrade, esse é um momento importante para o Programa Saúde na Escola, que estava temporariamente desativado, mas será retomado com a chegada dos seis enfermeiros do Provab no mês de março. "Recomeçamos a partir da agora com essa parceria Saúde-Educação que vai alavancar esse projeto em Itabuna", disse a diretora reforçando que as atividades contribuem com a melhoria da qualidade de vida dos estudantes.

do site  http://prefeituradeitabuna.com.br/noticias/26-educacao

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