21.8.10

SEM MEMÓRIA NÃO HÁ APRENDIZAGEM

Durante séculos, na escola, memorizar foi sinônimo de decorar nomes,


datas e fórmulas. Afinal, eram esses os conhecimentos sempre exigidos


nas provas, nas chamadas e nos testes. Com base nos estudos sobre o


processo de aprendizagem da criança, concluiu-se que a decoreba era


inimiga da educação. E a memória — confundida com repetição — foi


posta de castigo.


Um grande erro. A memória é a base de todo o saber — e, por que não


dizer, de toda a existência humana, desde o nascimento. Como tal, deve


ser trabalhada e estimulada. "É ela que dá significado ao cotidiano e nos


permite acumular experiências para utilizar durante toda a vida", afirma


a psicóloga e antropóloga Elvira Souza Lima, especialista em


desenvolvimento humano.


Nos últimos 20 anos, a neurociência avançou muito nas descobertas


sobre o funcionamento do cérebro. Hoje sabe-se o que acontece quando


ele está captando, analisando e transformando estímulos em


conhecimento e o que ocorre nas células nervosas quando elas são


requisitadas a se lembrar do que já foi aprendido. "Com isso o professor


pode aprimorar suas estratégias de ensino", diz o neuropsiquiatra


Everton Sougey, coordenador do curso de pós-graduação em


Neuropsicologia da Universidade Federal de Pernambuco. Estão


provadas, por exemplo, as vantagens de estabelecer ligações com o


conhecimento prévio do aluno ao introduzir um novo assunto e de


trabalhar também a emoção em sala de aula. O cérebro responde


positivamente a essas situações, ajudando a fixar não somente fatos,


mas também conceitos e procedimentos.


"Somos aquilo que recordamos", conceitua Iván Izquierdo, professor de


Neuroquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele dá um


exemplo: nenhum texto é compreendido se não se lembra o significado das


palavras e a estrutura do idioma utilizado. Tudo isso precisa estar registrado


no cérebro para ser resgatado no momento oportuno. A memória, enfatiza


Elvira Lima, é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por


meio dos movimentos e dos sentidos. Essas representações são evocadas


na hora de executar atividades, tomar decisões e resolver problemas, na


escola e na vida.
 
Texto de www.psicopedagogavaleria.com.br

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