3.2.11

Oração do Professor



Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar

e por fazer de mim um professor no mundo da educação.

Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons.

São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.

Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também

o sofrimento que me fez crescer e evoluir.

Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.

Senhor!

Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir.

Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho .

Obrigado, meu Deus,

pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre.

Amém!

Retrocesso

“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)

RETROCESSO


O visitante estranhou porque, quando o levaram para conhecer a sala de aula do futuro, não havia uma professora-robô, mas duas. A única diferença entre as duas era que uma era feita totalmente de plástico e fibra de vidro — fora, claro, a tela do seu visor e seus componentes eletrônicos —, e a outra era acolchoada. Uma falava com as crianças com sua voz metálica e mostrava figuras, números e cenas coloridas no seu visor, e a outra ficava quieta num canto. Uma comandava a sala, tinha resposta para tudo e centralizava toda a atenção dos alunos, que pareciam cRetrocesso

onviver muito bem com a sua presença dinâmica, a outra dava a impressão de estar esquecida ali, como uma experiência errada.

O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor. O entendimento entre a máquina e as crianças era perfeito. A máquina falava com clareza e estava programada de acordo com métodos pedagógicos cientificamente testados durante anos. Quando não entendiam qualquer coisa as crianças sabiam exatamente que botões apertar para que a professora-robô repetisse a lição ou, em rápidos segundos, a reformulasse, para melhor compreensão. (As crianças do futuro já nascerão sabendo que botões apertar.)

— Fantástico! — comentou o visitante.

— Não é? — concordou o técnico, sorrindo com satisfação.

Foi quando uma das crianças, errando o botão, prendeu o dedo no teclado da professora-robô. Nada grave. O teclado tinha sido cientificamente preparado para não oferecer qualquer risco aos dedos infantis. Mesmo assim, doeu, e a criança começou a chorar. Ao captar o som do choro nos seus sensores, a professora-robô desligou-se automaticamente. Exatamente ao mesmo tempo, o outro robô acendeu-se automaticamente. Dirigiu-se para a criança que chorava e a pegou no colo com os braços de imitação, embalando-a no seu colo acolchoado e dizendo palavras de carinho e conforto numa voz parecida com a do outro robô, só que bem menos metálica. Passada a crise, a criança, consolada e restabelecida, foi colocada no chão e retomou seu lugar entre as outras. A segunda professora-robô voltou para o seu canto e se desligou enquanto a primeira voltou à vida e à aula.

— Fantástico! — repetiu o visitante.

— Não é? — concordou o técnico, ainda mais satisfeito.

— Mas me diga uma coisa... — começou a dizer o visitante.

— Sim?

— Se entendi bem, o segundo robô só existe para fazer a parte mais, digamos, maternal do trabalho pedagógico, enquanto o primeiro faz a parte técnica.

— Exatamente.

— Não seria mais prático — sugeriu o visitante — reunir as duas funções num mesmo robô?

Imediatamente o visitante viu que tinha dito uma bobagem. O técnico sorriu com condescendência.

— Isso — explicou — seria um retrocesso.

— Por quê?

— Estaríamos de volta ao ser humano.

E o técnico sacudiu a cabeça, desanimado. Decididamente, o visitante não entendia de futuro.



Luís Fernando Veríssimo. In Nova Escola. São Paulo. Abril, out. 1990. p. 19.

Educar, mais do que ensinar...




Educar é construir pontes, é pegar o amanhã pela mão e falar: "Hey!!! eu estou contigo", é ensinar e aprender, mostrar que a borboleta era uma lagartinha antes de voar e que a paz é muito mais que o assunto da moda. Educar é fazer mais que construir a ponte é ser toda ela em solidez e sinceridade...

O início do ano é o momento de avaliar a escola que temos para construir aquela que almejamos

Se o horizonte da ética é o bem comum, quando procurarmos ir ao seu encontro nas nossas escolas, temos de fazê-lo realizando um trabalho coletivo e solidário. Sempre que penso nisso, me sinto inspirada por um belo poema escrito por João Cabral de Melo Neto, que se chama Tecendo a Manhã. Ele nos revela que "um galo sozinho não tece uma manhã/ ele precisará sempre de outros galos" e que é preciso cruzar "os raios de Sol dos gritos dos galos/ para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo entre todos os galos".


A beleza da metáfora nos leva a pensar no significado do trabalho que desenvolvemos, principalmente no início do ano - momento de retomar projetos, de dar continuidade às propostas e de buscar, às vezes, novos rumos. É hora de arregaçar as mangas e de se empenhar nas ações, procurando caminhar em direção aos objetivos traçados. Para isso, vale ficar à disposição para ampliar saberes, compartilhar experiências, voltar a atenção para o que acontece ao nosso lado e ao redor, tanto na escola quanto na comunidade. Só assim, o ano pode, realmente, ser chamado de novo.

Queremos realizar um trabalho da melhor qualidade. Esse desejo se configura como um ideal de caráter utópico - lembrando que a utopia não é algo impossível de existir, mas que ainda não existe e em cuja construção devemos nos empenhar. O ideal, expresso nos projetos que estamos desenvolvendo, se refere sempre ao que está por vir. Começamos todo dia a escola do amanhã na escola em que estamos hoje. Temos, então, de considerar o tempo todo o que fazemos e o que temos para confrontar com o que queremos e com o que ainda precisamos construir. Esse trabalho se faz em coro, na harmonização de vozes diferentes, com a regência dos gestores-maestros, que, na escola, têm também a tarefa de cantar com os demais.

O poema de João Cabral ajuda-nos a iluminar o núcleo de nossa reflexão. E eu peço licença ao poeta para ler de um jeito diferente o verso inicial: "Um galo sozinho não tece um amanhã". Porque não se trata do caráter coletivo de uma construção qualquer. Estamos pensando na criação do amanhã da escola para que ela seja melhor do que a que temos hoje. Porque ainda não temos a escola que desejamos e isso significa que há sempre possibilidade de nos mobilizarmos para construí-la. Os gestores precisam estar atentos a uma afirmação com a qual nos deparamos com frequência: "Estamos fazendo o possível". Se ficarmos alertas, descobriremos que o possível é mais amplo do que parece. Muitas vezes, ele tem de ser inventado. E não podemos deixar seu projeto para depois nem pensar nele apenas no início do ano letivo, mas durante o ano novo inteiro.


Terezinha Azerêdo Rios
Professora do programa de pós-graduação da Universidade 9 de Julho, em São Paulo.
Revista Nova Escola Edição 006

Fevereiro/Março 2010

Educação inicia ano letivo com Jornada Pedagógica em Itabuna

Já está definida a programação para XXVII Jornada Pedagógica, que a Secretaria Municipal de Educação vai promover em Itabuna entre os dias 7 e 11 deste mês. O evento tem como tema este ano: “Planejamento e Aprendizagem: uma relação articulada”, e será iniciado no auditório da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).


A abertura, (dia 7), será às 14 horas e será feita com um pronunciamento do titular da secretaria, Gustavo Lisboa. Antes, a equipe da biblioteca Itinerante apresentará uma peça teatral. Em seguida, haverá outros pronunciamentos com a participação da Promotora de Justiça, Thiara Ruschiolelli, dos presidentes da Câmara do Fundeb, Elioenai Santos, do Conselho Municipal de Educação, Maria Lucia Tourinho Bittar e do Conselho de Alimentação Escolar AE, Jurandir Rodrigues.

O ultimo pronunciamento será do prefeito Capitão Nilton Azevedo e logo após haverá o lançamento oficial do 10º. Concurso do Programa Pátria Amada, pela professora Fernanda Amorim.

O tema do Pátria Amada que foi escolhido para este semestre é: “Ler é 10”, num incentivo ao estimulo da leitura no ambiente escolar e no cotidiano do aluno. Após o lançamento do programa o secretário Gustavo Lisboa falará sobre a Evolução da educação no município de Itabuna.

No segundo dia do evento, a programação será desenvolvida nos auditórios do Centro de Cultura Adonias Filho, na Faculdade de Tecnologia e Ciências e no Instituto de Cultura Espírita de Itabuna das 8 ao meio dia e das 14 às 18 horas, com as palestras dos professores Pedro Demo e Suzana Pacheco.

Durante a Jornada Pedagógica serão ainda proferidas palestras versando sobre os temas: “Planejamento e aprendizagem: uma relação articulada” e “O lugar da diversidade e da inclusão no planejamento escolar”.

Nos demais dias (9 a 11) a jornada acontecerá nas unidades escolas da rede municipal onde será feito o planejamento do ano letivo pelos profissionais da rede municipal de ensino.
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do site da PMI

Projeto de Leitura

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