22.5.11

PEI - Programa de Enriquecimento Instrumental do Prof. Reuven Feuerstein.

O PEI é um programa de intervenção multidimensional que compreende uma fundamentação teórica, um repertório rico de instrumentos práticos e um conjunto de ferramentas analítico-didáticas, focalizando em cada um dos três componentes de uma interação: o aprendiz, o estímulo e o mediador, com o objetivo de aumentar a eficiência do processo de aprendizagem.


O PEI se fundamenta na Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e na Experiência de Aprendizagem Mediada de Reuven Feuerstein que nos oferece uma visão dinâmica das capacidades cognitivas do ser humano, esclarecendo como os processos de aprendizagem ocorrem e como é possível, através de uma mediação adequada, expandir o potencial para aprender aumentando a eficiência do funcionamento intelectual dos indivíduos.




O programa completo é composto de 14 instrumentos (14 conjuntos de tarefas de diversos conteúdos e modalidades, contendo 20 a 30 páginas cada). Seu crescente nível de complexidade favorece a construção sistemática e estrutural de funções cognitivas e operações mentais necessárias à aprendizagem.


O PEI pode ser utilizado em grupo ou individualmente em crianças na idade escolar e em adultos de vários níveis de funcionamento. O programa está traduzido em 12 línguas e é utilizado em diversos países.

A formação completa para interessados na utilização do programa tem duração de 210 horas/aula, divididas em 3 módulos de 70 horas cada.

O PEI pode ser aplicado em diferentes áreas:

Área educacional - para alunos do ensino regular, de sala de recursos, superdotados e na educação de adultos.

Área clínica – com todos os indivíduos a partir de 8 anos que necessitem de uma abordagem cognitiva para superar suas dificuldades de aprendizagem e/ou de comportamento

Área empresarial – em programas de treinamento das habilidades de pensamento e de aprendizagem e na promoção da produtividade.

Área institucional e social – como uma ferramenta adicional para ajudar indivíduos que necessitam socializar-se, praticar atividades intelectuais, recuperar a auto-estima e melhorar suas capacidades cognitivas.

Objetivos do PEI

O objetivo central do PEI é a produção de modificações nas estruturas cognitivas dos indivíduos, expandindo o potencial de aprendizagem, aumentando a eficiência mental e melhorando a qualidade do desempenho intelectual.

Para ajudar a promover este objetivo central, seis sub-objetivos foram formulados:

Correção da funções cognitivas deficientes

O primeiro sub-objetivo do PEI é a correção das deficiências nos pré-requisitos cognitivos do pensamento operacional, ou seja, as funções cognitivas, que falharam no seu desenvolvimento, em grande parte como o resultado da falta de experiência de mediação ou por que o aprendiz foi incapaz de se beneficiar da mediação recebida.

Para dar apenas alguns exemplos de como atingir este objetivo, o mediador irá ajudar o aprendiz a desenvolver adequadas estratégias de pensamento, restringir a impulsividade, ser preciso e sistemático na coleta de dados, identificar e definir problemas, selecionar indícios relevantes, planejar a sua ação e evitar o ensaio e erro, formar e confirmar hipóteses, buscar evidência lógica e refletir antes de responder.

Aquisição de vocabulário, rótulos diferenciados e conceitos relevantes às tarefas do PEI assim como para a resolução de problemas em geral

O segundo sub-objetivo consiste em equipar o aprendiz com linguagem e ferramentas verbais necessárias para a análise do processo mental internalizado, facilitando, consequentemente, o controle e o insight de seu funcionamento cognitivo.

Além do domínio de conteúdo e linguagem da tarefa, o PEI visa equipar o aprendiz com um repertório lingüístico rico e diferenciado de conceitos espaço-temporais, definições acuradas, e rótulos verbais precisos que representam as diferentes relações, operações mentais e funções cognitivas que formam a base de qualquer habilidade de resolver problemas.

Suscitação da motivação intrínsica através da formação de hábitos

Despertar a motivação intrínseca no aprendiz é considerado como um pré-requisito indispensável para qualquer intervenção que visa o desenvolvimento das habilidades de pensamento e do processo cognitivo, com o objetivo de prevenir o estado de contínua dependência do indivíduo em fontes externas de motivação as quais nem sempre são oferecidas pelo ambiente.

Para alcançar isto, o PEI visa a formação e a consolidação do funcionamento cognitivo eficiente num conjunto de hábitos que tendem a emergir espontaneamente no comportamento do aprendiz, independentemente de qualquer necessidade externa.

Criação do insight e pensamento reflexivo

O quarto sub-objetivo consiste no despertar de consciência do aprendiz na implícita relação entre diferentes modos de raciocínio e o conseqüente resultado do seu funcionamento cognitivo.

Ao invés da freqüente tendência de atribuir a condições externas ou mero acaso tanto o fracasso quanto o sucesso, o mediador usa o PEI para ajudar a desenvolver no aprendiz uma orientação com relação a si mesmo e ao seu próprio processo mental os quais devem ser considerados responsáveis pelo comportamento adequado e inadequado.

Criação da motivação intrínsica pela tarefa

O quinto sub-objetivo está relacionado ao tipo de motivação que pode se originar da sensação de domínio de uma tarefa e do valor social que vem acompanhado ao sucesso desta realização.

O PEI, intencionalmente desassociado do domínio familiar de conteúdos específicos e das disciplinas curriculares, ajuda o mediador a criar no aprendiz a motivação para envolver-se com tarefas que são consideradas atrativas e desafiadoras pelo prazer do sentimento de satisfação produzido por esta realização.

Mudança de um papel passivo e reprodutor para um papel ativo e gerador de novas informações

O sexto sub-objetivo do PEI se refere a necessidade de mudança da auto imagem do aluno, o qual frequentemente se percebe capaz apenas de registrar e reter informações, de fonte externa e de forma passiva, de maneira que ele possa conceber-se como pensador ativo, capaz de gerar novas informações com base numa adequada coleta e elaboração de dados.

Instrumentos do PEI Nível 1........................................ (Ver detalhes)

Organização de Pontos

Orientação Espacial I

Comparações

Percepção Analítica

Nível 2........................................ (Ver detalhes)

Classificações

Orientação Espacial II

Ilustrações

Relações Familiares

Relações Temporais

Nível 3 ........................................ (Ver detalhes)

Progressões Numéricas

Instruções

Silogismos

Relações Transitivas

Desenho de Padrões

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Depoimento da professora Amanda Gurgel




Ela desafiou deputados e secretários de seu estado mostrando a real situação da educação no Brasil, desmascarando estatísticas convenientes e exigindo melhores condições de trabalho.
O discurso da professora é um retrato claro da educação e dos professores brasileiros.
Que essa fala e seu posicionamento sirvam para que o Estado Brasileiro repense as políticas na área educacional e crie ações efetivas na solução desse problema que é nacional.

21.5.11

Reflexão


A vida de todos nós está agitada demais, uma loucura, tolhendo a convivência humana, os bons papos, um cafezinho com os amigos permeado de risadas gostosas. E o que é pior: fez nascer uma espécie de cultura absolutamente maluca! O estar junto, ouvir o outro, e ser ouvido são valores extraordinários e imprescindíveis. Há amigos mais chegados que um irmão. Lembre-se que isso é uma bênção, não um ônus! Portanto, saia agora mesmo de seu casulo e experimente o valor de uma grande amizade! Há força e vida nos relacionamentos significativos que nos permitimos construir.

Deus não fez o homem para que estivesse só, mas nos deu pessoas para serem nossos amigos, verdadeiros presentes, capazes de amizades sinceras, despretensiosas, dádivas do Alto!

Que Deus nos dê pelo menos um amigo! E se você for escolhido dentre tantos, aceite isso como um grande privilégio! Jesus tinha amigos, procurou-os, teve um Pedro, um Tiago, um João, com quem andava junto! E é Ele quem quer que tenhamos amigos. Que grande verdade é esta: “O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão” (Provérbios 18.24). Que tal, vamos provar desta bênção?  (Fonte: Boletim IBA)

Recebi de uma querida amiga a mensagem abaixo e repasso por acreditar na necessidade de cultivarmos e alimentarmos nossas amizades. São o sustentáculo em todos os momentos de nossas vidas. Difícil é aceitar a inimizade, a grosseria, o desdém, a ironia nas relações interpessoais. Isso magoa, fere fundo e afasta as pessoas.


Um beijo no coração, amiga.




Que a distância, a correria, os problemas do cotidiano não nos impeça de pensar e estar com nossos amigos. Porque "a gente não faz amigos, reconhece-os".

"Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...


Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!"(Vinicius de Moraes)





imagens da internet

20.5.11


"Todo o bem que eu puder fazer, toda a ternura que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu os faça agora,que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho." (James Greene)


Um bom dia! Que seu dia seja realmente lindo!

19.5.11

Líder imaturo ou incompetente ?


Se o seu líder, aqui leia-se Coordenador, Diretor, Gestor, Supervisor, etc, for uma pessoa equilibrada, justa, competente, controlada, educada e aberto a ouvir opiniões, não teme em realizar inovações, está sempre atento a novas ferramentas e estratégias para melhorar a qualidade do trabalho dos Professores e o rendimento dos alunos, então você não precisa continuar lendo este artigo. Parabéns você tem o Líder dos sonhos de qualquer empresa.


Agora, se você estiver pensando “ ah que bom seria se o meu líder fosse assim”, então este artigo é para você.


Se o seu líder não é do tipo descrito acima, então provavelmente ele se encaixará em um dos dois tipos restantes: incompetente ou imaturo.



O líder é incompetente quando não tem o preparo técnico para desempenhar suas funções adequadamente. É o tipo da pessoa que acha que o que já sabe já está bom, não se preocupa em atualizar-se ou participar de treinamentos para a sua educação continuada. Não é adepto de mudanças e inovações. Sempre coloca defeito no trabalho dos outros e nunca está aberto a novas idéias e muito menos a ouvir opiniões que possam melhorar o trabalho.

Faço um alerta que incompetência é diferente de ignorância. Podemos ignorar vários assuntos de várias áreas, até porque não é possível conhecer tudo, assim sendo podemos dizer que uma pessoa pode ignorar o que seja física quântica, porém se esta pessoa receber as informações pertinentes a esta área, bem como realizar cursos e estudos com certeza ela estará apta a responder em um determinado nível de aprofundamento, o que seja a física quântica.

A pessoa incompetente sabe determinado assunto, porém não se esforça para atingir a excelência no que faz, assim o seu desempenho é sempre medíocre.

Já o líder imaturo não apresenta as competências e/ou habilidades no relacionamento interpessoal, sendo assim não sabe gerir as pessoas pois não as vê como tal, e sim como meros instrumentos que devem apenas cumprir ordens e realizar tarefas. Geralmente é o tipo de líder que ou é autoritário com a equipe ou então é negligente, beirando a indiferença com todos.

Este tipo de líder não sabe conversar e nem mediar conflitos que ocorrem no ambiente de trabalho, pois está sempre alheio e indiferente às necessidades das pessoas que lidera.

Uma pessoa que age desta forma só traz malefícios para as pessoas que lidera, bem como para a instituição que trabalha, pois ninguém segue quem não admira, ninguém procura dar o seu melhor quando não recebe reconhecimento. Todos perdem ! Mas pior mesmo é quando o líder além de imaturo TAMBÉM é incompetente.

Por que então as instituições ainda mantém esse tipo de “pseudo-líder” ? Digo a você que este tipo de “líder” está com os dias contados, pois a Escola está descobrindo o que quaisquer outras Organizações que prezam qualidade e competência já sabem: Funcionário incompetente compromete os resultados, pois oferece serviços de má qualidade. O setor privado já está consciente disso e o setor público está começando a incorporar uma nova visão de gestão.

Diz o ditado popular: “quem tem competência se estabelece, quem não tem fenece” , sendo assim os “pseudo-líderes” serão destituídos do cargo e terão que dar passagem para um novo tipo de Líder, que terá como uma das características do seu perfil a proatividade e a competência

Se no seu local de trabalho você convive com um “pseudo-líder” avalie o seguinte: se a pessoa mostra-se disposta a aprender então é possível que haja mudanças a médio prazo, porém se é uma pessoa intransigente, está mais interessada no cargo que nas responsabilidades então é muito improvável que esta pessoa não vá mudar e sendo assim é melhor que você mude de local de trabalho.

Lembre-se de uma coisa: ninguém obriga o outro a crescer ou aprimorar-se, isso é algo intrínseco de cada um conforme sua visão de mundo, de pessoa, de projeto de vida, de competência e excelência. Pessoas medíocres criam instituições medíocres e instituições medíocres morrem.

Você está sofrendo tendo que conviver com o “pseudo-líder”? Compartilhe sua estória no nosso blog postando em comentários.



texto de Roseli Brito no site S.O.S. Professor

Cibercultura: o que muda na Educação


A cibercultura é a cultura contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades.
Compreendemos tais esferas como campos legítimos de pesquisa e formação, atribuindo-lhes o status de redes educativas.
Atualmente, a cibercultura vem se caracterizando pela emergência da Web 2.0 com seus softwares e redes sociais mediadas pelas interfaces digitais em rede, pela mobilidade e convergência de mídias, dos computadores e dispositivos portáteis e da telefonia móvel.

Nesse sentido, essa tendência em pesquisa pauta-se na relação complexa e interativa entre as aprendizagens tecidas não apenas ao longo da formação acadêmica e do exercício da profissão, mas também nas vivências
nos diversos ‘espaçostempos’ das cidades, considerando que o docente interage e aprende com seus estudantes, seus pares, gestores, comunidade escolar, com as mídias, com e em redes educativas multirreferenciais e com a sociedade mais ampla.


A noção de Educação Online trazida por nós não separa mais as práticas da modalidade de educação presencial das práticas de educação a distância, uma vez que, de acordo com o que acreditamos, estar geograficamente dispersos não é estar distantes, especialmente quando tecnologias digitais em rede vêm proporcionando encontros e diálogos síncronos e assíncronos e instituindo novas possibilidades de presencialidade em redes educativas variadas.

Nesse contexto, é preciso compreender como se dá a formação de professores para a docência online e alargar essas possibilidades, pois praticamente não contamos, ou contamos muito pouco, com processos de
formação inicial específicos em cursos de graduação. Os processos de formação continuada vêm se instituindo em práticas e projetos pontuais e contextualizados, de acordo com os modelos curriculares específicos de instituições – públicas ou privadas – e de alguns docentes que vêm construindo e atuando
na e pela internet com seus desenhos curriculares autorais.

 Um ambiente virtual de aprendizagem é um conjunto de interfaces digitais, que hospeda conteúdos e permite a comunicação, propiciando a expressão e a autoria dos participantes que habitam tais interfaces. Forma-se um híbrido entre objetos técnicos e seres humanos em processo de construção do conhecimento. Cada vez que um novo participante habita, com sua autoria criadora, uma das interfaces de um ambiente virtual de aprendizagem, o mesmo se auto-organiza, modificando não só o ambiente fisicamente, como também, em potência, a aprendizagem de todos os praticantes da comunidade.



Não é o ambiente online que define e educação online. Ele condiciona, mas não a determina. Tudo dependerá do movimento comunicacional e pedagógico dos sujeitos envolvidos (SANTOS, 2005). Além de acreditarmos que só aprendemos porque o outro colabora com sua experiência, sua inteligência e sua provocação, sabemos que temos interfaces que favorecem a nossa comunicação de forma livre e plural. Neste contexto, precisamos repensar o trabalho docente. É deste lugar que conceituamos educação online
como um fenômeno da cibercultura.

Assim, entendemos as práticas de Educação Online como um processo complexo (de desterritorialização e reterritorialização de saberes e conhecimentos) que se institui a partir de uma série de ações e situações de
ensino-aprendizagem, ou atos de currículo (MACEDO, 2000), mediadas por interfaces digitais que potencializam práticas comunicacionais e pedagógicas.
 
texto de Edméa Santos
imagens da internet

Mobilização Social em Prol da Escola



Estreitar as relações entre a comunidade escolar, sociedade e o Conselho Escolar. É este o principal objetivo do Dia “D” do Conselho Escolar – Mobilização Social em Prol da Escola que a Secretaria da Educação (SEC) de Itabuna está programando para o próximo dia 20 de maio na Rede Pública Municipal de Ensino, quando serão oferecidos diversos serviços e desenvolvidas ações de cunho social.

Organizado pelo Departamento de Acompanhamento da Gestão da SEC, através da Assessoria aos Conselhos Escolares, o Dia “D” visa trabalhar as funções pertinentes ao colegiado escolar, principalmente no seu aspecto mobilizador e deliberativo, aproximando ainda mais o Conselho da própria comunidade escolar e da comunidade local.

De acordo com a diretora do Departamento de Acompanhamento da Gestão, Sandra Damasceno, será um dia de extrema importância para os conselhos que, juntamente com as escolas, estarão desenvolvendo ações com foco na geração de benefícios para a comunidade.

“O Dia ‘D’ do Conselho Escolar visa, sobretudo, o desenvolvimento social e participativo da escola, abrindo suas portas para atender de forma ampla a comunidade na qual esta inserida e, acima de tudo, promovendo o fortalecimento de suas atividades”, justifica Sandra. Na Rede Municipal de Ensino de Itabuna estão instalados e em funcionamento 112 conselhos escolares, que são responsáveis pelo acompanhamento e execução das políticas públicas na escola.

Na escola Flávio Simões a programação incluirá a realização de mutirões de atendimento fisioterápico, oficinas de artesanato, pintura, estética, palestras educativas e informativas, visitação dos agentes de Saúde e Combate a Dengue, entre outros, durante todo o dia,  promovendo assim um dia de atividades que contemplem necessidades vivenciadas pela comunidade local.



site PMI/

17.5.11

Porto Seguro sedia Congresso Internacional de Educação

Entre os dias 8 e 11 de junho, Porto Seguro irá sediar o Congresso Internacional de Educação do Estado da Bahia (CIDEB).
Com o tema “A Educação para um Estado sem fronteiras: da teoria à prática”, o evento terá na programação palestras, mini-cursos, workshop e mesa redonda.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas aqui.
O congresso será realizado no Centro Cultural e de Eventos do Descobrimento e deve atrair cerca de 5 mil profissionais ligados à educação e outras áreas.

Valorização do professor passa pelas questões salariais

Ao avaliar o reajuste salarial de 15,85% concedido ao magistério público municipal de Itabuna, o maior já registrado nas últimas décadas, o prefeito José Nilton Azevedo Leal reafirmou o seu compromisso com a melhoria da qualidade social da Educação e enfatizou que a valorização do professor passa, também, pelas questões salariais.
“Não podemos pensar na melhoria da qualidade social da Educação sem considerarmos que ela é fruto de um contexto que envolve melhoria salarial, da infraestrutura da escola, investimentos em tecnologia e em alimentação escolar e, principalmente, a promoção da saúde e da qualidade de vida do professor”, elucidou Azevedo. O chefe do executivo itabunense lembrou que pela primeira vez na história o governo municipal concede um reajuste superior ao que havia sido reivindicado pela categoria do magistério, que era de 15%.
“Isso é fruto da vontade política da nossa administração e parte do entendimento de que a Educação é o princípio do desenvolvimento da sociedade. Por isso, não mediremos esforços para tornar a Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna em referência e modelo para as demais redes públicas do Norte/Nordeste do país”, frisou o prefeito.
Neste sentido, acrescentou Azevedo, o governo municipal, através da Secretaria da Educação (SEC), vem implementando diversos programas e ações focados na formação continuada do professor, na saúde do educador – a exemplo do Projeto Salutar -, na informatização das escolas municipais, inclusive do campo, na implantação da Escola em Tempo Integral, na suplementação da merenda escolar e na Educação Inclusiva, com a ampliação das ações do Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva (Cepei) e das Salas Multifuncionais.  
“Como podemos perceber, a Educação não se limita apenas num determinado aspecto. Entretanto, temos consciência de que todos esses investimentos e programas só surtirão o efeito esperado, que é a melhoria da qualidade social da Educação, se o professor for valorizado e respeitado não só como profissional mais como um ser humano imprescindível para o desenvolvimento da sociedade”, contextualizou o prefeito de Itabuna.

        Aumento salarial

O secretário da Educação, Gustavo Joaquim Lisboa, ressaltou que o aumento salarial de 15,85% concedido aos professores foi linear. Com isso, o menor salário pago a um professor em atividade de classe da Rede Pública Municipal de Ensino, com nível médio e carga horária de 40 horas, será de R$ 1.424,49 (um mil, quatrocentos e vinte quatro reais e quarenta nove centavos). “Diferente do que ocorreu no ano passado, esse incremento salarial foi extensivo a todos os níveis de professores”.
“Isso representará um grande impacto na folha de pagamento em razão de a Rede já possuir maior parte dos professores em nível III, cujos salários são mais elevados. Somente com o pagamento dos salários dos professores o município gastará exatos R$ 6,6 milhões a mais em 2011 do que em 2010”, revela Lisboa. Ele acrescenta que com os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb) o município não consegue nem mesmo cobrir a folha, uma vez que ela ultrapassa R$ 4,5 milhões mensalmente.
Gustavo esclarece que os recursos do Fundeb para Itabuna, definidos por meio da Portaria Interministerial do Governo Federal, que estima a receita anual e os coeficientes de distribuição de recursos por entes governamentais, é de R$ 3.492,291,85 (três milhões, quatrocentos e noventa dois mil, duzentos e noventa um reais e oitenta cinco centavos). “Para pagar a folha, os recursos serão complementados pelo tesouro municipal, conforme fora autorizado pelo prefeito Capitão Azevedo durante a Campanha Salarial do Magistério deste ano”, pontua o secretário da Educação.

Ganho real

Lisboa destaca ainda que, sem sombra de dúvidas, trata-se do maior aumento linear já concedido à Rede Pública Municipal de Ensino. “Mais ainda, foi um reajuste no vencimento básico, o que implica em dizer que todas as outras gratificações e adicionais sofreram o impacto deste aumento salarial, que o que será superior aos 15,85% no valor bruto final do vencimento dos professores”, assegura o secretário.
O titular da Educação acrescenta que, além disto, a Prefeitura de Itabuna também atende à legislação federal que foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que implantou em nível nacional o piso salarial do professor. “Considerando os aumentos concedidos desde 2005, os professores já acumulam o ganho nominal de 68,56% e ganho real de 33,9% para além dos índices inflacionários, calculados pelo IBGE, através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA”, finalizou Lisboa.

do site da PMI

16.5.11

Interação Mediada por Computador




Este vídeo faz uma referência à tese de Alex Primo.

Coordenando as Tecnologias Educacionais

É preciso deslocar a ênfase do objeto (o computador, o programa, este ou aquele módulo técnico) para o projeto (o ambiente cognitivo, a rede de relações humanas que se quer instituir).


Pierre Lévy



Segundo dados inseridos na Wikipédia, as Tecnologias Educacionais são utilizadas desde o prncípio da educação sistematizada. Ainda hoje se usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente eram feitas de pedra-ardósia, usa-se a tecnologia dos livros didáticos, atualmente os diversos estados mundiais debruçam-se sobre quais seriam os currículos escolares mais adequados para o tipo de sociedade pretendida.


No mundo ocidental, um dos grandes desafios é adaptar a educação às novas tecnologias - TICs tais como os meios de comunicação atuais como a internet, o rádio, os softwares que funcionam como meios educativos formais ou informais.


A Tecnologia Educacional é a área de conhecimento onde a tecnologia se submete aos objetivos educacionais. Ela procura auxiliar o processo ensino e aprendizagem de modo a propiciar formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação, preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos, da escola, do professor, da cultura em que a educação está inserida.


Com base nas necessidades operacionais e de utilização das TICs no ambiente escolar, foi que o NTM de Itabuna formatou e está aplicando o curso semipresencial "Coordenando as Tecnologias Educacionais".


Toda a metodologia do curso estará voltada para a interação de aprendizagem nos ambientes on-line, onde os professores-cursistas poderão desenvolver e construir propostas de interação com as NTIC no ambiente MOODLE, visando a elaboração e execução de um projeto em sua(s) própria(s) escola(s), de maneira individual ou coletiva.


O curso terá uma carga horária de 80 horas e será realizado através de Módulos Temáticos.

11.5.11

Novo olhar sobre a Matemática

Seguindo o link de indicação para um texto, postado em um comentário no blog, encontrei, no site Beira do Rio, Jornal da Universidade Federal do Pará, a apresentação de uma forma diferenciada de trabalhar conceitos matemáticos. O autor me encantou, porque sou apaixonada pela educação e pelas novas formas de levar a aprendizagem e trabalhar o conteúdo com os alunos. É um trabalho de envolvimento integral. Parabéns professor!



                        Alunos participam e encenam espetáculos propostos pela nova metodologia
           por Paulo Henrique Gadelha /Abril 2011              foto Acervo do Pesquisador

Historicamente, a Matemática foi concebida como uma ciência hermética e desinteressante. É comum escutarmos relatos de experiências traumáticas quando o assunto em questão é o aprendizado da disciplina. Seria possível, então, estudar os conteúdos matemáticos de uma forma alternativa e atraente, tornando-os inteligíveis para os alunos e eficiente para o professor?

Para essa indagação, o professor João Batista do Nascimento, da Faculdade de Matemática do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN) da Universidade Federal do Pará (UFPA), não titubeia em afirmar que sim. A resposta tem respaldo na metodologia criada pelo próprio docente: o uso do teatro na aula de Matemática.

De acordo com o professor, a didática consiste em trabalhar os conceitos dessa área de conhecimento de uma maneira em que os alunos possam assimilar os conteúdos de forma lúdica e prazerosa. “Com o auxílio do teatro, a criança vai perder o medo da Matemática e passar a ter uma nova visão sobre a disciplina, pois a linguagem teatral tem o poder de despertar os nossos sentimentos e emoções. Dessa forma, após vivenciar no palco o que sempre foi considerado enfadonho, o aluno vai ter mais sensibilidade para aplicar a Matemática no seu cotidiano”, afirma o professor João Nascimento.

Com o primeiro resultado prático de sua metodologia, o professor criou, em 2003, o Projeto de Extensão “Atividades de Matemática para 3ª e 4ª séries”, o qual vigorou durante aquele ano na UFPA e contou com a ajuda de quatro alunos que cursavam Licenciatura em Matemática na Universidade, na época. A iniciativa recebeu, ainda, apoio do Clube de Ciências do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica (NPADC), atualmente Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI), e da Faculdade de Matemática.

As atividades da iniciativa aconteciam aos sábados no Clube de Ciências. Nesses encontros, crianças do bairro Guamá entravam em contato com a Matemática não só por meio de peças de teatro, mas também por utilização de jogos e outras brincadeiras. Essas dinâmicas, segundo João Nascimento, são eficientes, pois contribuíam para uma melhor fixação dos conteúdos.

Espetáculo conta origem das figuras geométricas

Após essa experiência, o professor pensou em criar um espetáculo teatral que pudesse consolidar o seu trabalho. Então, João Nascimento elaborou a proposta da peça chamada “De ponto em ponto formamos...”, na qual os personagens representam elementos da Geometria Plana. O objetivo era discorrer a respeito dos conceitos básicos desse tópico da Matemática, tudo de forma informal e bem humorada.

A peça era dividida em cinco atos: OH! Sujeito quadrado! (ato 1); Triângulo Amoroso (ato 2); Círculo Vicioso (ato 3); Tem que andar na linha (ato 4); Ponto Finalmente (ato 5). No momento das encenações, os personagens (elementos matemáticos) se apresentavam, explicavam suas funções e peculiaridades contracenando uns com os outros. A proposta foi apresentada em instituições de ensino superior no Pará, adequando o conteúdo à realidade local. No Campus Universitário do Baixo Tocantins (CUBT) da UFPA, em Abaetetuba, isso aconteceu durante a realização da disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos para o Ensino de Matemática, ministrada pelo professor Aubedir Seixas Costa, que também desenvolveu o trabalho nos municípios de Breves, Tailândia e Concórdia do Pará.

A metodologia foi batizada de “Matemática e Teatro – da construção lúdica à formalização”. A forma alternativa de ensinar Matemática ganhou notoriedade na mídia local, nacional e até internacional, sendo divulgada em Portugal.

Modelo tradicional é deficiente e ultrapassado

Apesar de defender com afinco o seu método, o professor mostra-se cético quanto a possíveis mudanças no modelo tradicional de se ensinar a ciência na rede básica, o qual ele considera extremamente deficiente e ultrapassado. Um problema que não se restringe ao Brasil, “o ensino de Matemática praticado aqui é de péssima qualidade. Essa realidade ultrapassa as fronteiras do País e se estende por toda a América Latina. É premente a necessidade de melhorar o ensino. Não adianta mais o professor apenas se limitar a escrever uma definição no quadro e o aluno copiar. E para atingir a qualificação esperada, o docente precisa buscar novos métodos. Porém não vejo uma movimentação intensa nesse sentido”, declara João Nascimento.

Para o professor, um dos fatores que contribuem para essa realidade é a concepção de que o aluno da rede básica não faz ciência. “Isso é falso. Eles produzem ciência tanto quanto quem está na universidade. Agora, é claro que existe uma diferença na densidade da produção. Isso é natural. Mas a produção do ensino básico não deixa de ser científica por ser menos complexa”, considera.

O próximo desafio de João Nascimento é produzir um livro que contemple todo o histórico da sua metodologia, para auxiliar estudantes e professores. A obra deve conter as dinâmicas envolvendo teatro e também poesia, música e outras vivências. O projeto já tem título “Matemática para Aprender e Ensinar”. Faltam alguns detalhes para a publicação, no entanto o professor já usa o esboço do material para auxiliar alguns colegas que têm interesse no trabalho.

“Não consigo visualizar grandes mudanças. Porém continuo insistindo em relacionar o teatro com a Matemática. Quero que as crianças não se limitem a aplicar o conhecimento em um papel frio de prova, mas possam defender o seu saber com todos os recursos e emoções disponíveis”, finaliza João Nascimento.



Todo que desejar mais informações, material e conhecer outras propostas é só pedir pelo e-mail: jbn@ufpa.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

4.5.11

Poema para o dia das Mães

Para Sempre



Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.



Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

CNE aprova diretrizes que flexibilizam ensino médio

Cada sistema de ensino ou escola poderá montar disciplinas conforme o interesse da escola, com ênfases variadas

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta quarta novas diretrizes para o ensino médio. A resolução vai dar liberdade a escolas e sistemas de ensino para que montem a grade curricular mais interessante aos alunos com ênfase em trabalho, ciência e tecnologia e cultura. Emendas serão feitas ao texto original, mas segundo a assessoria do órgão elas apenas esclarecem pontos e não alteram o conteúdo.


A expectativa é que as novas diretrizes criem diversidade de projetos que atraiam os jovens em instituições públicas e privadas. Uma escola pode ter um projeto político pedagógico que enfatiza música, outra física, outra comunicação e o que mais a equipe achar que a comunidade precisa. “Cada escola ou sistema está liberado para dar mais tempo a uma ou outra área sem se prender a cargas horárias. Tem que ensinar matemática, português e outros conteúdos sim, mas pode ser dentro de um projeto sobre o que for melhor para a comunidade, pode ser uma hora ou 200 horas”, explicou o relator da proposta, José Fernandes de Lima. O texto segue agora para homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad e deve ser publicado em algumas semanas.

A flexibilização é uma proposta do conselho debatida há 8 meses e que sugere aprendizado por projetos e uma divisão menos rigorosa de disciplinas. Os Estados – responsáveis por 90% das matrículas nesta etapa – já haviam aprovado o projeto apresentado em janeiro. Em São Paulo, o secretário-adjunto, João Cardoso Palma, disse que é “muito favorável” ao agrupamento de disciplinas.

O ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados conclui os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes.

Aprovadas as diretrizes, novas expectativas de aprendizagem devem ser produzidas menos baseadas em conteúdos muito específicos. Será promovido um debate em todos os Estados para formular quais devem ser as bases mínimas esperadas.

Mais tempo

Um dia antes, a Comissão de Educação do Senado aprovou o projeto de lei aumenta em 20% o tempo de aula anual em todas as etapas, inclusive no ensino médio. As novas diretrizes apoiam esta ampliação e sugerem que parte das horas a mais seja de aulas fora da sala de aula.

Ensino técnico

Na semana passada, um programa de ampliação de vagas em escolas técnicas por meio de financiamento e bolsas, o Pronatec, foi lançado pelo ministro e a presidenta Dilma Rousseff. Apesar de reconhecer a importância do preparo para o mercado de trabalho, educadores questionaram que essa não era a solução para a etapa, que precisava de um currículo mais variado.

Senado aprova carga horária maior para ensinos infantil, fundamental e médio

Projeto de lei que aumenta carga horária mínima de 800 para 960 horas anuais segue para apreciação da Câmara dos Deputados

A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira, o projeto de lei do Senado (PLS 388/2007) que aumenta de 800 para 960 horas anuais a carga horária mínima para os ensinos infantil, fundamental e médio. Como foi aprovado em caráter terminativo, a matéria segue, agora, à apreciação da Câmara dos Deputados. Essas 960 horas, pelo projeto, serão distribuídas pelo período de 200 dias do ano letivo, excluindo os dias destinados aos exames finais, quando houver.


Se as 160 horas a mais fossem distribuídas pelos 200 dias letivos obrigatórios, a carga horária diária teria um acréscimo de 48 minutos. No entanto, o texto não determina que o aumento seja diário. Com isso, as escolas podem optar como farão para cumprir a determinação, caso o projeto de lei seja aprovado.

Emenda incluída pelo relator do projeto, deputado Cyro Miranda (PSDB-GO), determinou que as mudanças no calendário escolar só entrarão em vigor dois anos após a publicação da lei no Diário Oficial da União. Ou seja, se a lei for aprovada pelo Senado e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff ainda este ano, a nova carga horária só entraria em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Também foi aprovado pela comissão, em caráter terminativo, o projeto de lei que aumenta de 75% para 80% a frequência mínima para a aprovação de estudantes no ensino fundamental. A proposta esclarece que, no caso de afastamento do estudante da sala de aula por motivo de saúde, o atestado médico apresentado garantirá o direito de fazer provas em segunda chamada, "mas não abona as faltas que lhe foram imputadas".

O relatório do projeto de lei do Senado destaca a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), para o período de 2011 a 2020, de que 50% das escolas de educação básica do País ofereçam o ensino em tempo integral. De acordo com o texto, o projeto “dá um pequeno primeiro passo na direção do tempo integral”.


* Com informações da Agência Brasil

27.4.11

STF define que um terço da jornada dos docentes seja fora da aula

Definição da carga horária dos professores na lei do piso nacional havia sido questionada na Justiça

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a reserva de um terço da carga horária de professores para a realização de atividades extraclasse, como planejamento pedagógico. A lei que fixa a carga horária e um piso nacional para os professores foi questionada na Justiça pelos estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a decisão, o professor que cumpre jornada de 40 horas semanais, tem de ficar pelo menos 13 horas em atividades fora da sala de aula.


No início do mês, o Supremo se posicionou a favor do piso salarial da categoria, que deve ser calculado sem contar benefícios, como bônus e gratificação. Na ocasião, os ministros não formaram consenso sobre a questão da carga horária e decidiram esperar o presidente Corte Cezar Peluso.

Nesta quarta, o plenário retomou o julgamento da carga horária do magistério e o ministro Peluso considerou inconstitucional a definição da jornada de trabalho, empatando o placar em 5 votos contra a carga horária e 5 a favor. O ministro José Antonio Dias Toffoli se absteve da votação. Seguindo o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, o plenário decidiu manter o artigo da lei que separa um terço das 40 horas semanais de trabalho para realização de atividades fora da sala de aula, e a Lei do Piso passa a valer na íntegra sem nenhuma altração.

No entanto, como a decisão sobre o horário de trabalho não alcançou o quórum de seis votos, não se aplicam os efeitos vinculantes em relação a esse artigo da legislação, o que significa que a decisão poderá ser questionada novamente, e outros tribunais poderão julgar de outras formas. O debate, inclusive, pode voltar novamente para o STF.

Os cinco estados que questionaram a constitucionalidade da lei 11.738/ 2008 alegam que ela fere o princípio de autonomia das unidades da federação prevista na Constituição. Também argumentam que a lei não leva em consideração o orçamento e a quantidade de trabalhadores de cada unidade da federação. São Paulo tem hoje metade deste tempo para atividades extraclasse.

Entenda a controvérsia

Em 2008, o Congresso aprovou lei que define um piso nacional para os professores e reservava um terço da carga horária de 40 horas para atividades extracurriculares.

No mesmo ano, governadores de Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167 questionando a validade da lei aprovada no Congresso.

Uma decisão liminar concedida aos cinco Estados pelo Supremo invalidou o dispositivo que reservava tempo para atividades fora da sala de aula e considerou que o valor pago como piso poderia incluir vantagens, além do salário.

Neste ano, o novo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou não ter mais interesse na ADI. Porém, a Justiça impede que um reclamante se desligue oficialmente do processo em andamento.

Em julgamento no início do mês, o STF manteve o pagamento do piso sem considerar benefícios, conforme previsto na lei. Hoje, ele voltou a se posicionar em favor da lei e a fixação da carga horária de 40 horas com reserva de tempo para atividades extra classe.

Naiara Leão, iG Brasília

23.4.11

Música é um de sete novos conteúdos obrigatórios nas escolas

Conselheiros Nacionais de Educação dizem que só transversalidade das disciplinas permitirá introduzi-los




Nos últimos quatro anos foram acrescentados ao currículo da educação básica mais sete conteúdos obrigatórios. Em 2007, uma lei introduziu direitos das crianças e dos adolescentes. Em seguida, em 2008, entrou história e cultura afro-brasileira e indígena. Logo depois, vieram filosofia e sociologia – estas como disciplinas para o ensino médio – e, ainda naquele ano, música. Em 2010, uma emenda somou artes regionais e um decreto estabeleceu educação financeira.

Para cada novo componente foi dado um prazo de adaptação válido para escolas públicas e privadas. A obrigatoriedade do ensino de música começa no próximo mês de agosto, mas o Ministério da Educação (MEC) criou apenas este mês um Grupo de Trabalho para estabelecer a metodologia de implantação do conteúdo. Enquanto isso, algumas redes contrataram profissionais, outras investiram em projetos fora do horário de aula e a maioria ainda não se adaptou.

Pela lei, não é necessária uma disciplina para música, mas apenas a introdução de conteúdos. Dessa forma, diferentes professores poderiam introduzi-la dentro ou fora do horário de aula.

Liane Hentschke, professora de educação musical da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – instituição que é referência na área no País – defende que o mínimo seja um educador com formação específica e equipamentos musicais. “Dá para começar com o laboratório de informática e trabalhar softwares musicais com os quais as crianças já estão habituadas fora da escola, mas é importante ter um professor com consciência dos objetivos e que saiba introduzir outras músicas” afirma, acrescentando que depois de alguns meses também será necessário apresentar instrumentos.

“É preciso ter pelo menos aparelho de som, DVD, televisão, instrumentos de percussão, de corda, tambores e chocalhos. Para usar a voz, é preciso um profissional que entenda de canto, não é só cantar”, explica.

Ainda assim, ela defende que a música não ocuparia o tempo das disciplinas já existentes, pelo contrário, ajudaria a melhorar a compreensão delas. “Contribui para as capacidades de leitura, comunicação, sociabilidade, ouvir o outro, lógica, interpretação e ainda pode ser uma forma de incluir deficientes diversos”, argumenta.

Solução é integrar

A integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Clélia Brandão, lamenta que o estabelecimento de obrigatoriedade seja traduzido como um imposição de um componente sem conexão com os demais. “A música é fundamental desde a Grécia antiga e queríamos garantir que ela fizesse parte da formação dos jovens, ela agrega e serve para tornar a escola atraente. Agora vemos redes pensando no que dar de forma isolada, por série ou fora do contexto das outras áreas, isso é um modelo falido”, diz.

Queríamos garantir que a música fizesse parte da formação por agregar e tornar a escola atraente. Agora vemos redes pensando no conteúdo de forma isolada, por série ou fora do contexto, isso é um modelo falido"

Para ela, a música deveria integrar turmas diferentes e fazer parte de projetos com conteúdos de várias áreas. “A gente tem sido tradicionalista, tratando o aprendizado como uma série de pedacinhos, isso torna difícil acrescentar algo novo, a sonoridade deveria ajudar a unir e não entrar como outro conteúdo separado”. Ela espera que a equipe formada este ano possa esclarecer este “mal entendido”. “A escola tem que ousar ou estamos perdendo tempo.”

Outro conselheiro, José Fernandes Lima, critica a criação de muitos conteúdos novos. Relator de uma proposta de mudança no ensino médio que daria autonomia às escolas para montar suas grades curriculares, ele diz que os conteúdos devem ser dados de forma integrada e que o próximo passo seria tornar mais difícil a imposição de componentes. “Precisa estabelecer que direitos humanos são conteúdo? E educação a favor da diversidade? São coisas que a escola precisa ensinar pelo exemplo e o tempo todo, casos assim não devem ser colocados como componentes sob o risco de serem tratados apenas na aula específica do assunto.”

22.4.11

Descrição de Jesus Fisicamente - Allan Kardec

Projeto de Leitura

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