30.7.10

O Papel do Assistente Social na Educação

Sob a coordenação das professoras Graziela Ninck e Carina Carvalho, alunas do curso de Serviço Social  da UNIME Itabuna realizaram um trabalho com um grupo de alunos da escola.
O trabalho envolveu encontros com o aluno e familiares, pesquisa , acompanhamento e direcionamento a serviços essenciais necessários e percebidos na avaliação realizada.
Houve um momento de troca entre o grupo aplicador e o grupo docente para apresentação do trabalho realizado.
Segundo as professoras responsáveis, o papel do Assistente Social na escola foi o de realizar diagnóstico identificando as principais expressões da questão social no universo da escola pública (diurno) e definir práticas e procedimentos no âmbito escola-família-sociedade para garantia do direito da criança e do adolescente.
Concomitantemente avaliar :
a- se as políticas públicas que chegam até a escola cumprem seus objetivos;
b- se as demandas da escola em estudo possuem políticas públicas que assegurem continuidade nas intervenções;
c-se há integração entre as políticas públicas na relação educação-assistência social
Finalmente, a função do assistente social seria , entre outras, verificar programas e projetos nos quais os alunos já estejam envolvidos ou que os poderiam buscar, ação desenvolvida para os alunos atendidos no projeto.

Historia de Itabuna BA

Os precursores - Jesuítas e Sertanistas

Nos idos de 1553 se iniciaram efetivamente as explorações das margens de um curso d'água, a partir de sua foz, batizado mais tarde como Rio Cachoeira. Coube aos Jesuítas, no trabalho de catequese dos índios, ao adentrarem pela selva, a formação de pequenas roças de milho e mandioca, para facilitar o trabalho de atração dos Silvícolas. Entre 1730 e 1790 bandeiras varavam a selva, à caça de escravos e índios. Teria o sertanista João Gonçalves do Prado propalado a idéia de existência de ouro, mais a Sudoeste. Um outro, João da Costa, embalou o sonho de encontrar uma fantástica cidade, contendo edificações repletas de ouro.

As roças abertas pelos jesuítas, típicas clareiras na mata, desapareceram com o tempo. Duas delas, localizadas à margem do Rio Cachoeira lograram sobreviver, organizando-se em conglomerados urbanos: Ferradas e Tabocas.

Segundo o historiador Silva Campos, na sua obra "Crônica da Capitania de São Jorge dos Ilhéus" (citado por José Dantas de Andrade), no princípio do século XVIII a penetração do colono no sertão (a partir de Ilhéus) era dificultada pela hostilidade dos índios das tribos Guerrens, Pataxós Camacãs, descendentes diretos dos índios encontrados por Cabral quando aqui aportou (Andrade, 1968). Alie-se a essa dificuldade "a mata densa que acompanhava o litoral à pouca distância formando uma faixa initerrupta e de passagem difícil e o relevo acidentado".

Partindo de Banco da Vitória, sertanistas desafiaram os perigos da penetração nas matas infestadas de índios e feras, e conseguiram abrir estradas. Uma delas iniciava-se em Banco da Vitória margeando o Rio Cachoeira; outra, do lugar Castelo Novo, acompanhando o curso do Rio Almada. Essas estradas bifurcavam-se no local onde anos mais tarde surgiria a cidade de Itabuna. Para quem saísse de Ilhéus visando aprofundar-se no interior por qualquer dessas estradas precisava alcançá-las através de canoas, barcas ou lanchas, seguindo, obviamente, o leito dos referidos rios.

Em princípio do século XIX foi iniciada a abertura de uma estrada ligando Ilhéus ao Planalto da Conquista, para trazer ao litoral o gado criado no alto do rio Pardo. Esse empreendimento não teve sucesso e, em 1816, o príncipe Maximiliano, ao percorrê-la com sua comitiva, encontrou-a em completo abandono. Essa estrada fora mandada abrir por um senhor de engenho, Felisberto Caldeira Brant, futuro Marquês de Barbacena, e teria lhe custado a fortuna de dois mil cruzados.

Em 1815, o Conde dos Arcos, então Governador da Província da Bahia, determinou que o aldeiamento dos índios próximo ao Almada fosse transferido para outro local, tendo sido escolhido o lugar denominado Ferradas, que já se constituía referência como pouso de tropeiros e o acampamento que iniciava a estrada aberta com destino à zona sertaneja da Vila Imperial da Vitória da Conquista.

Esse "aldeiamento dos índios" estava a cargo dos capuchinhos, que ali desenvolviam intenso trabalho de catequese, e foram eles os encarregados de cuidar do novo local indicado pelo Governador da Província. Em Ferradas (que viria a ser denominada Vila de D. Pedro de Alcântara em 19 de agosto de 1874, através da Lei 1425, sancionada pelo Governador da Província da Bahia Dr. Venâncio Lisboa), já havia o trabalho iniciado por Frei Ludovico de Livorno, antigo capelão de Napoleão Bonaparte, que ali se instalara nos primeiras décadas dos século XIX, com vistas à conquista dos índios Pataxós.

Ferradas, que encontrou um período de decadência, somente retomou seu cerscimento com o povoamento de Tabocas. Antes fora da visita por personagens ilustres, como o príncipe alemão Maximiliano Alexandre Felipe de Wied Neuwied, naturalista, e sua comitiva, em 1815/1816, e os sábios e cientistas holandeses Von Spix e Von Martius, em 1817. Estes últimos publicaram os seus estudos através da obra "Reise in Brasilien", nela registrando circunstancioso relatório, que em muito contribui para o levantamento histórico da região.

Duas versões há para a denominação Ferradas: uma da conta de que os Jesuítas, para demarcarem o território que utilizavam naquele pouso, buscou vinculá-lo ao símbolo cristão, e fizeram marcando várias árvores com um ferro em forma de cruz, ficando, assim, as "árvores ferradas", nome por que o local ficara conhecido nos seus primordios. A outra versão vincula o nome ao fato de a localidade, como pousada de tropeiros e viajantes - em sua maioria destinando-se a Vitória da Conquista -, servir de ponto para "ferrar" os animais que enfrentariam as estradas pedregosas e lamacentas.

Os primeiros desbravadores e a fundação da localidade de Tabocas

A história de Tabocas, em seus primórdios, não apresenta registros escritos. Os dados mais fundamentais se originam da oralidade, em levantamento realizado por um de seus pricipais historiadores: José Dantas de Andrade, a partir dos anos 30 deste século.

Tem sido pacífica a versão de que os primeiros a chegarem ao local onde se iniciou a povoação foram o sergipano Félix Severino de Oliveira, nascido em Chapada dos índios, depois rebatizado Félix Severino do Amor Divino, e o cabloco Manoel Constantino, já morador em Banco da Vitória. Félix Severino, que após sua chegada a Ilhéus dirigia-se a Banco da Vitória, ouviu de Manoel Constantino a informação de conhecer um lugar que ficava antes do aldeamento dos índios (Ferradas), e que parecia ser bom para colocar roças. Manoel Constantino prontificou-se a mostrá-lo a Félix Severino, tendo ambos partido, à pé, de Banco da Vitória, seguindo a estrada que se dirigia ao sertão, aquela que margeava o rio Cachoeira. Após trinta quilômetros chegaram ao local indicado, tendo sido aberta uma picada na mata, em direção ao rio, que em princípio pensaram ser um simples rebeirão por ser muito estreito em relação ao rio Cachoeira. Prosseguiram a picada por uns quarenta metros, encontrando a margem de outro rio - assim julgaram -, e depois de atravessarem, e subirem uma encosta na margem oposta, notaram que haviam passado por ilha fluvial (conhecida depois como Ilha do Jegue). Ali arriaram seus pertences e escolheram o lugar para uma roça, construindo uma pequena cabana. Corria o ano de 1857. Ali teria sido construída a primeira casa de Itabuna, num local denominado Marimbêta. Atravessando o rio, Félix Severino do Amor Divino fez com que seu amigo Manoel Constantino botasse roça, no local onde é hoje a Praça Olinto Leone.

Alguns anos mais tarde, entusiasmado com a idéia de ali fixar-se, Félix Severino do Amor Divino mandou buscar alguns parentes e amigos em Sergipe. Assim, em 27 de setembro de 1867 chegaram Militão Francisco de Oliveira, José Severino de Oliveira e Martinho Severino de Oliveira, seus irmãos. Também João Pereira e José Alves, seus primos. José Alves, que se fizera acompanhar da família, tinha entre seus filhos um de quatorze anos, José Firmino. José Alves e a família receberam de Félix uma área de terras um pouco mais rio acima, num local denominado pelos índios de burundanga (onde existe hoje o aeroporto de Itabuna). Iniciaram derruba de mata e a construção de casas. Naquela região foi também plantada a primeira roça de cacau do município, com as sementes mandadas trazer por José Alves, adquiridas em uma colônia estrangeira que existia em cachoeira de Itabuna. Anos depois já eram colhidos os primeiros frutos de cacau. Ali também José Firmino Alves, em 1877, estabelceu-se com casa de negócio, e dois anos mais tarde já contava o local com três casa residenciais, uma rancharia e uma escola, certamente a primeira de Tabocas, tendo como professora Maria Rosa de Jesus, conhecida por "Rosa Camarão". Com a morte do pai, e assumindo a responsabilidade do comando da família, José Firmino Alves, mudou-se para o "arraial" que seu parente Félix Severino do Amor Divino criara ali perto, instalando então, no local, uma grande casa de nogócio para atender aos moradores, viajantes, tropeiros e boiadeiros.

Versão obtida em recente publicação informa sobre a existência de desbravadores já fixados no que hoje constitui os limites urbanos de Itabuna antes de 1850, no local denominado Caldeirão Sem Tampa (atualmente o Bairro de Fátima), onde teriam propriedade Francisco Manoel Cidade e D. Maria Cidade. Deles herdou seu filho Manoel Cidade, que ali se instalou em 1851, como informa testemunho prestado a José Pereira da Costa e seus familiares, nos idos de 1897, quando em Tabocas já se destacavam ruas como a Floriano Peixoto, Rio Branco, Rua da Lasca, Rua da Areia e Rua da Lama, e constou do seguinte relato:

"Aqui estou desde 1851, herança que recebi de meus pais, falecidos em 1850 e 1851...Esta fazenda que herdei de meus pais não tinha habitantes. Ele e eu fomos os que começamos a povoar este lugar que hoje conta com 155 casas, sendo 100 de minha propriedade e 55 do povo, a quem temos dado terras e material gratuito". Grande parte dessas casas (cerca de 148) foi destruída com a enchente de 1914.

Também ali é informada a razão do nome Tabocas, que estaria ligado ao corte de uma sapucaia, em clima de festa - nas imediações do lugar onde foi construída depois a Usina Luz e Força (atualmente Bairro de Fátima), a mando de Fracisco Manoel Cidade e Dona Maria Fernandes, que servia de marco entre ambos "para fazerem estacas e construir um corredor entre eles, originando a abertura de uma estrada para Água Branca em lugar de uma existente por detrás de Tabocas". O nome, assim, estaria vinculado ao "dar a taboca", ou seja, a derrota que um dos grupos machadeiros impõe ao outro, quando o entalhe "que passava por baixo dos gaviões da outra" dado na árvore consuma a derruba. A outra versão para nome está vinculada às "tabocas", denominação dada às roças pelos sergipanos.

Tomando-se as revelações escritas a conclusão é de que, em meados da segunda metade do século XIX, Tabocas se constiuía dos conglomerados existentes na Fazenda Caldeirão Sem Tampa (Bairro de Fátima), Burundanga (aeroporto), Marimbêta (Bairro Conceição) e das construções existentes no local aberto por Manoel Constantino, imediações da hoje Praça Olinto Leone, formando a rua da Areia, o principal arruado e, inegavelmente, o ponto de referência para Tabocas.

É evidende que o surgimento de Itabuna, ateriormente Tabocas, a sua expansão, está inteiramente ligada à própria expansão da cultura do cacau, fato que se aprofunda a partir de meados da segunda metade do Século XIX, em que pese a região ter sido explorada anteriormente. Inegavelmente, o salto do progresso de Tabocas encontra consonância com a vinda de nordestinos fugidos da seca e a perspectiva do encontro de terras aptas e devolutas, o que ocorreu em toda região. No final do século, após a Guerra de Canudos, contingentes desses desgraçados foram encaminhados por via das facilidades governamentais para a região, parte dela acorrendo para Tabocas (Costa, 1995). A este se agregam "os remanescentes das fracassadas tentativas de colonização no Sul, de origem estrangeira...".

Essa incorporação da mão-de-obra, permite a conclusão de um "vertiginoso crescimento" da população no eixo Ilhéus-Itabuna, que varia de sete mil pessoas, em 1892 a 105 mil, em 1920 uma média atual de quase 7%, enquanto o Estado, em seus conjunto, apenas se aproxima de 2%. Em muito auxilia o seu desenvolvimento (de Itabuna) estar intimamente ligada ao fator comunicação. "Esta cidade difere em muitos aspectos do centro portuário da zona cacaueira que é Ilhéus. Muito mais jovem que esta não se arrastou por séculos sob o peso da estagnação urbana e econômica. Surgiu quase no alvorecer do surto cacaueiro em volta de posto comercial, fundado em 1873, e em pouco mais de três décadas foi elevada à categoria de "cidade".

A chegada da estrada de ferro em 1912 e a malha rodoviária feita construir pelo Instituto de Cacau da Bahia, na década de 30, fizeram o município tornar-se o ponto de convergência viária regional, o que muito contribuiu para o vertiginoso avanço de seu comércio. "Leve-se em conta também que pela sua posição lhe foi possível drenar a produção dos detentores das melhores terras cacaueiras. E eram quase todas elas, até bem pouco tempo, distritos de Ilhéus: Uruçuca, Itajuípe, Banco Central, Pimenteira, Coaraci, União, Queimada, Barro Preto e Itapitanga".

A luta pela emancipação política

O crescimento de Tabocas - motivado pelo ajuntamento de novos chegantes em busca de terras para plantações de cacau e cereais, do comércio vigoroso, avançado sobre um mercado consumidor crescente, ampliado pelo contigente de nordestinos mandados trazer por Firmino Alves -, precipitou a discussão em torno da participação política do lugar diante de Ilhéus, dado a sua importância. Essas aspirações de autonomia motivaram o memorial assinado em 10 de maio de 1897 por Henrique Berbet Junior, Manoel Misael da Silva Tavares, Ramiro Lidefonso de Ararújo Castro, Plínio Cardoso do Nascimento, José Fulgêncio Teixeira, Manoel Pereira Né, Henrique Felipe Wense, José Nascimento Moreira, Domingos Pereira da Silva, Hermínio de Figueirêdo Rocha, Pedro Prudente da Costa, Theodolino João Berbet e José Firmino Alves solicitando ao Conselho de Ilhéus a sua autonomia e consequente eleveção à categoria de vila. Apesar das razões o pedido foi indeferido.

Nove anos depois nova Mensagens, agora encabeçada por Firmino Alves - que prometia doar os terrenos para os edifícios da Intedência, cadeia, fórum e o que mais fosse necessário - foi encaminhada diretamente ao governo do Estado, subscrita por um terço do eleitorado, solicitando a criação do município, quando este já contava com arrecadação superior a dez contos de réis e uma população estimada em 10 mil habitantes.

A 4 de agosto de 1906 alguns deputados, destacando-se entre eles Virgílio Gonçalves e Plínio da Costa, encaminharam um projeto elevando o arraial de Tabocas à condição de vila. Em 13 de setembro do mesmo ano a lei n°. 692, "assinada pelo Governador José Marcelino de Souza e José Carlos Junqueira Ayres Moreira" desmembrava do município de Ilhéus a Vila de Tabocas, constituindo-a novo município e dando-lhe o nome de Itabuna, bem como estabelecendo os seus limites. Precisamente a 23 de novembro foram instalados a Vila e o Termo de Itabuna. A luta prosseguiu para transformação da Vila em cidade e consequente desligamento da Comarca de Ilhéus, o que veio a acontecer através da lei 807, de 28 de julho de 1910, sancionada pelo Governador João Ferreira de Araújo Pinho. A instalação ocorreu, solenemente, em 21 de agosto de 1910. Seu primeiro governante - denominado então intendente -, foi o Engenheiro Olinto Batista Leone, que assumiu em 1°. de janeiro de 1908.

O Curato de São José

No ano de 1908, por iniciativa de Firmino Alves, que o solicitara de D. Jerônimo Tomé da Silva, Arcebispo da Bahia e primaz do Brasil, fora criado o Curato de São José de Itabuna, "sob jurisdição espiritual" do Cônego Moisés Gonçalves do Couto, tendo a Provisão Eclesiástica sido assinada em 3 de fevereiro e o Curato instalado na Capelinha de Santo Antônio, onde funcionou até 1913.

O Poder Judiciário

Em 21 de agosto de 1915, por força da lei n°. 1.119, que deu nova organização judiciária ao Estado da Bahia, Itabuna foi elevada à categoria de Comarca de 1ª. entrância, tendo a instalação ocorrido em 29 de setembro. Como primeiro juiz de Direito, Dr. Henrique Auxêncio da Silva; como promotor público, Dr. Álvaro Magalhães Costa.

O Poder Legislativo

O primeiro Conselho Municipal de Itabuna, - o Poder Legislativo à época - instalado em 1°. de dezembro de 1907 e empossado em 1°. de janeiro de 1908, era assim constituído: Firmino Ribeiro de Oliveira (Presidente); Tertuliano Guedes de Pinho (Vice-Presidente); Antônio Batista de Oliveira (11°. Secretário); Adolfo Maron (2o. Secretário) e ainda como membros titulares Américo Primitivo dos Santos, Antônio Gonçalves Brandão e Gavino Henrique Loup. Como Suplentes: Antônio da Silva Botelho, Jesuíno Alves do Couto, Jorge Constantino Grego, Athanázio Midlej Sanson, Otávio Portela póvoas, Henrique Félix dos Santos e João Henrique de Aguiar.

Os distritos

O município de Itabuna, conforme a divisão administrativa de 1911 constituía-se de um distrito único, em sua área original, de 4.031 Km2, aproximadamente. Em 1933 já era integrada dos distritos de Itabuna, Conceição de Ferradas, Macuco e Palestina. O decreto-lei n°. 10724, de 30 de março de 1938 ampliava as divisões territoriais do município, criando os de Itapui, Itaúna e Jussari. Finalmente, pelo decreto n°. 12.978, de 1°. de julho de 1944, passava a subdividir-se em sete distritos: Itabuna , Buerarema (ex-macuco), Ferradas, Ibicaraí (ex-Palestina), Itapé (ex-Itaúna) e Itororó (ex-Itapuí). Essa divisão vigorou até 1952, quando ocorreu o primeiro desmembramento, com a emancipação política de Ibicaraí, o que retirou de Itabuna uma área de 1.300 Km2 e o distrito de Itororó. Limitava-se, à época da emancipação, com os municípios de Ilhéus, Poções, Vitória da Conquista, Canavieiras e Una.

A origem do nome Itabuna

Apesar de a estrutura etmológica ser encontrada nos topônimos tupis ita (pedra) + aba (quebrar, truncar) + una (preto,preta) - Ita + aba + una= pedras pretas truncadas ou partidas, ou simplesmente pedras pretas partidas - todas as informações existentes, incluindo de José Pereira da Costa, que esteve presente à reunião que discutiu o novo nome para Tabocas, segundo revelou a José Dantas Andrade, o mesmo se originara da seguinte discussão:

Em 1905 o assunto era a emancipação... uns queriam o nome Firmino Alves, outros o de Henrique Alves e não chegavam a um acordo. Nessas reuniões sempre surgia um engraçadinho que por troça ou baderna sugeria o nome de um personagem popular, um tipo vulgar sem expressão, como aconteceu com um deles, que lembrou o nome de "João Culote" - tipo popular, analfabeto, cuja única qualidade boa que possuía era guardar na memória todos os acontecimentos, daí porque lhe chamavam de João Sabe tudo -, e outro o de Maria Buna, uma pobre lavadeira que laborava em cima de uma pedra, no qual construiu uma pequena barraca para o abrigo do sol. Essa última sugestão, embora extravagante, serviu para lembrar o nome Itabuna, o qual por várias vezes havia sido ventilado, por ser um dos nomes do 3°. Distrito de Ilhéus, ao qual pertencia ao arraial de Tabocas: Cachoeira de Itabuna. Havia o desejo de homens ilustres da época de substituir o nome Tabocas por um nome que tivesse algum significado indígena, achando no entanto, que o nome de Itabuna não possuía total significado, por conter apenas o topônimo ita, que significava pedra, admitindo o restante (buna) por euforia.

Pode-se, entretanto, afirmar que a expressão Itabuna se origina do tupi, segundo a análise manifesta acima, pela profa. Pondé Sena, de Estudos Tupis, da UFBa.

Itabuna Cidade

A elevação de Itabuna à categoria de cidade, era, desde muito tempo, desejada pelo povo desta comunidade. Graças a iniciativa dos senadores Arlindo Leoni e Batista de Oliveira, alcançou Itabuna essa glória pela lei n°. 807, de 28 de julho de 1910, a qual por se constituir um documento de real importância, vai aqui transcrita na integra:

Lei n°. 807, de 28 de julho de 1910.
Eleva a categoria de cidade a atual Vila de Itabuna, O Governador do Estado da Bahia, faz saber que a Assembléia Geral Legislativa decretou e eu sanciono a Lei seguinte:
Art. 1°. - Fica elevada à categoria de Cidade a atual Vila de Itabuna, conservará o mesmo nome.
Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio do Governo do Estado da Bahia, 28 de julho de 1910.
(Ass.) João Ferreira de Araújo Pinho - José Carlos Junqueira Ayres de Almeida.

Ata de sessão solene do Conselho Municipal de Itabuna para instalação da cidade:
"Aos vinte e um dias do mês de agosto de 1910, nesta cidade de Itabuna, a uma hora da tarde Paço Municipal, presentes os Srs. Conselheiros: Coronéis Tertuliano Guedes de Pinho, Antônio Gonçalves Brandão, major Adolfo Maron e capitão Américo Primitivo dos Santos. Sob a presidência do primeiro, foi aberta a sessão com toda a solenidade estando presentes: Dr. João de Sales Muniz, juiz de Direito da Comarca, Dr. Henrique Devoto, delegado de terras, capitão Aristeu Marques de Carvalho, delegado de polícia, coronel Firmino Ribeiro de Oliveira, intendente interino deste município, Dr. João Batista Soares Lopes, representando a Sociedade Lyra Popular, os Srs. Mares de Sousa, representando o "O Labor", e José Agnelo dos Reis, representando o "O Itabuna", Sr. Osório Pereira de Araújo, representando a Filarmônica Minerva, Salvador Ayres de Almeida, representando a União Comercial, Filadelfo Almeida, representado a união das classes, Abílio Moura Teixeira e Francisco Rocha, representantes da União Beneficiente Caixeral, professor Valentin da Costa Lima, representando a escola pública municipal do sexo masculino, sob sua direção, Dr. Rufo Galvão, representando as escolas públicas do município, Benigno Azevedo, representando a Sociedade Beneficiente dos Artistas e o farmacêutico Arthur Nilo de Santana, Abdias Lúcio de Carvalho e Abílio Moura, representando o clube 25 de junho, estando presentes também, muitas Exmas. Senhoritas e outras pessoas gradas. Lida a Lei n°. 807, e feita a ligeira exposição pelo Exmo. Sr. Coronel Presidente, este deu a palavra ao Dr. José Veríssimo da Silva Júnior, que com a verbosidade que lhe é peculiar, proferiu brilhante discurso alusivo ao ato. Depois de declarar instalada a cidade, por efeito da lei citada, usaram da palavra os srs. Salvador Ayres, Filadelfo Almeida, Arthur Nilo de Santana, Dr. Soares Lopes e Mares de Souza, todos parabenizando os itabunenses por tão feliz acontecimento. Em seguida o Sr. Coronel Presidente declarou encerrada a sessão, mandando lavrar a presente ata, por mim José Elias Paim, que a escrevi. (ass.) - Tertuliano Guedes de Pinho, Antônio Gonçalves Brandão, Adolfo Maron, Firmino Ribeiro de Oliveira, Américo Primitivo dos Santos, J. de Sales Muniz, Henrique Devoto, Ana Barreto Devoto, Dr. Rufo Galvão, Clotildes Casaes, Isabel Paim, Júlia Kruschewsky, Alzira Paim, Corina Silva, Alzira Franco, Filomena Jordão, Dr. Soares Lopes, Aurelino Ferreira de Souza, Arthur Paiva Leite, José Hagge, Arthur Nilo de Santana, Mares de Souza, José Agnelo dos Reis, Pedro Olavo dos Santos, Osário Araújo, Filadelfo Almeida, Abílio Moura Teixeira, Martinho Conceição, José Veríssimo da Silva, Benigno Azevedo, Vicente Galdino, Abdias Lúcio de Carvalho, Antônio Teixeira Bastos, José Kruschewsky, Sabino Costa, Ismael Casaes, José Fontes Torres, Carlos Jordão, Astério Rebouças, Jerônimo Joaquim de Almeida, Otávio Mendonça, Martinho Afonso Cirne, Jorge Maron Filho, Adalberto Carvalho, José Elias da Silva, Valentin da Costa Lima, Armâncio Oliveira, João Galdino. Eu, José Elias Paim, oficial do Conselho, assino e encerro."

A Avenida Cinqüentenário

Ruas antigas de Itabuna são como páginas da sua própria história, guardando lembranças dos fatos marcantes de nosso passado. A Avenida do Cinquentenário é uma das mais ricas em reminicências. Espinha dorsal da cidade, imponente e trepidante, lá pelos idos de 1901 como simples picada avançada mato a dentro, partindo da margem de um lagoa existente onde hoje é a Praça Adami, caminho alternativo e seguro quando as enchentes do Cachoeira alagavam a Rua da Areia, tranformando-se no melhor acesso para a sede do Conselho Municipal que se localizava onde hoje é o prédio do Marabá. Pelo lado oposto da lagoa em sentido inverso, já existia a Rua da Lama onde se concentravam casas comercias, bares e escritórios de firmas compradoras de cacau. Em 1904, quando Cel. Henrique Alves dos Reis assumiu a liderança do grupo Adamista, logo procurou atender pleito dos comerciantes mandando entulhar a lagoa, transformando o local na Praça Adami. Em sua homenagem, os beneficiados mudaram o nome da Rua da Lama para Henrique Alves.

Aos lados daquele caminho que adentrava a mata, já agora a partir da nova praça, começou a surgir uma infinidade de casebres. Em 1912, o Intendente Antônio Gonçalves Brandão resolveu urbanizar a área, acabando com os casebres e fazendo trabalho de entulhamento dos brejos existentes em seu percurso. Assim , transformou aquilo em uma rua larga e calcetada. O povo batizou-a como a Rua do Buri, em razão da enorme palmeira que teve de ser derrubada para não prejudicar o traçado planejado. Essa rua começou a avançar cada vez mais, surgindo construções de casas modernas, instalando-se pensões, depósitos de cacau, armazéns e até algumas famosas casas de meretrício...

Anos depois, a rua Henrique Alves teve seu nome mudado para J.J. Seabra em homenagem ao governador da Bahia e a rua do Buri, numa festividade da independência do Brasil foi oficialmente batizada como Sete de setembro. No dia 26 de junho de 1926 o então Intendente Henrique Alves inaugurou um grande trecho em calçamento de pedras irregulares, tendo por baixo as tubulações do sistema de esgoto geral do centro da cidade. Foi orador oficial o farmacêutico Arthur Nilo Santana, sendo a fita cortada por D. Odete Maron e Sr. João Rocha Franco. Passou a ser "Avenida" e não mais simplesmente rua.

Enquanto a J.J. Seabra esbarra no prédio residencial da família de Cel. Adolfo Maron, na Praça santo Antônio, a "Avenida" Sete de Setembro avançava sempre, ganhado maior importância não só pelos melhoramentos nela introduzidos pelo prefeito Francisco Ferreira da Silva na década de 30 e Armando Freire na década de 40, como também pela construção do Campo da Desportiva, surgido em área de sua fazenda cedida pelo Cel. Berilo Guimarães.

A partir da década de 50, o prefeito Francisco Ferreira, no seu segundo mandato, mandou elaborar plano para alargar a avenida e troná-la principal Via de trânsito da cidade. Começaram aí os trabalhos de corte e alargamento, sobretudo da rua J.J. Seabra que permanecia estreita, guardando ainda as mesmas dimensões de quando era Rua da Lama. Em 1959, tomou posse como prefeito José de Almeida Alcântara e graças a sua tenacidade e determinação em pouco tempo a Rua J.J. Seabra foi alargada, com o prosseguimento do recuo nos prédios ainda fora de alinhamento. Retificada e reurbanizada em toda sua extenção, a avenida Sete de Setembro fundiu-se com a Rua J.J. Seabra. Na praça Santo Antonio, persistia a residência da família Adolfo Maron. O prefeito Alcântara envidou todos os esforços, indenizou partes, desapropriou glebas adjacentes, enfim, tanto lutou que conseguiu alongar a Seabra fazendo seu encontro com o início da Avenida Juraci Magalhães, saída principal para Ilhéus. No dia em que máquinas e operários começaram a derrubar casas e cercas de quintais, ocorreu um grave incidente entre Alcântara e um antigo morador do local, indo os dois às vias de fato, cabendo ao deputado Paulo Nunes (adversário político do prefeito) secundado por várias pessoas que estavam por perto, o apaziguamento dos ânimos.

No dia 28 de julho de 1960, quando Itabuna comemorava seus cinquenta anos de emancipação política, foi solenemente inaugurada a Avenida do Cinquentenário, cuja festa contou com a presença do governador Juracy Magalhães, vários Secretários do Estado, prefeitos regionais, muitas autoridades outras, além da maior concentração de público jamais vista na cidade. O discurso oficial de inauguração foi proferido pelo General João de Almeida Freitas, por escolha pessoal do prefeito Alcântara. Um grande desfile, com alegorias retratando a história de Itabuna, constituiu-se no ponto alto das festividades.

O Rio Cachoeira

O Rio Cahoeira nasce nas fraldas da serra do Itaraca, no município de Vitória da Conquista. Depois de banhar parte deste município, entra em terras de Itambé, penetrando no município de Itabuna com a denominação de "Colônia", nome que lhe deram os capuchinhos italianos, quando por ali andaram, em meados do século XVIII, em missão de catequese. Como o "Colonia", banha o atual município de Itajú antigo distrito de Itabuna, e depois de receber as águas do "Salgado", o seu mais importante afluente, pouco acima de Itapé, muda de nome, passando a ser, "Cachoeira" até desaguar no Oceano Atlântico. Antes da entrada do porto de Ilhéus, une-se aos rios "Santana e Fundão, formando a chamada 'Coroa Grande".

Nesse percurso, da serra de Itaraca até o Oceano, através mais de 300 quilometros, as suas águas regam uma das mais importantes regiões da Bahia, sendo o fator principal para subsistência de duas grandes riquezas do Estado: Cacau e pecuária. Curiosidade, apesar de seu nome, o rio não possui ao longo do seu curso, nenhuma cachoeira importante. Muitas ilhas, por outro lado, pontilhavam o seu leito: Mutucuge, Marimbêta hoje a popular "Ilha do Jegue", Sequiero Grande, Bananeiras, Sempre Viva, Quiricós e outras. De todas, existem apenas vestígios.

O principal afluente do Cachoeira é o "Salgado", que antes de lhe despejar suas águas tem a oportunidade de banhar terras de Ibicaraí, Floresta Azul, Firmino Alves, Itororó e Santa Cruz da Vitória. São ainda seus afluentes, "Piabanha", "Catolé", "Duas Barras", "Sucuriuba", "Ponte", "Sapucaia", "Areia", "Primavera", "Jacarandá" e "Cachoeira", o qual para alguns, passa por ter sido a origem do atual nome de Itabuna. A história do Rio Cachoeira começa justamente onde termina seu curso: a entrada do porto de Ilhéus. Ali, em 1535, suas águas foram testemunhas da chegada de Francisco Romero, que vinha tomar posse das cinquenta léguas de terras doadas por D. João III, pela Carta Régia de Portugal, Jorge de Figueredo Correia e que se constituía na Capitania de S. Jorge dos Ilhéus. Este rio assitiu e acompanhou, ainda, as lutas dos donatários e ouvidores da capitania, contra os terríveis Aimorés, Tupiniquins e Guerens, guradando na lembrança das suas águas os nomes de Lucas Giraldes, D. Helena de Castro, Braz Fragoso, Vasco Fernandes Coutinho, Antônio da Costa Camelo, Luiz Freire de Veras, Francisco Nunes da Costa, Balthazar da Silva e outros. Em 1595, suas águas deram passagem aos hereges franceses, que saquearam e devastaram a pequena aldeia de Ilhéus. Mais tarde, abrigariam também os soldados da esquadra do almirante Lichthardt, que desembarcaram no Pontal, fazendo dali a cabeça de praia para o assalto e saque de Ilhéus. Em ambas as invasões, os estrangeiros foram heroicamente repelidos pelos poucos habitantes da Vila, com intercessão da Virgem Maria, originando-se daí a lenda e culto de N.S das Vitórias. Segundo o Dr. Francisco Borges de Barros, no livro "Memórias do Município de Ilhéus", edição de 1915, foi em 1553 que tiveram início as explorações nas margens do Cachoeira.

Apenas uma parte, a que era navegável, ou seja o trecho entre Ilhéus e Banco da Vitória, era conhecida e explorada. Já nesse tempo, o Padre Luiz Soares de Araújo, referindo-se ao rio escrevia: "Caudaloso rio chamado o da Cachoeira da Vila, capaz de navegar sumacas, barcos, lanchas e canoas; não há quem lhe saiba o seu princípio, por vir muito de dentro do Sertão e que todos afirmam que vem das minas...". A incumbencia de exploração e catequese nas margens do Cachoeira coube ao Padre Manoel da Nóbrega, juntamente com os catequistas Francisco Pires, Aspicuelta Navarro, Manoel Chaves e outros. Os trabalhos dos jesuítas se desenvolveram mais para as regiões de Porto Seguro, Itacaré, "Boipeba", Cairú e Canavieiras, mas alguns deles se ocuparam dos índios que viviam nas margens do rio, no seu referido trecho navegável.

Mais tarde, 1570, durante a época das "bandeiras", uma dessas expedições chefiada por Martins Carvalho, penetrou pelas margens do rio indo até a um ponto além do Banco da Vitória. Um personagem de destaque nas expedições ao longo das margens do Cachoeira foi o capitão português João Gonçalves da Costa. Contam-se várias histórias a respeito da ação devastadora contra os índios, destacando a sua crueldade contra os mesmos, a ponto de A. de Saint Hilare, no seu relatório "Voyage ou Perou, "assim se expressar: "o quadro de destruição e atos de selvageria praticados por João Gonçalves da Costa, contra os fracos restos de índios das margens do Cachoeira e Rio de Contas, desafia ao mesmo tempo a sensibilidade do homem de coração bem formado".

Em "Capitania de São Jorge dos Ilhéus", o Dr. João da Silva Campos registra também a ação devastadora praticada contra os índios guerens pelos paulistas, chefiados por João Amaro, espcialmente contratados pelo governador da Província, Afonso Furtado de Mendonça. Muito sangue, muita crueldade e as vidas de milhares de índios foi o preço da conquista e exploração das margens do Cachoeira. No princípio do século XVIII, os frades capuchinhos deram início e catequese dos poucos índios que sobreviveram as carnificinas de João Gonçalves e João Amaro. Do trabalho catequético desses piedosos e bravos frades, foram surgindo ao longo do curso do Rio Cachoeira, aldeias, povoados, colonias e missões, entre estas: Banco da Vitória, Cachoeira de Itabuna, Ferradas, Cachimbos, Catolé e outras.

Uma destas povoações muito progrediu, foi a de Cachoeira de Itabuna, no tempo de Weyll e Samaraker, colonos estranfeiros que fundaram ali nas margens do Cachoeira e seu afluente "Itaúna", uma colonia que ficou muito afamada pelo desenvolvimento da cultura de cana de açúcar, arroz, cacau e fumo, produtos que chegaram a ganhar medalhas de ouro nas exposições de Viena, Turim e na Côrte do Brasil. Também a povoação do Banco da Vitória conheceu um surto de progresso, servindo como nosso primeiro porto fluvial.

Entre os muitos que morreram afogados nas águas do Cachoeira, um deles ficou na história, foi o nober frade capuchinho Luiz de Grava, no dia 19 de abril de 1875, quando viajava de canoa com destino ao arraial de Tabocas. Entre as Ilhas formadas pelo Cachoeira, uma delas tem uma história muito nossa conhecida. É a Ilha do Jegue, que já se chamou "Ilha da Marimbeta", "Ilha do Temístocles" e "Ilha do capitão Aristeu", porque ela foi testemunha da chegada de Félix Severino e Manoel Cosntantino, pioneiros da corrente migratória sergipana rumo a Itabuna, ouvindo bem próximo de si o barulho da derruba da primeira árvore que serviu de marco de uma cidade que cresceu com o tempo e se transformou na grande e bela cidade de Itabuna.

Em 1914, registra-se a primeira grande enchente do rio Cachoeira. Fortes chuvas desabaram-se sobre a região, durante 11 dias, resultando num alagamento geral e destruição de tudo que existia próximo às suas margens, sofrendo com isso Itabuna, que começava a surgir, a perda de suas primeira ruas. Foi a maior enchente até poucos dias. Muitas e muitas enchentes seguiram-se a esta, uma delas entretando ficou famosa: a de 1920, porque batizou a nossa falada ilha. A "Ilha do Capitão Aristeu", passou a ser chamada "Ilha do Jegue". Um jumento ficara preso na dita Ilha, sendo alvo de compaixão e curiosidade públicas, durante 4 dias, sendo salvo depois que as águas baixaram e recebido por uma grande multidão que lhe deu as honras de um "herói".

Em 1947, a ponte Lacerda, recém-construída, serviu de barragem para a grande quantidade de "baronesa", capim "amazonas" e outros vegetais que o rio transportava. As águas represadas invadiram as partes mais baixas da cidade. Foi grande a destruição na Mangabinha, Burundanga, Bananeira, Berilo e outros bairros ribeirinhos. Em 1964, novamente as águas do Cachoeira estiveram em fase de enchente, voltando a causar prejuízos nos mesmos lugares anteriormente atingidos. Um ano depois ou seja em 1965, mês de novembro, o Cachoeira pegava novamente Itabuna, chegando a alagar a Avenida do Cinquentenário. Foram grandes os prejuízos. Por último, dezembro de 1967, segundo registros históricos, muito superior a todas as enchentes, foi esta última cujos efeitos ainda estão bem vivos na memória de todos.


FONTES: Itabuna em números (1996) - Texto de Adylson Machado e Documentário Histórico Ilustrado de Itabuna - Por José Dantas de Andrade (Dantinhas)

Sistema ajuda a identificar autismo em crianças pela voz

Pesquisadores americanos analisaram gravações de voz de crianças em seus ambientes naturais e conseguiram distinguir aquelas com desenvolvimento normal daquelas com autismo ou problemas de linguagem


Pesquisadores desenvolveram um sistema automático que pode prever a idade de uma criança, identificar se ela tem autismo ou atraso na forma como se expressa a partir da análise de gravações da voz dessa criança. O estudo foi publicado na PNAS Online Early Edition.



Kimbrough Oller, da Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, e sua equipe analisaram cerca de 1.500 gravações diárias de mais de 200 crianças (o gravador foi preso às suas roupas) com idade entre 10 meses e 4 anos. Um sistema automático separa os sons produzidos pela criança de sons do ambiente, e classifica a voz de acordo com as características definidas pela teoria do desenvolvimento vocal. Os pesquisadores identificaram diferenças consistentes entre a voz de uma criança normal em desenvolvimento e a voz daquela previamente diagnosticada com autismo, ou retardo na linguagem. Eles também descobriram que as análises previram, de forma confiável, a idade de uma criança com desenvolvimento normal.



O primeiro fator que ajuda a prever a idade das crianças e as distingue em grupos diferentes é a capacidade de formar os sons das sílabas, que são as bases para a construção das palavras. Os autores sugerem que o método, que permite aos pesquisadores analisar milhares de declarações registradas nos ambientes naturais das crianças, pode em breve ajudar na detecção precoce do autismo e outros problemas do desenvolvimento da fala ou expressão. Quando a doença é detectada precocemente, os tratamentos são mais eficazes e tornam o paciente mais participante da vida em família e sociedade.

da REDAÇÃO ÉPOCA

A fábula da convivência

Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno . Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros. Doíam muito... Mas, essa não foi a melhor solução : afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa era glacial.

Sobreviveram...

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor!

É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente!

Que possamos nos aproximar uns dos outros com amor e serenidade de tal forma que nossos espinhos não firam as pessoas que mais amamos tanto no trabalho, na escola, na igreja, em casa ou na rua.



sem indicação da AUTORIA. Se você sabe, por favor, indique-a caso repasse.

Marcelo Ganem - 100 anos de Itabuna

O músico Marcelo Ganem e o escritor Antônio Lopes se juntaram para prestar uma bela homenagem a Itabuna, a cidade centenária. A música 100 anos de Itabuna tem letra do mestre Lopes e voz e composição do homem da Serra do Jequitibá.

29.7.10

Divina Providência no Centenário de Itabuna

.Divina "Reconta a História" no centenário de Itabuna com um desfile no dia 30 de julho, às 14h, na Avenida Aziz Maron. “Um presente da nossa gente à nossa cidade mãe”, diz Silvana Sellmann Moreira, diretora geral do Colégio Divina Providência.
O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento da cidadania a partir do conhecimento de sua história, da análise dos aspectos culturais e sociais que formam o povo grapiúna, homenageando a cidade em seu centenário.

Visa também homenagear o antigo Colégio Divina Providência, primeira escola particular de Itabuna, promovendo um grande desfile com representação de diversos segmentos sociais e múltiplas ações: pedagógicas, sociais, ecológicas e culturais.

“Objetiva ainda promover a integração entre os alunos do colégio e a comunidade itabunense”. Já estão sendo realizadas as etapas de pesquisa, levantamento de dados, produção e levantamento de patrocínios visando a última etapa: o desfile histórico.

“Temos como parceiros a imprensa, a exemplo de A Região e da Morena FM”.

O projeto conta ainda com apoio de empresas como a Ceplac, “que vem nos apoiando inclusive na confecção das alegorias da ala que conta a história do cacau. Da comissão do centenário temos o apoio logístico”.

Várias alas

O desfile será dividido em alas que contarão toda a história de Itabuna. “Na ala destinada à educação, homenagearemos o antigo Divina com ex-alunos e ex-professores, junto com os educadores que continuam contribuindo na construção dessa cidade”.

A diretora do CDP conta que o desfile, apesar de ser organizado pelo Divina Providência, envolve personalidades de todos os segmentos da sociedade de Itabuna e está aberto à participação e envolvimento da comunidade.

Quem tiver interesse em participar pode fazer contato com o colégio pelo telefone (73) 3211-3518 para que seja providenciada a camisa do centenário, que será usada durante o desfile.

“Acreditamos que, juntos, conseguiremos realizar uma grande homenagem a esta linda cidade”, finaliza

Silvana.

Extraído do Jornal a Região

MP vai discutir segurança pública em Itabuna

Atentos aos altos índices de violência registrados em Itabuna, promotores de Justiça que atuam no município e em cidades vizinhas estarão reunidos com o procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva na próxima sexta-feira, dia 30, no "Seminário Avançado sobre Segurança Pública".



Desenvolvido pelo Ministério Público estadual, através do seu Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), o evento reunirá também membros do Poder Judiciário, da Defensoria Pública, advogados, policiais civis e militares, e representantes da sociedade civil no auditório da Unime - Campus II, localizado na Avenida J.S. Pinheiro, nº 1191, bairro Lomanto Júnior, em Itabuna.



O seminário será iniciado às 9h com a formação da mesa, composta por Wellington César; pelo coordenador do Ceaf, promotor de Justiça Almiro Sena; promotora de Itabuna, Renata Dacach; pelo prefeito local Antônio Nilton Leal; juíza da 1ª Vara Crime, Antônia Marina Faleiros; defensor público Walter Fonseca; comandante do 2º Comando Regional da Polícia Militar, Cel. Ivo Santos; presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/subseção Itabuna, Andirlei Nascimento; coordenador da 6ª Coorpin, Moisés Damasceno; presidente da Câmara de Vereadores, Clóvis Loiola; e representante da sociedade civil, Hélio Lourenço.



À tarde, a partir das 14h, serão apresentadas as palestras "Os desafios da segurança pública no Brasil", pelo secretário adjunto de Segurança Pública de São Paulo, Arnaldo Hossepian Lima Júnior; e "Entre a segurança tradicional e a segurança comunitária. Uma análise das Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro", que será apresentada pelo coordenador do Curso de Gestão em Segurança Pública do Núcleo Superior de Estudos Governamentais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), professor Jorge da Silva, que é coronel inativo da PM do Rio.

28.7.10

Grupo de Teatro de Barra do Choça vence festival em Itabuna

A Companhia Itinerante de Artes Cênicas (CIAC), de Barra do Choça, venceu festival de teatro realizado pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC). O evento foi realizado entre os dias 22 e 27 de julho, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna. Além do teatro, o festival também contou com as categorias dança, música e artes plásticas.

Com o espetáculo “Heranças de um mundo esquecido”, em sua estréia, o CIAC venceu na categoria Teatro Drama. A peça foi escrita e dirigida por Murilo Donato, que também participa como ator. O elenco conta ainda com Jornando Pereira, Wâgela Chaves e Thayara Oliveira. Euzébio Oliveira, na sonoplastia, e Wemison Soares, na iluminação, também fazem parte do grupo.


Em 2009 o grupo já havia sido vencedor de outro festival, realizado em Jequié com o espetáculo “Cultura: Morte ou Vida?”. Esse mesmo espetáculo foi escolhido em 2009 como o “Destaque do Juri” no Festival da FICC, em Itabuna. O festival teve ainda a escolha de Jornando Pereira como melhor ator.

O grupo contou com o apoio da CDL de Barra do Choça, através do presidente Josivan Moreira.

diretodo site Bahia em Foco

O inferno da indiferença




Estamos vivendo uma apatia coletiva mundial no que diz respeito à valorização, importância e cuidado para com o nosso semelhante. Na sociedade brasileira percebemos o reflexo desse caos global que mina as bases que sustentam a vida.

Os diversos setores estão infectados pela indiferença que é regada pelo acúmulo de riquezas e bens. Quem ainda se lembra da nossa Amazônia que está morrendo por causa da ação de pessoas que visam apenas lucros?; Desmatamento, poluição da água e do ar. A violência urbana deixando um rastro de sangue que acaba sendo normal por acontecer todos os dias. Quem ainda se lembra de João Helio, o índio pataxó Galdino, a empregada domestica Shirley? Todos foram vítimas da violência. Será que alguém ainda se lembra dos milhões que são distribuídos nas cuecas, meias, malas, jatinhos? O pior é que alguns ainda buscam o respaldo de Deus fazendo orações de gratidão pela facilidade com que conseguiram lesar os cofres públicos. Políticos que renunciam ao mandato para não serem caçados por seus atos de corrupção, sendo beneficiados por essa lei injusta, retornam ao poder pelo voto do povo. É impressionante a capacidade que esses bandidos têm e continuam a melhorar no quesito roubalheira, ou melhor, improbidade administrativa pra ser politicamente correto.

Esse é um ano eleitoral e nossos ouvidos devem ser preparados para ouvir as mesmas ladainhas de sempre, a fim de que possamos discernir os políticos sérios, que são poucos, dos corruptos que não merecem ser chamados de políticos, mas, infelizmente, são esses que engrossam as filas do congresso nacional.

Enquanto as pessoas não tomarem consciência de que são cidadãos e não servos, perpetuaremos esse modo de vida político e social que não respeita a alteridade. Pelo contrário, esse modelo de gestão está a serviço desse capitalismo neoliberal que apenas se sustenta em cima de corpos mutilados que sangram suas misérias diuturnamente.

Os políticos precisam do povo para receber seus salários. Pagamos impostos que não são revestidos para o bem da sociedade e sim, para sustento desses corruptos que não estão nem um pouco interessados em ver um país mais justo e igualitário com uma equidade na distribuição de renda.

Precisamos ser proativos no que diz respeito ao bem comum de nossa sociedade e do mundo. Não podemos continuar vivendo essa apatia que está encalacrada na alma dos cidadãos que pensam ser esta a única realidade que poderemos vivenciar. São necessárias atitudes que reflitam a indignação da população junto aos poderes executivos, legislativos e judiciários do nosso país. São nessas instâncias que são tomadas decisões que deveriam ser justas e, que de fato mostrassem que o Brasil é um país de todos.

Por sermos um país democrático temos, dentre muitas ferramentas, o VOTO, que deve punir e execrar esses políticos deletérios dos nossos municípios, estados e da nossa pátria amada Brasil. Não podemos nos esquecer que a corrupção a nível nacional é apenas um reflexo da corrupção local que enfraquece os pilares da democracia.

Chega de crianças que além de não terem acesso a uma educação de qualidade, são vitimas de violências que marcam profundamente aqueles que não serão o futuro, pois já são o presente dessa realidade imunda que assola a dignidade desses infantes. As drogas estão tomando conta da nossa juventude que não tem mais sonhos e, sim, vivem dopadas pelo ópio que paralisa e enfraquecessem a força do nosso país. Uma nação onde foi obrigada a criação de um estatuto para proteger os idosos atesta o seu estado incompetente e doentio.

Diante dessa triste realidade brasileira e mundial, temos que admitir que somos culpados por nossa apatia e descaso para com essa situação que beira a insanidade coletiva. É sabido que algumas vozes não se calaram e nem se venderam nesse sistema cruel e injusto. Portanto, é imprescindível que nos juntemos a essas vozes e formemos um grande coral onde a única música a ser cantada seja o som da justiça, da paz, da fraternidade, da solidariedade e, acima de tudo, do amor.
 
 
Author: Afonso Mendes


Por Fábio Porto – Discípulo de Cristo
site Ipiaú Notícias

Itabuna comemora aniversário e recebe equipamentos para a área da saúde

Três hospitais de Itabuna - de Base, Calixto Midlej e Manoel Novaes - foram beneficiados com equipamentos e assinaturas de convênio na festa de comemoração do centenário de emancipação do município, localizado a 433 quilômetros de Salvador, no sul do estado. Nas primeiras horas da manhã, uma missa e o hasteamento de bandeiras deram início às atividades.



Na ocasião, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) entregou ao Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães, 222 equipamentos entre camas, assentos, mesas de cabeceira, ventiladores artificiais, monitores paramétricos e oxímetros. A aparelhagem representa a renovação de um terço de toda a aparelhagem equipamentos da unidade.



Também os hospitais Manoel Novaes e Calixto Midlej, administrados pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, receberam novos equipamentos e assinaram convênio com a Sesab para incorporação dos serviços de radioterapia, cardiologia e cirurgia bariátrica. No total foram investidos R$ 2,3 milhões.



De acordo com o secretário da Saúde, Jorge Solla, o objetivo é fortalecer a capacidade instalada da rede hospitalar de Itabuna, que é um pólo importante de assistência à saúde. O município é o segundo do interior do estado credenciado pelo Ministério da Saúde para a assistência de alta complexidade em cardiologia. “Inicialmente, esse serviço era realizado apenas em Salvador. Agora já temos em Vitória da Conquista”.



O secretário da Saúde de Itabuna, Antônio Vieira, disse que o município apresentava uma demanda expressiva na área, que é considerada prioritária pelos gestores. “O hospitais da Santa Casa abrangem um gama muito grande de atendimentos da população de toda a região. As cirurgias bariátricas e cardiológicas, que serão realizadas na instituição, mais os 10 leitos de UTI equipados no Hospital de Base, nos tiram da agonia de ter uma saúde, até então, enfraquecida”.



Somente o Hospital Manoel Novaes recebeu 89 aparelhos entre incubadoras, ventiladores pulmonares, monitores multiparamétricos e oxímetros (medidores de oxigênio no sangue). Com a aparelhagem, o hospital terá condições de montar uma UTI Neonatal com capacidade para atender até 20 recém-nascidos.



A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna está presente no município há 93 anos e atende aproximadamente 50 mil pessoas por mês. Atualmente são realizadas quatro cirurgias bariátricas (obesidade)/mês, com previsão de aumentar para oito procedimentos a partir de agosto.



O provedor da Santa Casa, Renan Moreira, afirmou que as cirurgias cardíacas, bariátricas e neocirurgias estão entre as principais modalidades assistidas pela instituição. “A melhora será em número de atendimentos e a ampliação de outros serviços que não tínhamos por meio do SUS, a exemplo da cardíaca e bariátrica”.



O Hospital de Base foi fundado há 12 anos e é administrado pelo município. Na unidade são realizados atendimentos de ortopedia, neurologia, clínica geral em média e alta complexidade. Segundo o presidente da Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna (Fasi), Antônio da Silva Costa, os equipamentos irão otimizar os trabalhos dos profissionais de saúde e proporcionarão qualidade no atendimento aos pacientes.



“Atendemos 12 mil pacientes por mês. A grande deficiência que tínhamos no Hospital de Base era em relação aos equipamentos. Hoje é um motivo de alegria por poder prestar um melhor atendimento à população e dar dignidade aos médicos e enfermeiros que trabalhavam com grande dificuldade, usando equipamentos com mais de 10 anos de vida”, enfatizou Costa.



O pintor Miguel Alves Santana acompanha o sogro que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisou ser hospitalizado no Hospital de Base. “O pai da minha esposa está sendo bem atendido, mas, aqui, tem muitas camas quebradas. Eu acho que a chegada desses caminhões com equipamentos é muito importante. Estávamos precisando. O hospital era carente”.



No total foram entregues 323 equipamentos aos três hospitais, entre UTI Neonatal, UTI adulto com 10 leitos, além de mobiliários para a recuperação dos pacientes. Também está construindo uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h.

site do Governo Estadual

Motivação na Aprendizagem

Um bom didata, tem no seu ânimo, fonte de motivação para todos...


Os professores estão sempre se perguntando sobre o que devem fazer para que os alunos realmente aprendam.

Segundo o dicionário Silveira Bueno, motivação quer dizer exposição de motivos ou causas; animação; entusiasmo. Através dessas definições, pode-se constatar que estar motivado é estar animado, entusiasmado. Para isso, é necessário ter motivos para se chegar a esse estado.


Qualquer coisa que se faça na vida, é necessário primeiro a vontade de realizá-la, senão nada acontece. Isso também ocorre na educação. Educação requer Ação e como resultado dessa ação, há o APRENDIZADO. Mas para que se realize a ação e esta resulte no aprendizado é necessário, inicialmente, que haja a VONTADE, nesse caso, a vontade de aprender. O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, em outras palavras, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Como por exemplo:
Dar tratamento igual a todos os alunos;


Aproveitar as vivências que o aluno já tem e traz para a escola no momento de montar o currículo, incluir temas que tenham relação, isto é, estejam ligados à realidade do aluno, a sua história de vida, respeitando a sua vida social, familiar;


Mostrar-se disponível para o aluno, ou seja, mostrar que ele pode contar sempre com o professor;


Ser paciente e compreensivo com o aluno;


Procurar elevar a auto-estima do aluno, respeitando-o e valorizando-o;


Utilizar métodos e estratégias variadas e propostas de atividades desafiadoras;


Mostrar-se aberto e afetivo para e com o aluno;


"Acolher" realmente o aluno;


Dar carinho e limites na medida certa e no momento adequado;


Manter sempre um bom relacionamento com o aluno, e consequentemente, um clima de harmonia;


Fazer de cada aula um momento de real reflexão;


Ter expectativas positivas acerca do aluno;


Saber ouvir o aluno;


Não ridicularizá-lo jamais;


Amar muito o que faz, a sua profissão de professor;


Mostrar para o aluno que ele pode fazer a DIFERENÇA, isto é, que ele tem o seu lugar e o seu valor no mundo;


Perceber que ele, o professor, pode fazer a DIFERENÇA, para o aluno;


O professor deve ensinar o aluno a ser ético e crítico, mostrando a ele que a crítica é boa , desde que feita de maneira adequada e que a ética é fundamental em qualquer relacionamento humano, em qualquer ambiente: Familiar, Social, Escolar, entre outros.


Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel[1]

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27.7.10

NASCIDA EM 28 DE JULHO


                                               A menina Itabuna pelas lentes de José Nazal.



E já se passaram 100 anos, desde aquele dia histórico em que a então promissora Vila de Tabocas, emancipada de Ilhéus, se tornou a cidade de Itabuna.

Dez décadas, tanto tempo e ao mesmo tempo tão pouco tempo.

Cidade centenária e ainda cidade menina, despertando para um futuro que às vezes parece fugir, mas que está ao alcance das mãos.

As mãos que fazem de Itabuna uma cidade única.

Mãos de uma gente diferenciada, porque Itabuna é uma cidade diferenciada.

Quando a palavra empreendedorismo nem estava na moda, os itabunenses já eram, desde e todo o sempre, empreendedores.

Que inicialmente fizeram de um arraialzinho nascido às margens de um rio de pedras pretas e águas caudalosas uma pequena vila.

E de uma pequena vila, fizeram uma cidade que é construída dia após dia, ano após ano, num processo continuo.

Itabuna, terra de uma gente capaz de superar qualquer crise, dar a volta por cima e exibir uma pujança que impressiona.

Itabuna que cresceu em torno do cacau e que sobreviveu para ressurgir ainda mais forte quando a região mergulhou na pior de todas crises da lavoura cacaueira.

Itabuna que se redescobriu como pólo comercial, prestador de serviços, lazer e entretenimento e que se firmou com centro de excelência nas áreas de saúde privada e de ensino superior.

Itabuna que pulsa a cada amanhecer, escrevendo e reescrevendo a sua história, feita das histórias de seus mais de 200 mil habitantes.

Itabuna, que a despeito de tantas carências no setor público, é uma cidade que orgulha quem aqui mora, trabalha e toca a vida com dignidade.

Itabunenses que aqui nasceram ou que aqui foram acolhidos como seus filhos, cidade hospitaleira que é, outra de suas características marcantes.

Se é verdade que cada cidade tem uma marca que lhe confere uma característica especial, a marca de Itabuna é a sua gente.

É a essa gente que merece ser festejada no centenário de Itabuna.

Porque é essa fantástica gente grapiuna quem dá continuidade e transforma em realidade aquilo que 100 anos atrás, era apenas um sonho.

Um sonho que sonhado junto, fez brotar a semente plantada pelos pioneiros e que regada com as águas sacrossantas do Rio Cachoeira, gera os frutos dessa cidade que é nossa e que cabe a cada um de nós torná-la cada vez melhor para se viver.

E viva a Itabuna que em que vivemos!


Daniel Thame é jornalista, blogueiro e autor do livro Vassoura.
do site Pimenta na Muqueca

Limite de Itabuna com Ilhéus é polêmico há quase 90 anos


Limite com Itabuna é polêmico há 88 anos


quando os dois municípios ainda eram administrados por intendentes. Em abril deste ano a Prefeitura de Ilhéus encaminhou para a Superintendência de Estudos Sócio-Econômicos da Bahia (SEI) - protocolo nº 140110000554712 - pedido de revisão dos seus limites territoriais.

A prefeitura contesta o novo mapeamento estadual que teria provocado a perda de áreas de Ilhéus. O prefeito Newton Lima questiona os limites com Uruçuca, Aurelino Leal, Itapitanga, Coaraci, Itajuípe, Itabuna, Buerarema e Una.

Para o município de Ilhéus, no caso da divisa com Itabuna não existe problema de equívoco, mas sim de Conurbação urbana com o bairro da Califórnia. A área legalmente pertenceria a Ilhéus, mas os serviços públicos são oferecidos por Itabuna.

O prefeito de Ilhéus defende uma acomodação pacífica entre os municípios. Mas as discussões sobre os limites se acirraram com a implantação de novos empreendidos, como Atacadão e Makro, na rodovia Jorge Amado, na divisa de Ilhéus e Itabuna.

As lojas estão no território de Ilhéus, embora estejam muito mais próximas do centro de Itabuna, cujos representantes reivindicam que seja estabelecido o limite nas imediações da sede do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR).

Briga em 1912

A briga pelo território entre os dois principais municípios do sul da Bahia começou em 1912 e o clima foi muito tenso até 1920, causando preocupações para os intendentes Domingos Adami, João Mangabeira, Misael Tavares e Antônio Pessoa.

De acordo com historiadores, em 1913 o intendente coronel Antônio Pessoa da Costa e Silva editou a resolução nº 6 para esclarecer a questão dos limites entre os dois municípios.

O documento dizia que ficou resolvido “que o ponto de partida dos limites para o norte seja de umas pedras existentes à margem esquerda do Rio Itabuna, em frente ao marco de pedra do rumo das fazendas do major Joaquim Lopes da Silva (...)”

A resolução informava que para o sul, partiria das mesmas pedras no rumo direito, em busca do lugar conhecido como “Flores”, no Rio Santaninha. A resolução foi publicada em 15 de dezembro de 1913.

Em 1920 o limite entre os dois municípios voltou a ser questionado, mas não houve mudança na decisão anterior. Em maio de 1929 os representantes dos municípios voltaram a debater a questão durante o Primeiro Congresso Regional de Municipalidades Bahianas.

Em 1931 Gileno Amado, Salomão Dantas e Henrique Alves dos Reis foram nomeados para estudar o assunto. Eles entregaram um mapa do município ao interventor da Bahia, Leopoldo Afrânio Bastos Amaral.

Amaral assinou decreto reconhecendo os direitos de Itabuna. Mas os limites entre Itabuna e Ilhéus continuam sendo questionado pelas autoridades entre os dois municípios.

25.7.10

PRÊMIO KAIQUE MARCOS

O Prêmio Kaique Marcos– Educador Inclusivo é uma iniciativa do Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva – CEPEI , e visa identificar, valorizar e divulgar experiências educativas inclusivas , planejadas e executadas por professores, diretores e coordenadores pedagógicos em escolas de ensino regular da rede municipal de Itabuna.


Está aberta a professores em exercício docente que atuam desde a Educação Infantil e do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nas diversas disciplinas, em qualquer modalidade de ensino nas escolas do meio urbano ou do campo.

O período de inscrição é de 12 de julho a 18 de agosto de 2010.

As inscrições deverão ser feitas no CEPEI ou na Assessoria Psicopedagógica – SEC, quando os participantes deverão preencher a FICHA DE INSCRIÇÃO e anexar o projeto com documentação comprobatória como: fotos, vídeos, depoimentos de pais ou outras pessoas que possam validar os resultados do projeto.

site da SEC

SEMINÁRIO






Com realização da Escola Flávio Simões e coordenação dos Professores de História, Geografia e Filosofia, aconteceu durante os três turnos, dia 22 próximo passado, mais um trabalho em comemoração ao aniversário da escola e ao centenário da cidade de Itabuna.
O evento teve a seguinte programação:














  • Recepção e exposição de Posters-Saberes e sabores da terra com degustação de biscoitos de chocolate e a bebida do chocolate quente


















  • 1ª Palestra -  Itabuna - Cem anos de história - Profª Lourdes Bertol - professora da UESC Universidade Estadual de Santa Cruz (turno matutino) e Profª Genny Ethinger - professora UNIME (turno noturno)



  •  2ª Palestra - Da glória do fruto à crise da lavoura - Sr. Antonio Paim - Historiador e funcionário da CEPLAC















3ª Palestra - Os órfãos do cacau - trabalhadores e a exclusão social - Wellington Duarte - funcionário da CEPLAC e professor da UNIME










Encerrando o ciclo de palestras contamos com a apresentação do Sr. Ulisses Prudente - funcionário da CEPLAC e poeta regional- declamando um poema de sua autoria



Após as palestras foi aberto grupo de discussão.

Dando continuidade ao trabalho, os alunos desenvolveram em sala de aula (sob coordenação dos professores de História, Geografia e Filosofia  com auxílio dos demais professores) um debate e apresentação escrita para os demais grupos, dos temas:
  • A HISTORIA DE ITABUNA NOS CONTA QUE:
  • NOSSO FUTURO DEPENDE DE:
O trabalho realizado pretendeu discutir o papel de cada um na formação da sociedade em que se encontra.

19 de julho - 11 anos da Escola Flávio Simões

Nessa data comemoramos mais um ano de trabalho em nossa caminhada em prol da educação itabunense e mais especificamente do jovem e do adulto do bairro da Califórnia.
Desde as primeiras horas da manhã aconteceram atividades comemorativas à data. Cada turno iniciou suas atividades com um momento de reflexão e oração, culminando com uma música cantada por nosso funcionário Gideon.
A seguir a Direçã da Escola dava as boas vindas aos alunos e convidados, iniciando oficialmente as celebrações.
Com imagens no telão, acontecia uma explanação sobre a história da escola, contada pela professora Sueli e o recital com poemas alusivos à escola ou ao tema escola pelas Profªs Anaiara e Diná.
Em seguida tínhamos a fala de convidados como o Profº Paulo - ex-funcionário da escola e atualmente prestando serviços à SEC sobre a função da escola e o papel do aluno-seus direitos e obrigações; da Profª Valdete com suas: Oração pela Família, pela Escola, pelos alunos, pelos professores e pelo centenário da cidade dia 27/07. Suas orações contaram com a participação de alunos:Cristina e Erlom; professor:Jercely, Rivanilda e funcionário: Alexsandra.
Durante o evento, no turno vespertino e noturno, recebemos a visita das Profªs Cleris Sauer, Naldeci e Rosana. No turno noturno, prestigiaram nosso momento, os professores Jonas e Odilon.
Esse foi mais um evento envolvendo todos: corpo docente, discentes e funcionários em busca de uma melhor qualidade do ensino em nossa escola.

Projeto de Leitura

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