19.6.10

Desejos





"É a possibilidade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E embora me possam chamar sonhadora, louca ou qualquer outra coisa, acredito que com Deus tudo é possível..."








Desejo à você um ótimo final de semana, cheio de possibilidades...

Encerramento do Semestre com Festa de São João



A escola realizou durante os três turnos do dia 18/06 sua comemoração junina
 e encerramento do primeiro semestre letivo.
TIvemos concurso de toalhas e faixas mais criativas e bonitas, além das tradicionais brincadeiras da maçã, corrida do saco e dança da laranja.
Cada equipe ou dupla vencedora recebia um CD de forró com as músicas da atualidade.
No turno noturno contamos também, com a presenaça da Quadrilha da Califórnia, que encerrou com chave de ouro as comemorações regadas a muita comida.







Aproveitamos para desejar a todos um feliz São João.

18.6.10

Prorrogado prazo para a escolha do livro didático

O prazo para que professores e diretores de escolas públicas escolham as obras que serão usadas pelos alunos no período de 2010 a 2012 foi prorrogado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A data limite era 28 de junho, mas em função do grande número de acessos o período foi estendido até 2 de julho, próxima quinta-feira.


A escolha deve ser feita pelo site do FNDE. O Programa Nacional do Livro Didático(PNLD) vai oferecer publicações para estudantes do 1° ao 5° ano do ensino fundamental da rede pública. Para orientar a escolha, o fundo elaborou o Guia do PNLD 2010 que traz um resumo de todos os livros didáticos disponíveis. O material foi enviado às escolas e também está disponível na internet. As escolas que não registrarem suas opções receberão os livros mais pedidos no município.


Agência Brasil

Livro didático: ainda dá para escolher

A menos de uma semana para o fim da escolha dos livros didáticos para o nível médio, que vai até domingo, 22, apenas 11% das 17.611 instituições públicas de ensino do país optaram pelas obras que irão utilizar no próximo ano letivo. Cada escola recebeu do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), via Correios, uma carta registrada com login e senha para efetuar a escolha dos livros pela internet na página eletrônica da autarquia.

Conforme Sonia Schwartz, coordenadora-geral dos programas do livro, mesmo os colégios que não escolherem as obras vão receber livros didáticos. No entanto, ganharão os títulos mais pedidos no município. “O grande prejuízo para as escolas, nesse caso, é não usufruírem a oportunidade de escolher os livros que mais se adaptem ao seu projeto pedagógico”, diz.
No ano passado, 86% das escolas públicas brasileiras de ensino médio realizaram escolhas do Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio. O estado campeão foi o Distrito Federal, onde todas as 76 instituições participaram da escolha. Em seguida, veio São Paulo, estado com maior número de escolas (3.613), com 97% de participação.



Leandro Ferraz

direto do site do MEC

Sobre a escolha do Livro Didático

A Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), é responsável pela avaliação pedagógica e pela distribuição dos livros didáticos. A SEB escolhe os especialistas para analisar as obras, conforme critérios divulgados no edital. Os livros que apresentam erros conceituais, indução a erros, desatualização, preconceito ou discriminação de qualquer tipo são excluídos do Guia do Livro Didático. Finda a avaliação, os especialistas elaboram resenhas dos livros aprovados, que passam a compor o Guia do Livro Didático.


Guia do livro - O FNDE disponibiliza o Guia do Livro Didático em seu sítio na internet e envia o mesmo material impresso às escolas cadastradas no censo escolar.

Escolha - Os livros didáticos passam por um processo democrático de escolha, com base no Guia do Livro Didático. Diretores e professores analisam e escolhem as obras que serão utilizadas.

Pedido - O professor possui duas maneiras de escolher os livros didáticos:

A primeira é pela Internet. De posse de senha previamente enviada pelo FNDE às escolas, os professores fazem a escolha on line em aplicativo específico para esse fim, disponível na página do FNDE.

Outra maneira, válida apenas para o ensino fundamental, é pelo formulário impresso, remetido a todas as escolas cadastradas, via correio, junto com o Guia do Livro Didático. Nessa hipótese, o formulário deve ser preenchido pelos docentes para identificação das obras desejadas e devolvido, pelo correio, ao FNDE.

Prazo de utilização - Confeccionado com uma estrutura física resistente, o livro didático fornecido pelo governo federal deve ser utilizado, no mínimo, por três anos consecutivos, beneficiando mais de um estudante nos anos subseqüentes, exceção feita à cartilha de alfabetização e aos livros da série inicial.

Reposição- A falta de conservação e a não devolução das obras levam o FNDE a adquirir, a cada ano, mais 13% do total inicial de livros, para repor os que não foram devolvidos ou que estejam sem condição de uso.

Complementação - Como o número de estudantes da rede varia a cada ano, o FNDE também compra livros adicionais para complementar os quantitativos das escolas que tiveram incremento no número de alunos ou das escolas novas.
Além de adquirir livros didáticos em quantidade suficiente para atender todos os alunos da rede pública de educação básica, o FNDE ainda compra 3% de reserva técnica, para garantir o atendimento de remanejamentos e erros de estimativa.
Alternância- em face do prazo de três anos de utilização dos livros, as compras integrais para alunos de cada nível (ensino fundamental e ensino médio) ocorrem em exercícios alternados. Nos intervalos das compras integrais, são feitas reposições, por extravios ou perdas, e complementações, por acréscimo de matrículas. Já os livros da 1ª série são adquiridos anualmente.

Cronograma de atendimento do PNLD

Entrega - Os livros chegam às escolas entre outubro e o início do ano letivo, o prazo para entrega aos destinatários é de 30 dias a partir da data da postagem. Toda a entrega é feita pelos Correios, na modalidade AR (Aviso de Recebimento). Paralelo ao trabalho de distribuição, o FNDE/MEC envia uma carta, de cor azul, com orientações para o recebimento e conferência das encomendas.
No caso de falta ou sobra de livros, as escolas podem recorrer ao Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica - Siscort, disponível no sítio do FNDE na Internet, ou às Secretarias Regionais de Educação, para verificar a disponibilidade dos acervos nas escolas mais próximas.
Obs.: também é possível acompanhar a distribuição pelo sítio do FNDE na Internet, desde a postagem até a entrega

17.6.10

Escola é...

16.6.10

Gaiolas e asas... (de Rubem Alves)

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo “atacados“ porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas“.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres... Sentir alegria ao sair da casa para ir para escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha junto com os tigres.

Nos tempos da minha infância eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre nos vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguetado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas?

Me falarão sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, é preciso que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor.


Mas, eu pergunto: Nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?

O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação se criam mecanismos, provas, avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é “dígrafo“? E os usos da partícula “se“? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante“? Qual a utilidade da palavra “mesóclise“? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: “fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira..."

O sujeito da educação é o corpo porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta“ e “brinquedo“ do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas“, aprender “brinquedos“. “Ferramentas“ são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. “Brinquedos“ são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da 9ª sinfonia. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.

Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria que perguntar: “Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?“ Se não for é melhor deixar de lado.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos. Há esperança...



(Folha de S. Paulo, Tendências e debates, 05/12/2001.)



Assistam este vídeo com a filosofia de "educar" de Rubem Alves...







Maravilhoso não é? Educação é isto... Liberdade de pensar e agir com consciência e responsabilidade, construídos em um ambiente de respeito mútuo e felicidade. O professor "facilitador" e o aluno "aprendiz-professor". A educação para "ver" a vida e proporcionar ao educando a arte de "ser feliz". O professor precisa ajudá-lo a perceber a importância deste mistério... Podemos chegar lá!

15.6.10

Colóquio do PROEJA II

A escola IMEAM recebeu na noite do dia 14/06 alunos do Flávio Simões, Ubaldo Dantas e de outras que atendem aos jovens e adultos do PROEJA II, para mais um encontro na forma de colóquio.

Os trabalhos iniciaram com uma palestra do representante do SAC de Ilhéus e prosseguiram com várias oficinas.
As oficinas, com temáticas como: relações humanas, liderança, qualificação profissional, marketing pessoal e orientação vocacional foram aplicadas por alunos do curso de Direito da FTC.

Como os colóquios anteriores, esse momento foi mais um trabalho da Assessoria do PROEJA, na pessoa de Keyla e suas articuladoras.
Estão de parabéns e ficamos no aguardo de um novo encontro.

Praça Camacan foi palco para concurso de quadrilha junina

A praça Camacan foi palco de um dos mais animados e tradicionais eventos para essa época do ano, em Itabuna: o concurso de quadrilha junina, que reuniu alunos e professores de oito escolas da rede municipal de ensino. A programação integrou o projeto Itabuna Amada 100 Anos de História. O projeto representa uma das etapas do Programa Pátria Amada, elaborado e desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação.



O concurso entra em sua oitava edição e o tema deste ano é o centenário de Itabuna. Segundo o secretário de Educação, Gustavo Lisboa, as escolas trabalharam todo o semestre deste ano, na preparação do programa que inclui a jornada pedagógica, as modalidades e o tema, “Itabuna Amada 100 Anos de História”. Parte da cultura de Itabuna foi apresentada na praça.



As escolas participantes recebem camisas da Seleção Brasileira, e a vencedora do concurso receberá R$500,00 para ajudar na festa junina, a ser realizada no dia de São João entre alunos e professores.



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SAGCS/PMI Texto: Rosi Barreto - Reportagem: Paulo Leonardo - Fotos: Vinicius Borges –

14.6.10

Pensamento do Dia

           Nunca desanime!
Aprenda a começar e a recomeçar.
Talvez chegue ao fim da luta cheio de
           cicatrizes, mas
estas se transformarão em luzes diante do
           aprendizado
    que Deus está te passando.

    Tenha uma Semana Feliz

Ilhéus sedia Congresso de Educação do Sul da Bahia

Já estão abertas as inscrições para o Congresso de Educação do Sul da Bahia, organizado por Ana Nery Empreendimentos Culturais e Exemplo Empreendimentos Culturais. O evento ocorrerá nos dias 9 e 10 de Julho, no Centro de Convenções em Ilhéus e pretende reunir profissionais da educação, pais, estudantes, psicólogos e psicanalistas de várias cidades nordestinas. O objetivo principal do congresso é compartilhar experiências na área de ensino contribuindo para a formação continuada de professores da região, trazendo momentos de reflexão e troca de experiências.

Através das diversas atividades serão abordados temas ligados a educação, especialmente nas questões inerentes a parceria Família e Escola no contexto da prática pedagógica.


Atividades e Público Alvo a) Palestras: Temática de interesse geral para educadores, pais e estudantes de graduação em educação.

b) Conferências e Minicursos: Atividade com temas específicos voltados para profissionais da educação, especialmente professores e coordenadores.

c) Feira Cultural: Espaço para instituições públicas e privadas divulgarem produtos, serviços e projetos. Atividade para gestores e público geral.

O congresso será realizado nos dias 09 e 10 de julho, na cidade de Ilhéus e irá reunir centenas de educadores da região nordeste em torno das atividades do evento.

Augusto Cury, Max Haetinger, Hamilton Werneck, Edileide Castro e outros, irão ministrar palestras com temas de interesse e repercussão para profissionais da educação, pais, estudantes e demais interessados.

Para outras informações acesse: http://www.congressoilheus.com.br/

Forró do servidor em Itabuna

A União dos Servidores Municipais de Itabuna (Usemi), em parceria com a Secretaria Municipal de Administração, realiza nesta sexta-feira (18), o Forró do Servidor 2010.


A festa começa às 18 horas, tendo como atrações as bandas Mega Beat, Rock Rio, James, Chamego Amais, além dos cantores Ely Marques, Barbara & Cia, Ítalo Cigano e Rayrone Camargo.

13.6.10

Como tornar a reunião de pais um sucesso

ENTREVISTA
DIRECIONAL ESCOLAS – Por onde o educador deve começar ao organizar a reunião de pais de sua escola?


CARMEN SILVIA PENHA GALLUZZI – O importante é ter bem claro qual o objetivo da reunião. Eu sugiro uma reunião anterior ao início do ano letivo para que os pais conheçam os professores antes dos próprios filhos. A adaptação diz respeito a todos os envolvidos no processo escolar, não só a crianças e adolescentes. Essa reunião tem como objetivo passar assuntos gerais. Funciona como um acolhimento das famílias, explicando quais são os objetivos da escola, como cada série trabalha e como os pais podem ajudar seus filhos. É como um contrato. Indico receber os pais com uma dinâmica ou com um texto. A acolhida, quanto mais preparada e sincera, será melhor para que os pais percebam o ambiente onde seus filhos vão estudar. Já uma reunião de primeiro bimestre ou primeiro trimestre é mais voltada para questões pedagógicas, porque os filhos já tiveram uma caminhada na escola e os pais anseiam por esse retorno de como eles estão pedagogicamente. Se é uma reunião do segundo trimestre, quando já não existe uma expectativa tão grande em relação às notas, porque isso foi tratado na primeira reunião, pode-se fazer um encontro voltado para algum tema específico. A escola pode decidir ou pedir que as famílias decidam o tema.

Dê alguns exemplos de como esses temas podem ser desenvolvidos.

São reuniões temáticas desvinculadas das reuniões pedagógicas. Essa proposta deve ser adaptada à filosofia da escola. Alguns temas que podem ser abordados são: limites, auto-estima, orientação sexual, orientação vocacional, estresse infantil, até temas da atualidade, como dengue ou violência. Temas específicos para cada faixa etária são muito bem recebidos. Por exemplo, no primeiro trimestre, para o Ensino Fundamental I, pode-se tratar de orientação de estudos. Uma idéia é fazer um inventário de interesses com a criança na sala de aula. Quando os pais chegarem à reunião responderão a algumas questões e depois vão confrontar com o que o seu filho respondeu. Isso é uma motivação inicial para os pais, que perceberão o quanto estão acompanhando seu filho, o quanto conhecem a proposta pedagógica da escola.

Os pais têm receio de serem expostos no grupo?

É claro. O rendimento do seu filho não interessa para outra família. Por isso é preciso fazer um atendimento individual antes e convidar esses pais para uma reunião geral. Todos os casos que possam apresentar algum tipo de dificuldade na reunião geral, por exemplo, se a criança apresenta alguma queixa em relação à aprendizagem ou de relacionamento com os colegas, devem ser tratados individualmente com os pais. Nosso objetivo é chegar ao aluno. Quando falamos da reunião de pais, é porque eu quero ter essa família próxima da escola. Se família e escola estiverem juntas durante o processo os resultados serão mais satisfatórios em relação ao aluno. A escola deixa de ser ameaçadora para essa família. Cito o caso da OEMAR: na primeira reunião do ano, para Ensino Fundamental I, tivemos em média 77% de presença dos pais, em reuniões durante a semana, de manhã e à tarde.

O fato de marcar antecipadamente reuniões individuais pode acarretar um efeito inverso e fazer com que os pais não compareçam à reunião de grupo?

Não é o que eu tenho observado. A escola chama os pais individualmente desde fevereiro, enquanto a reunião de grupo é em maio, por exemplo. Aliás, para o atendimento individual os pais recebem uma convocação, enquanto para a reunião é um convite, o que é bem diferente. No convite da reunião geral deve ser deixado claro que serão tratados assuntos do grupo, diretamente com a professora. Os pais têm muita curiosidade em saber como o filho é em relação ao grupo e como o grupo é em relação ao filho. É importante saber que outros pais têm as mesmas preocupações e vivem as mesmas ansiedades, da mesma faixa etária. A realidade tem me mostrado que o fato de tratar individualmente questões da criança deixa os pais mais seguros e tranqüilos para estar na reunião geral. O pai sabe que lá isso não será abordado e a reunião deixa de ser ameaçadora.

Qual a freqüência ideal para as reuniões?

Atualmente, três reuniões gerais durante o ano são suficientes, deixando espaço aberto para atendimentos individuais e reuniões temáticas, desvinculadas do pedagógico. O ideal é que as reuniões sejam agendadas no início do ano e façam parte do calendário escolar. O interessante, sempre, é surpreender os pais, quebrando os paradigmas. Deve haver bom senso no uso de tecnologias. Pode-se aproveitar os recursos visuais que a escola possua. E, se não tiver, pode ser preparado um mural, um cartaz. Fazer uma lista de presença é importante para perceber qual a reunião de maior freqüência, enfim, qual a expectativa dos pais.


Pensar no tema, em como abordá-lo, ter a pauta em mãos, conhecer o perfil de pais, marcar horário de início e término. Todos esses aspectos trazem segurança ao encontro.
Mas o principal é definir o objetivo da escola com a reunião e conhecer bem o grupo de pais que será atendido. Numa reunião de quinta a oitava séries, por exemplo, é muito desagradável expor os pais a uma longa espera para serem atendidos individualmente por cada professor. Sugiro em meu livro algumas estratégias, como a distribuição de senhas, que agilizam esse processo, evitando aquelas conversas paralelas entre os pais na fila. A escola pode até se antecipar à ansiedade dos pais, marcando reuniões preventivas, no ano anterior às séries consideradas como de transição, como primeira, quinta e sétima, do Fundamental II, e primeiro ano do Ensino Médio.


Em seu livro, a senhora sugere desvincular a reunião da entrega de notas. Como se dá esse processo?

Mais uma vez eu digo que é preciso amadurecer essa decisão com a equipe da escola. Não adianta só tirar a nota da reunião e não saber o que colocar no lugar. Se o pai vai para a escola só para receber nota, qualquer um pode estar no lugar dele. Ele vai para uma reunião de pais para receber muito mais do que nota. O boletim pode ir com antecedência para casa. Ele comparece à reunião ciente das notas, e sabendo com quais professores ele quer conversar, no caso do Fundamental II. Agora, é preciso adaptar isso a cada escola, avaliar se a freqüência vai cair. Algumas escolas ficam preocupadas se, desvinculando a nota da reunião, diminuirá a presença dos pais. Não é o que as estatísticas que tenho têm me mostrado. Uma reunião só com entrega de notas é que tem baixa freqüência de pais, porque a escola pensa nos pais que não vão e faz uma reunião trivial, e não um encontro para superar expectativas.

Como definir o perfil dos pais atendidos?

Deve-se pensar em absolutamente tudo em relação ao grupo de pais: se trabalham fora, em que horário trabalham, idade dos pais e dos filhos, formação, religião, expectativa deles em relação à escola. Com essas características a escola monta um perfil. É possível ter uma classe onde a maioria das crianças são filhos únicos. Essa característica gera uma diferença no perfil da classe. É importante definir o perfil dos pais para compreendê-los, e até para abordar um tema adequado. Se pretendo fazer a reunião de manhã, mas sei que os horários de trabalho desse grupo não são flexíveis, há o risco de eles não comparecerem.

O tema da reunião deve estar de acordo com a proposta da escola?

Antes até do tema escolhido, a escola deve encontrar a forma de reunião em que ela acredita. Se a escola não estiver preparada para tirar a entrega de notas da reunião, então não deve se sentir obrigada a tirar. Eu devo amadurecer primeiro isso com a equipe. Adaptar a reunião ao jeito de ser da instituição. Dicas de aspectos gerais, porém, são importantes para os pais e independem da proposta da escola. Pensar no tema, em como abordá-lo, ter a pauta em mãos, conhecer o perfil de pais, marcar horário de início e término. Isso tudo vai trazer muita segurança ao encontro. Administrar o tempo é fundamental. Duas horas de duração e, dependendo da reunião, uma hora, já é suficiente. É inviável ir para uma reunião sem saber a que horas ela vai terminar. Por melhor que ela seja, se torna cansativa.

Revista Direcional
Contatos com Carmen Silvia Penha Galluzzi: c.galluzzi@uol.com.br

Como levar a família para a escola

Idéias para colocar em prática

Anote algumas sugestões que costumam atrair a participação dos pais na escola:


Palestras interativas: as pessoas, de forma geral, necessitam trocar experiências e sentir o apoio do outro. Palestras interativas são uma boa oportunidade para os pais perceberem que vivem com seus filhos situações semelhantes à de outros.

Brechó: acontece no início do ano letivo. As famílias doam livros e uniformes semi-novos e recebem senhas. Depois de organizar todo o material doado, com auxílio de funcionários e pais voluntários, a escola abre o brechó. Os pais retornam e trocam suas senhas pelos produtos de seus interesse.

Passeios: visando a interação entre pais, pais e funcionários e pais e coordenação, podem ser organizados passeios a museus, feiras culturais, jantares, chás, peças teatrais, etc.

Eventos na escola: são importantes para que os pais se insiram no mundo dos filhos, a escola. O importante é organizar eventos com qualidade. Olimpíadas esportivas e mostras de talentos (como pai e filha cantando juntos, ou mãe tocando violão com o filho) entusiasmam crianças e adultos. E já que parceria é uma das palavras do momento, que tal dar oportunidade para que pais, das mais diversas áreas profissionais, transmitam e troquem seu saber com os alunos? Palestras de pais falando sobre suas profissões para alunos do ensino médio costumam ser interessantes.

Consultoria: Silvia Bedran, psicóloga e psicopedagoga
Revista Direcional

MEC deve finalizar proposta para Plano Nacional até julho

O Ministério da Educação (MEC) prevê enviar ao Congresso Nacional até julho um documento com as propostas para o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai nortear políticas públicas para o ensino formal entre 2011 e 2020. Depois da entrega, fica sob responsabilidade da Câmara dos Deputados e do Senado votar a validade de cada proposta e formular o Plano. A expectativa é que ele seja aprovado ainda este ano.
As demandas foram levantadas pela sociedade civil durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), que aconteceu entre 28 de março e 1º abril de 2010, em Brasília. As plenárias aprovaram propostas como eleição para diretor escolar, diminuição do número de alunos nas salas de aula e reserva de 50% das vagas de universidades para alunos da rede pública de ensino.
Sobre orçamento, eixo mais polêmico da Conferência, os delegados aprovaram a implantação do custo-aluno qualidade, que determina um investimento nacional mínimo por aluno, e a aplicação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2011 e 10% até 2014. Também foram aprovadas a Lei de Responsabilidade da Educação, que prevê punir desvios de verba pública para o setor.
“O documento final da Conferência traz diretrizes e reivindicações, mas o Plano deve ser formado por metas. O MEC está reunido para formulá-las e enviá-las ao Congresso, que é quem vai fazer o novo Plano”, afirma o coordenador da Conferência Nacional de Educação (Conae), Francisco Chagas. ”A prioridade é formular metas para garantir a qualidade da educação da creche à pós-graduação”.


Novo Conselho


O novo colegiado do Conselho Nacional de Educação (CNE) tomou posse na última segunda-feira (7/6) e assumiu como uma das prioridades agilizar as tramitações do novo Plano no Ministério da Educação e no Congresso Nacional.
“É preciso terminar o Plano até o fim do ano, devido à troca de governo. Até 31 de dezembro as metas têm que estar aprovadas”, afirma o novo presidente do Conselho, Antonio Carlos Ronca, empossado nesta terça-feira (8/6). “Marcamos uma audiência com o ministro da Educação para os próximos dias para conversarmos sobre a elaboração do Plano. É uma as urgências para Educação”.
Na reforma do Conselho, membros antigos foram reconduzidos ao cargo — entre eles Mozart Neves Ramos, Regina Vinhaes e Maria Izabel Noronha — e novos membros tomaram posse, como Reynaldo Fernandes, Arthur Roquete de Macedo, Gilberto Gonçalves Garcia, Luiz Antônio Constant Rodrigues da Cunha, Paschoal Laércio Armonia e Rita Gomes do Nascimento.
Os novos integrantes do CNE têm mandato de quatro anos, que pode ser estendido por mais dois. Instituições ligadas à área educacional indicam até três nomes para cada câmara. A partir dessa indicação, os membros são escolhidos pelo presidente da República e pelo ministro da Educação. Um dos objetivos do Conselho é buscar alternativas e mecanismos que garantam a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação de processos educacionais no país.


Sarah Fernandes

sarahfernandes@aprendiz.org.br

direto do Portal Aprendiz

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