O ensino público tem sido um dos pontos centrais das campanhas eleitorais deste ano, tanto para a Presidência como para os governos estaduais.
Três razões para isso: pesquisa do movimento Todos Pela Educação, realizada com o Ibope, mostra que a educação aparece em terceiro lugar entre as principais preocupações do brasileiro, superada apenas por saúde e segurança pública (nessa ordem); as altas taxas de desemprego entre jovens pressionam os governos a encontrar soluções de inserção desse grupo no mercado de trabalho, e qualquer caminho passa pela formação escolar e profissional; os resultados das avaliações educacionais, mostrando o desempenho sofrível dos alunos, têm gerado grande repercussão na sociedade.
Para quem quer acompanhar o tema, é crucial separar o joio do trigo e exigir mais do que aquele discurso vazio que se repete a cada dois anos: “Educação é minha prioridade”. Tratar educação como prioridade é obrigação, da mesma forma que cuidar da política econômica é responsabilidade primordial de qualquer presidente.
Assim como se pergunta a um candidato qual será sua política de combate à inflação, é preciso pedir dos políticos respostas específicas para a solução de problemas específicos da educação brasileira.
Por exemplo: ao ouvir um candidato à Presidência prometer aumentar o salário dos professores, é bom lembrar que quem gerencia as redes de ensino da educação básica são as prefeituras (educação infantil e parte do ensino fundamental) e os governos estaduais (parte do ensino fundamental e o ensino médio). Não existe professor federal de educação básica. São os municípios e Estados que contratam e pagam.
Além de administrar sua rede de ensino superior (as universidades e institutos federais), cabe ao governo federal contribuir para o financiamento da educação básica, definir diretrizes e estabelecer metas.
Ou seja, os candidatos à Presidência devem abordar as grandes questões, como os investimentos em educação e a modernização das orientações curriculares. Já dos candidatos a governador, espera-se que tratem das questões cotidianas, como a criação criação de vagas e a qualidade do ensino nas escolas.
Texto publica na coluna no jornal Destak no dia 14/7
Postado por Fernando Leal
Gincalculando III- Matutino - 2010
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Há 13 anos
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