5.6.11
Educação Ambiental e formação de professores
RESUMO
A escola , é de longe, o lugar mais adequado para a inserção das práticas educacionais inerentes ao meio ambiente. Um dos desempenhos mais respeitáveis da escola é sua força de influência e transformação em relação a conceitos da comunidade em que está inserida. Nesse contexto e, na temática ambiental, a escola oferece um impacto expressivo na sociedade, através da sua mais fiel tradução: o trabalho dos profissionais em educação, em função da abertura de caminhos de difusão com os alunos, que permitam reflexões sobre o papel destes , como cidadãos em relação ao meio ambiente. Este é o mister do professor : a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de descobrir dentro de si a autoconfiança e potencialidade para o exercício de sua cidadania, desencadeando posturas e atuações mediante as dificuldades sócioambientais.
A soberania da ciência e da tecnologia vem registrando avanços científicos, decididamente insólitos, no decorrer da história da humanidade. Poder-se-á, entretanto, afirmar que os padrões culturais impostos pela sociedade industrial contemporânea fazem com que se conviva com o ameaçador fantasma da crise ambiental. A tecnologia e a ciência conferiram benefícios para o homem, e, paradoxalmente, trouxeram comprometimentos negativos e irreversíveis ao ambiente social e natural. Analisando as três últimas décadas, constatar-se-á o agravamento e distanciamento inexoráveis das diferenças sociais, políticas e ambientais em relação aos contextos global e local.
O Século XX assistiu ao mais vigoroso avanço tecnológico de todos os tempos e, concomitantemente, às mais selvagens agressões ao meio ambiente, já que, em nome do desenvolvimento, os impactos ambientais não foram dimensionados, bem como a “certeza” da infinitude dos recursos naturais. O planeta foi testemunha e vítima de mudanças climáticas, hidrográficas e biológicas - em sua maioria em função de sua própria evolução. Desta vez, é diferente. O agente modificador é, eminentemente, o ser humano. A assertiva de que os problemas ambientais da atualidade são oriundos de fatores culturais, políticos e socioeconômicos são incontinentes. Em decorrência desses aspectos, demandas sociais e ambientais têm sido ostensivamente preteridas sob a égide dos preceitos econômicos e políticos, os quais deram origem a uma sociedade tecnológica e cientificamente avançada, enquanto os benefícios advindos desses avanços são distribuídos para poucos e, com o ônus desse processo socializado por toda a sociedade planetária, envolvendo todos os atores sociais em uma intrincada teia de aranha. Os impactos ambientais no cotidiano do planeta têm sido imensuráveis, desvirtuando – implacavelmente, a qualidade de vida das sociedades, provocando insegurança, questionamentos e críticas aos modelos de desenvolvimento socioeconômicos adotados pelos homens. Nessa conjuntura a Educação Ambiental tem papel preponderante, tanto em relação às propostas de gestão educacional e do meio ambiente, quanto em políticas públicas e conhecimentos inerentes à temática, na releitura, no repensar das atitudes de ordem e valores individuais e coletivas.
1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
À Educação ambiental foi legado o mister de ser agente transformador da sociedade e, à escola – como instituição responsável pela formação de cidadãos, a incumbência de desenvolver dispositivos em função dos valores, dos conhecimentos, os quais dão embasamento à formação e transformação das pessoas. Dentre todas as áreas da educação nenhuma tem uma convocação tão urgente, tão intensamente globalizadora quanto a Educação Ambiental. Singular em seu perfil integrador e catalisador de tantos outros arcos do saber, emana efeitos desastrosos quando a dinâmica do seu objetivo é inócuo. Efeitos esses, que desprovidos de qualquer eufemismo, aliados à falta de consciência crítica da sociedade, superdimensionam os problemas ambientais e seus segmentos: econômicos, políticos, tecnológicos, científicos e sócioculturais.
Segundo Reigota (1994), é consenso entre a comunidade internacional que Educação Ambiental deve estar presente em todos os espaços que dotam os cidadãos de aprendizado – formal, não formal ou informal. Neste contexto, a escola, como responsável pela formação integral de cidadãos tem o dever social de desenvolver sistemas de conhecimentos, preceitos e valores que construam a conduta e fundamentem o comportamento próprio de proteção do meio ambiente. Na comunidade escolar a reflexão compartilhada, conjugada, traceja e esclarece o papel de cada ator social nos trabalhos com o meio ambiente. A escola é de longe, o ambiente ideal para se trabalhar conteúdos e metodologias adequadas a esses propósitos. Com obviedade, a escola e a Educação Ambiental – isoladamente, não trarão soluções para a complexidade que se revestem os problemas sócioambientais do planeta, entretanto, o convívio escolar exerce, decididamente, influência nas práticas cognitivas, bem como na formação de um novo sujeito social: redefinindo a relação das pessoas na conjuntura cultural/ambiental, se traduzindo no ponto de equilíbrio, de interligação na busca do convívio coesivo entre o homem e o meio ambiente, redimensionando o comportamento humano em relação ao planeta – nas formas local e global.
Reigota (1994) é categórico quando afirma ser a escola o local privilegiado para a realização da Educação Ambiental – desde que se dê oportunidade à criatividade... E assim deve ser: o aprendizado poderá ser ministrado nos parques, reservas ecológicas, associações de bairros, universidades, sindicatos, meios de comunicação de massa, mas, nenhum espaço – na opinião do autor, é tão perfeito quanto a escola.
2. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
A forma holística pela qual deveria ser tratada a Educação Ambiental fica relegada ou, ainda não foi adotada, pela escola e pelos educadores ambientais. É público e notório que a Educação Ambiental é – timidamente, desenvolvida nas escolas, estando na maioria das vezes ausente das práticas adotadas pelos educadores, não obstante algumas atividades pontuais sejam propostas inerentes “à preservação do ambiente”. A Educação Ambiental é um tema não-definido e desordenado dentro dos conteúdos programáticos escolares, com ações isoladas. Verifica-se um projeto tênue aqui, outro ali, envolvendo os alunos – muitas vezes, apenas para complementação de carga horária. Atividades esporádicas: realização de reciclagem de lixo, abordando a economia da água, da energia, enfim, ações fragmentadas e diluídas dentro dos currículos escolares, em detrimento de programas amplos e integrados às diversas disciplinas curriculares e seus conteúdos programáticos.
De acordo com Dias (1992, p. 26) [...] tratar a questão ambiental abordando apenas um de seus aspectos – o ecológico – seria praticar o mais ingênuo e primário reducionismo. Seria adotar o verde pelo verde, o ecologismo, o desconsiderar de forma lamentável as raízes profundas das nossas mazelas ambientais, situadas nos modelos de desenvolvimento [...]. Os currículos escolares abordam incontáveis conteúdos que tratam sobre ecologia, sumamente importantes para o desenvolvimento social, intelectual e cultural dos alunos, porém, igualmente, tratados de forma fracionada, fragmentada, que não fazem relação com a realidade dos alunos e de maneira pouco atrativa, não sendo relacionados com as questões ambientais, enfatizando – apenas, questões muito mais conceituais e dogmáticas.
Muitos educadores, “preocupados” com os problemas ambientais, levam para sala de aula conteúdos voltados para uma consciência conservacionista, e, portanto, que abordam aspectos meramente naturalistas, conceituando o espaço natural fora do meio humano. Uma maneira simplista, com ações educacionais direcionadas de forma restrita de defesa do espaço natural.Sintetizando: a análise feita sobre a Educação Ambiental vem sendo desenvolvida através de algumas disciplinas – como já relatado, de forma inconsistente e conservacionista e que tem (na maioria das instituições educacionais) o “dia do meio ambiente” o seu ponto culminante, pretexto para se comemorar e lembrar do ato de educar em função da consciência ambiental, e, no decorrer do calendário escolar se esquecem de que a escola e seus educadores têm o dever de elaborar projetos pedagógicos conectados e coerentes, de forma que sejam funcionais a qualquer programa que tenha como fim a Educação Ambiental.
3. OS NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental ainda se encontra densamente relacionada somente com a Ecologia. Ledo engano. Trabalham-se nas comunidades escolares com conteúdos programáticos complicados de serem ministrados em sala de aula: demasiadamente “cientificados” através de disciplinas. Urge a formação de gerações ambientalmente competentes, éticas, críticas, reflexivas, observadoras. Formação de gerações preparadas para questionarem, elegerem, conduzirem práticas solidárias e comprometidas com a qualidade de vida do planeta através da consciência ambiental – em toda acepção da palavra. O advento e integração da Educação Ambiental na escola só se tornarão possíveis fundamentados em ações pontuais capazes de se adequarem, de forma sistêmica e racional, que atinjam os fins em relação às demandas, através de contextos metodológicos de ensino. A Educação Ambiental precisa ter definida o seu lugar nos parâmetros curriculares brasileiros, para dizer a que veio e o que pretende: não somente se ocupar do ensino sobre a natureza, porém, para educar “com” e “para” a natureza.
Dentro da nova ordem mundial, o novo conceito educacional que se pretende desenvolver, propõe que a escola deva ter um perfil – antes de tudo, moldado para uma aprendizado cognitivo que enseje ações em prol do meio ambiente de forma individual e, simultaneamente, de forma coletiva - redimensionando a relação entre os atores sociais envolvidos na comunidade escolar, enfatizando – fundamentalmente o papel do professor, que não obstante seja de coadjuvante neste inusitado conceito de escola/ensino/aprendizagem para a formação do novo ser sócioambiental para o século XXI, se torna a perfeita tradução do que indica Freire (1997, p. 28): O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. [...] percebe-se assim a importância do papel do educador e a certeza de que faz parte de sua tarefa docente, não apenas ensinar conteúdos, mas, também ensinar a pensar certo. A formação de educadores, a necessidade e urgência que a envolve são fatores oriundos do imediatismo inexorável das soluções para as questões ambientais. Na nova ordem mundial faz-se mister uma formação para os profissionais de educação que não seja, meramente, transplantada dos procedimentos convencionais de aprendizagem, e que venha a travestir a Educação ambiental de uma visão equivocada.
4. A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Aos educadores cabem a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de descobrir dentro de si a autoconfiança e potencialidade para o exercício de sua cidadania, desencadeando posturas e atuações mediante as dificuldades sócioambientais. Os ensinamentos e práticas pedagógicas para os novos paradigmas da educação exigem conhecimentos metodológicos específicos, bem como novas relações com os conteúdos holísticos.
A Educação Ambiental é originária da necessidade de se contestar a crise da educação. É inquestionável que, algo está fora da ordem no processo de formação dos cidadãos. Como formar cidadãos atuantes e que façam valer seus direitos? Como educar para se ter audácia de dar um basta aos processos que aviltram e degradam a natureza e que superdimensionam a desigualdade entre os atores sociais? E por outro lado: como capacitar um professor para assumir essa postura? Algumas ações têm sido inseridas na formação de multiplicadores em educação ambiental, porém, em inúmeras experiências vivenciadas, atestou-se a necessidade de investimentos estimáveis e de peso – por parte de poderes públicos, no contexto sócioambiental e seus gravíssimos problemas. Ao questionar profissionais de educação acerca de fatores que obstaculizam a inclusão da Educação Ambiental e como transpô-los, as respostas são diretas: “Não se sabe como fazê-lo.” Resposta simplista, para problema essencialmente desafiador: como formar formadores.
A inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares, as práticas pedagógicas correspondentes, vêm esbarrando na falta de identificação de conteúdos apropriados, estratégias educacionais mais dinâmicas, eficazmente lúdicas e de socialização mais interessante. Vêm sendo estranguladas pelas classes multisseriadas; pelo enorme abismo que separa o interesse do professor pela introdução de práticas pedagógicas correlatas com o meio ambiente; enfim, inviabilizadas pelas salas de aula sem carteiras, sem paredes, sem portas... questões anatematizadas da própria educação brasileira.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O educador, enquanto profissional da educação, no exercício da sua função tem um grande desafio para o Século XXI: a formação da consciência ambiental dos alunos e, no desenvolvimento e exercício da sua cidadania, através da transformação dos próprios paradigmas e conceitos, de uma escola formadora e transformadora – onde os conceitos se desenvolvam através do trabalho escolar.As comunidades escolares em que os profissionais adotem práticas e abracem ações tradicionais e conservadoras de ensino, que não têm como foco essencial as amplas questões ambientais, que não se acercam sobre considerações do meio ambiente e apresentem sugestões didáticas praticáveis nas séries iniciais do ensino fundamental – propícias à formação e desenvolvimento da consciência ambiental de crianças e adolescentes, não estarão preparadas para os desafios inerentes ao modelo de ensino que a dimensão ambiental reclama.Nessa conjunção, a relação aluno/professor é redefinida em função dos conhecimentos característicos dos profissionais de educação e o novo perfil didático-pedagógico que deverá ser imprimido por esses ensinamentos.
Para Weid (1977, p. 84),
“é preciso intervir em processos de capacitação que permitam ao professor embasar seu trabalho com conceitos sólidos, para que as ações não fiquem isoladas e/ou distantes dos princípios da Educação Ambiental.”
Ou seja, o profissional de educação que se capacite em Educação Ambiental, pressupostamente, deve ser capaz de aplicar práticas sóciopedagógicas, não só no seu ambiente escolar, mas, em qualquer segmento da sociedade, com o escopo que se estabelece na temática ambiental.No ensino fundamental, as habilitações dos professores são oriundas das secretarias, as quais desenvolvem projetos relativos aos procedimentos pedagógicos – metodologias, relação aluno/professor, conteúdos programáticos desenvolvidos, correlação estabelecida com outras áreas de conhecimento, dentre outras atividades. Requer formação continuada, bem como um projeto pedagógico altamente delineado. Todavia, o formato como os currículos são oferecidos, ainda não permitem uma maneira flexível para que os profissionais possam implementar a dimensão ambiental em sua aulas. É, essencialmente, importante observar que, os profissionais em exercício, normalmente, trazem uma formação tradicional, clássica – contexto em que detêm conhecimento e que o aluno é um mero espectador.
Acatado como o “pai da Educação Ambiental”, o escocês Patrick Geddes (1933), já divergia da metodologia utilizada pelas unidades escolares, em que os alunos eram reportados do seu ambiente natural, para um mundo de conhecimentos “deslinkados” e fragmentados de sua realidade. Esta intervenção ainda traduz a realidade vivenciada através das metodologias de aprendizagem da atualidade, valendo observar que, o caráter que se reveste esse estilo de capacitação dever-se-á tornar indispensável uma reformulação metodológica, conceitual e curricular.
Autores como Pelicioni e Philippi Jr. (2005), salientam que
“não existe Educação Ambiental se ela não se efetivar na prática, na vida, a partir das necessidades sentidas”.
Sabe-se que, o bom mestre é aquele que provoca questionamentos – muito mais do que aquele que municia os alunos de respostas. Docentes com essa postura embotada tendem a se diluir em sua própria mediocridade, dando lugar a educadores que inquietam, que aguçam, que estimulam o imaginário ambientalista dos alunos, levando-os reflexões que proporcionem a edificação e consolidação de respostas para os conflitos socioambientais do nosso planeta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Flávia de Paiva de Medeiros de; GUIMARÃES, Flávio Romero. Direito, meio ambiente e cidadania: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo: Medras, 2004.
PELICIONI, Maria Cecília Focesi; PHILIPPI Jr., Arlindo. Educação ambiental e sustentabilidade. (Col. Ambiental).
PENTEADO, Heloísa Dupas. Meio ambiente e formação de professores. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PHILIPPI JR., Arlindo et al. Curso de gestão ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004.
PHILIPPI JR., Arlindo et al. Educação ambiental: desenvolvimento de cursos e projetos, 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2002.
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental.São Paulo: Brasiliense, 2006.
TELLES, Marcelo de Queiroz. Vivências integradas com o meio ambiente. São Paulo: Sá, 2002.
VIOLA, Eduardo J. et al. Meio ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafio para as ciências sociais. 3 ed. São Paulo: Cortez; Florianópolis; Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.
--------------------------------------------------------------------------------
Autora: Maria Esther Pereira Flick
Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Especialista em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais-PUC-MG. Mestranda em Relações Internacionais pela Universidad Autónoma de Asunción-PY e, aluna do MBA em Gestão Ambiental, pela FTC/UESC. Atualmente é coordenadora do Núcleo de Extensão e Assuntos Comunitários da Pró-Reitoria de Extensão-PROEX da Universidade do Sudoeste da Bahia-UESB. Professora da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UESB.
Marcadores: Comemoração, Educação, Formação Professor, Meio Ambiente
2.6.11
Salas Multifuncionais ampliam o trabalho de inclusão do Cepei
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferecido aos alunos da Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna está dando um passo muito importante para sua consolidação. Neste mês de maio, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a Prefeitura de Itabuna está implantando as primeiras Salas de Recursos Multifuncionais em cinco escolas municipais.
Com isso, Itabuna passa a ser o primeiro município no Sul da Bahia a contar com este tipo de recurso para o aperfeiçoamento do Programa de Educação Inclusiva, desenvolvido pela Secretaria da Educação (SEC), através do Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva (Cepei). Até o final do próximo semestre, no total, serão instaladas 17 Salas Multifuncionais do Tipo I e II, constituídas de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos necessários para o Atendimento Especializado aos alunos que possuem deficiência intelectual, auditiva, visual, dificuldade e/ou distúrbios de aprendizagem.
As Salas também estarão aptas ao AEE para aqueles com impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que podem ter obstruída/dificultada sua participação plena e efetiva na sociedade diante de barreiras que esta lhes impõe, ao interagirem em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
Segundo a assessora Psicopedagógica da SEC, Milene Dantas, até o final deste mês, estará em funcionamento a Sala de Recursos Multifuncionais do Centro de Atenção Integral à Criança – Caic Jorge Amado, no bairro Jardim Primavera; da Escola Municipal Dom Ceslau Stanula, no bairro Maria Pinheiro; do Grupo Escolar Pedro Lemos, localizada no bairro Lomanto Júnior; da Escola Municipal Frederico Smith, no bairro Urbis IV; e da Escola Jorge Ribeiro Carrilho, no bairro Santo Antonio.
Nas Salas do Tipo I estarão disponíveis 33 equipamentos, dentre eles, computadores com suporte de teclados com colméia, mouse óptico, lap top, impressoras laser, Alfabeto Braille, dominó e memória tátil, bem como lupas eletrônicas e manuais. Nas Salas Tipo II, além dos 33 itens, estarão disponíveis ainda outros nove específicos para o atendimento de alunos com deficiência visual, a exemplo de impressora Braille de pequeno porte, máquina de datilografia Braille, reglete de mesa, soroban, globo terrestre tátil e calculadora sonora.
Atendimento
Para cumprir a sua função de oferecer o Atendimento Educacional Especializado, complementar ou suplementar à escolarização aos alunos com deficiência matriculados nas classes comuns do ensino regular, as atividades na Sala de Recursos Multifuncionais são oferecidas aos estudantes em turno oposto ao da aula normal. De acordo com Milene Dantas, atualmente na Rede Municipal de Ensino de Itabuna estimasse que 20% dos alunos matriculados são deficientes.
“Este atendimento é um direito do aluno com necessidades educacionais especiais, inclusive, estão preconizados na Constituição Federal de 1988 e assegurados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)”, elucida Milene. Ela acrescenta que as Diretrizes (MEC/SEESP 2011), em seu artigo 2º, estabelecem que: os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais.
“Neste sentido, é que afirmamos o avanço significativo nas políticas públicas educacionais implementadas pela Prefeitura de Itabuna, não somente visando garantir o acesso das pessoas com necessidades educacionais especiais, através da matrícula, mas também de assegurar a sua permanência e, sobretudo, o seu sucesso que é o aprendizado”, ressalta Milene.
Com as Salas de Recursos Multifuncionais, argumenta Milene, o Atendimento Educacional Especializado estará mais próximo da escola, do professor da classe regular e da família dos alunos. A assessora psicopedagógica da SEC observa que nas Salas Multifuncionais, os estudantes terão o mesmo atendimento oferecido pelo Cepei.
Profissionais especializados
Para isto, a SEC está disponibilizando para cada escola que dispõe deste equipamento um profissional da Rede graduado em Pedagogia e especializado em Psicopedagogia. As atribuições do professor da Sala de Recursos Multifuncionais é de identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, atividades, recursos pedagógicos de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação especifico para cada aluno.
É este o caso da professora Maria José Dias Lima, da Escola Municipal Jorge Ribeiro Carrilho, que está disponível para o atendimento de até 20 alunos. A educadora, além da especialização, participou com outros professores do curso de extensão oferecido pelo MEC, através da Plataforma Freire. Maria José destaca que a Sala Multifuncional é um equipamento que irá proporcionar uma maior interação entre o professor e o aluno com necessidades educacionais especiais, com o atendimento individualizado.
“Com isso, estaremos potencializando as habilidades destes alunos para que eles possam ter melhor rendimento em sala de aula, junto aos demais colegas de classe”, frisa a professora. Ela ressalta que o atendimento diferenciado também irá permitir um trabalho mais focado na deficiência de cada aluno, além de permitir um contato mais próximo com o professor que trabalha com o aluno em sala de aula.
O trabalho dos professores das Salas de Recursos Multifuncionais é acompanhado de perto por duas coordenadoras pedagógicas especializadas designadas pela SEC – Jamille Bomfim e Danielle Martins -, que são responsáveis pelo planejamento semanal de todas as atividades. As próximas Salas Multifuncionais serão instaladas nas seguintes unidades escolares: Instituto Municipal de Educação Aziz Maron (Imeam), Escola Ação e Cidadania, Educandário Isa Brito, Escola José Oduque Teixeira, Escola Municipal Flávio Simões, Lar Fabiano de Cristo, Escola Norma Vídero, Escola José, (do meio rural), Escola Lúcia Oliveira, Escola Brasília Baraúna, Ciso e Escola Municipal Lourival Oliveira
do site da PMI
1.6.11
Olimpíada de matemática
Estudantes de escolas públicas representarão o Brasil em Amsterdã
Apaixonados por matemática e colecionadores de medalhas de ouro desde o ensino fundamental, Maria Clara, Henrique e André, estudantes de escolas públicas de Belo Horizonte e Pirajuba (MG) e de Brasília, vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã, Holanda, de 16 a 24 de julho. Esses estudantes ganharam medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), em 2010.
Completam a equipe brasileira na competição três estudantes de escolas particulares, medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) — Deborah Barbosa Alves, de São Paulo; Gustavo Lisboa Empinotti, de Florianópolis, e João Lucas Camelo Sá, de Fortaleza. Na olimpíada internacional, cada país pode enviar seis alunos do ensino médio. Estudantes de aproximadamente 100 nações participam da olimpíada.
Maria Clara Mendes Silva, 16 anos, cursa a terceira série do ensino médio noturno na Escola Estadual Coronel Oscar Castro, em Pirajuba, no Triângulo Mineiro. Ela espera representar bem o país em Amsterdã e trazer medalha. A estudante participa de competições desde o quinto ano do ensino fundamental e tem na matemática seu tema de interesse. Entre suas conquistas estão seis medalhas de ouro na Obmep; duas de ouro, uma de prata e uma de bronze na OBM. Maria Clara também já escolheu a matemática como o curso de graduação que pretende fazer.
Henrique Gasparini Fiúza do Nascimento, 15 anos, e André Macieira Braga Costa, 16, também são alunos de escolas públicas e cursam o segundo ano do ensino médio. Henrique, no Colégio Militar de Brasília; André, no Colégio Militar de Belo Horizonte. O estudante brasiliense participa da Obmep desde 2005 e já conquistou seis medalhas de ouro. Na OBM, foi medalha de prata em 2010. Quando concluir o ensino médio, pretende cursar engenharia. André vai optar por engenharia ou física.
Talento — Para o coordenador do Programa Especial para Competições Internacionais da Obmep, Paulo Rodrigues, o fato de o Brasil ter 50% de seus representantes na Olimpíada Internacional de Matemática oriundos de escolas públicas é uma vitória. Ele ressalta que em escolas particulares, especialmente do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, há programas especiais de preparação dos alunos para a OBM, o que não ocorre na rede pública. “Os que se destacam nas escolas públicas são alunos muito talentosos”, afirma.
Podem participam da seleção para a olimpíada internacional todos os estudantes que estejam cursando o ensino médio e tenham conquistado medalhas de ouro, prata ou bronze na OBM no ano interior ao do evento internacional. A seletiva compreende a participação dos alunos na semana olimpica da OBM, que acontece em janeiro, onde fazem exercícios e testes. Os seis candidatos mais bem classificados representam o país no exterior.
De 1979, quando estudantes brasileiros começaram participar da Olimpíada Internacional de Matemática, a 2009, o país ganhou sete medalhas de ouro e 23 de prata. Em 2009, em Bremem, Alemanha, os brasileiros trouxeram uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze. Em 2010, em Astana, capital do Cazaquistão, foram duas medalhas de prata, uma de bronze e três menções honrosas.
As escolas públicas têm prazo até a próxima sexta-feira, 3 de junho, para fazer a inscrição de estudantes na 7ª edição da Obmep. A competição é desenvolvida em três níveis:
Nível 1 — alunos matriculados no sexto ou sétimo ano do ensino fundamental, no ano letivo correspondente ao da realização das provas.
Nível 2 — alunos matriculados no oitavo ou nono ano do ensino fundamental, no ano letivo correspondente ao da realização das provas.
Nível 3 – alunos matriculados em qualquer série do ensino médio, no ano letivo correspondente ao da realização das provas.
texto de Ionice Lorenzoni do site do MEC
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16678
Marcadores: Matemática, OBmep, Olimpíadas
31.5.11
Formação de Leitores
A cidade de Itabuna tornou-se, na noite de ontem, o 35º município parceiro do Programa ATARDE Educação. O lançamento contou com a presença do diretor-geral do jornal A Tarde, Edivaldo Boaventura, e do secretário de educação local Gustavo Lisboa, além de professores e gestores.
Segundo o secretário, o programa atenderá, em Itabuna, aos professores do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) e estará presente em 33 escolas, atingindo um público de cerca de 3 mil pessoas.
Hoje pela manhã aconteceu uma oficina, sob a coordenação da pedagoga do jornal A Tarde, Georgia Oliveira, sobre a utilização pedagógica do jornal na sala de aula. A oficina teve a duração de quatro horas, com direito a certificado de participação a todos os professores e gestores presentes ao evento.
com texto de Luan Santos direto do jornal e complemento de Bete Almeida
Marcadores: Educação, Informação, Projeto, Projeto Leitura
Haddad: críticos de livro polêmico adotam viés fascista
Os críticos do livro "Por uma vida melhor", que defende que a fala popular - inclusive com seus erros gramaticais - é válida na tentativa de estabelecer comunicação, adotam uma postura fascista, disse na manhã de hoje o ministro da Educação, Fernando Haddad.
"Há uma diferença entre o Hitler e o Stalin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stalin lia os livros antes de fuzilá-los. Ele lia os livros, essa é a grande diferença. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler", afirmou Haddad, durante audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
Uma comissão formada por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou o livro "Por uma Vida Melhor", da Coleção Viver e Aprender. O livro, que chegou a cerca de 484 mil alunos de todo o País, defende que a forma de falar não precisa necessariamente seguir a norma culta. "Você pode estar se perguntando: Mas eu posso falar os livro? Claro que pode", diz um trecho.
O livro lembra que, caso deixem de usar a norma culta, os alunos podem sofrer "preconceito linguístico". "Fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas".
A Defensoria Pública da União no Distrito Federal entrou com ação pedindo que os exemplares sejam recolhidos das escolas públicas.
direto do site http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=5729459
Marcadores: Educação, Informação, Reflexão, Sociedade
29.5.11
FESTA NO FLÁVIO SIMÕES
O Flávio Simões esteve em festa esse final de semana, com a comemoração do dia das Mães da escola.
Como acontece todos os anos, o Flávio se enfeitou para recepcionar com carinho as mães de nossos alunos.
Marcadores: Comemoração, Mães, Trabalho dos alunos
27.5.11
PROBABILIDADE - Ministério da Educação contra a homofobia
Preconceito, um dos filmes do MEC
Vídeos serão readequados antes de passarem pelo aval da Secretaria de Comunicação da Presidência
O kit do Ministério da Educação para combater a homofobia nas escolas, suspenso nesta quarta-feira pela presidenta Dilma Rousseff, será readequado sem custos adicionais ao governo, segundo o ministro Fernando Haddad. Em visita a São Paulo para inaugurar novos campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o ministro informou que o convênio realizado para a preparação do material a ser distribuído a 6 mil escolas de ensino médio do País, só se encerra quando o material estiver totalmente aprovado.
“Quando ocorre uma inadequação no convênio, o ministério pede uma alteração do material”, explicou o ministro. O convênio para a preparação do kit anti-homofobia tem um custo total de R$ 1,8 milhão e inclui, além da confecção de vídeos e cartilhas para professores, pesquisas, seminários e atividades de formação para docentes que vão utilizá-lo. O ministro não revelou quanto deste montante já foi repassado aos fornecedores.
Nesta quinta-feira, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que seu partido irá ingressar com ações judiciais para que o governo federal devolva aos cofres públicos os gastos referentes à elaboração do kit anti-homofobia. O MEC, no entanto, pretende refazer o material até o fim do ano.
Segundo Haddad, os vídeos estavam em fase de avaliação. Como o iG havia mostrado em dezembro de 2010, o material, chamado de Escola sem Homofobia, estava sendo preparado há dois anos, e agora a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), responsável pelo conteúdo, havia dado como finalizado para ser submetido ao comitê de publicações do MEC. Após o material vazar e provocar grande polêmica, principalmente entre deputados da bancada religiosa do Congresso, a presidenta Dilma assistiu a passagens de dois vídeos e não gostou do conteúdo. O ministro disse que uma frase da peça chamada “Probabilidade”, em que um menino diz que o interesse por “meninos e meninas” aumenta suas “probabilidades”, foi criticada pela presidenta. “Ela acredita que o vídeo sugere que a bissexualidade é uma coisa boa, e nós não devemos entrar nesse mérito”, conta o ministro.
Para readequar o kit, técnicos e professores serão envolvidos na análise e vão sugerir mudanças nos vídeos antes deles serem encaminhados para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), que por determinação de Dilma passará a dar o aval para todas as publicações do governo que envolvam costumes e valores. Para o ministro, isso não significa que houve recuo de Dilma em relação ao kit anti-homofobia, já que a presidenta não conhecia o conteúdo e não havia feito nenhum movimento anterior em relação a esse tema.
do site do IG
24.5.11
Polêmica - Kit Gay
O vídeo acima fala sobre a distribuição do Kit que combate a HOMOFOBIA. Sou totalmente contrária a distribuição deste kit, a banalização mesmo dos aspectos particulares e pessoais de cada criança e aos valores familiares. Não sou preconceituosa, nem pretendo ser, mas como mãe não quero que escola alguma interfira na sexualidade dos meus filhos, sendo que ainda são crianças. Como posso manter o respeito em casa se na escola meus netos podem assistir videos que fazem apologia a sexualidade de pequenos grupos!
Há tanta contradição nesse tema, mas o mais importante já foi feito.... já houve o financiamento do projeto. Por volta de três milhões de reais, isso mesmo R$ 3.000.000,00. Enquanto há crianças sem ir à escola por falta de calçados e o MEC se preocupando e gastando com aprovação e distribuição de kit gay!
Trabalhar o respeito à desigualdade e ao outro é função primordial da família e a escola complementa o reforço a esses valores, mas sem necessidade de utilização de material tão explícito e ao mesmo tempo, indutor de comportamentos. Ter conhecimento das diferentes formas de relacionamentos amorosos a criança tem em seu convívio diário, através dos meios de comunicação, do convívio social e até mesmo familiar.
É necessário um basta na banalização dos problemas sociais e educacionais, as escolas recebem crianças que procuram oportunidades para o seu futuro, e elas precisam do apoio do governo, mas não com propostas como estas.
22.5.11
PEI - Programa de Enriquecimento Instrumental do Prof. Reuven Feuerstein.
O PEI é um programa de intervenção multidimensional que compreende uma fundamentação teórica, um repertório rico de instrumentos práticos e um conjunto de ferramentas analítico-didáticas, focalizando em cada um dos três componentes de uma interação: o aprendiz, o estímulo e o mediador, com o objetivo de aumentar a eficiência do processo de aprendizagem.
O PEI se fundamenta na Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e na Experiência de Aprendizagem Mediada de Reuven Feuerstein que nos oferece uma visão dinâmica das capacidades cognitivas do ser humano, esclarecendo como os processos de aprendizagem ocorrem e como é possível, através de uma mediação adequada, expandir o potencial para aprender aumentando a eficiência do funcionamento intelectual dos indivíduos.
O PEI pode ser utilizado em grupo ou individualmente em crianças na idade escolar e em adultos de vários níveis de funcionamento. O programa está traduzido em 12 línguas e é utilizado em diversos países.
A formação completa para interessados na utilização do programa tem duração de 210 horas/aula, divididas em 3 módulos de 70 horas cada.
O PEI pode ser aplicado em diferentes áreas:
Área educacional - para alunos do ensino regular, de sala de recursos, superdotados e na educação de adultos.
Área clínica – com todos os indivíduos a partir de 8 anos que necessitem de uma abordagem cognitiva para superar suas dificuldades de aprendizagem e/ou de comportamento
Área empresarial – em programas de treinamento das habilidades de pensamento e de aprendizagem e na promoção da produtividade.
Área institucional e social – como uma ferramenta adicional para ajudar indivíduos que necessitam socializar-se, praticar atividades intelectuais, recuperar a auto-estima e melhorar suas capacidades cognitivas.
Objetivos do PEI
O objetivo central do PEI é a produção de modificações nas estruturas cognitivas dos indivíduos, expandindo o potencial de aprendizagem, aumentando a eficiência mental e melhorando a qualidade do desempenho intelectual.
Para ajudar a promover este objetivo central, seis sub-objetivos foram formulados:
Correção da funções cognitivas deficientes
O primeiro sub-objetivo do PEI é a correção das deficiências nos pré-requisitos cognitivos do pensamento operacional, ou seja, as funções cognitivas, que falharam no seu desenvolvimento, em grande parte como o resultado da falta de experiência de mediação ou por que o aprendiz foi incapaz de se beneficiar da mediação recebida.
Para dar apenas alguns exemplos de como atingir este objetivo, o mediador irá ajudar o aprendiz a desenvolver adequadas estratégias de pensamento, restringir a impulsividade, ser preciso e sistemático na coleta de dados, identificar e definir problemas, selecionar indícios relevantes, planejar a sua ação e evitar o ensaio e erro, formar e confirmar hipóteses, buscar evidência lógica e refletir antes de responder.
Aquisição de vocabulário, rótulos diferenciados e conceitos relevantes às tarefas do PEI assim como para a resolução de problemas em geral
O segundo sub-objetivo consiste em equipar o aprendiz com linguagem e ferramentas verbais necessárias para a análise do processo mental internalizado, facilitando, consequentemente, o controle e o insight de seu funcionamento cognitivo.
Além do domínio de conteúdo e linguagem da tarefa, o PEI visa equipar o aprendiz com um repertório lingüístico rico e diferenciado de conceitos espaço-temporais, definições acuradas, e rótulos verbais precisos que representam as diferentes relações, operações mentais e funções cognitivas que formam a base de qualquer habilidade de resolver problemas.
Suscitação da motivação intrínsica através da formação de hábitos
Despertar a motivação intrínseca no aprendiz é considerado como um pré-requisito indispensável para qualquer intervenção que visa o desenvolvimento das habilidades de pensamento e do processo cognitivo, com o objetivo de prevenir o estado de contínua dependência do indivíduo em fontes externas de motivação as quais nem sempre são oferecidas pelo ambiente.
Para alcançar isto, o PEI visa a formação e a consolidação do funcionamento cognitivo eficiente num conjunto de hábitos que tendem a emergir espontaneamente no comportamento do aprendiz, independentemente de qualquer necessidade externa.
Criação do insight e pensamento reflexivo
O quarto sub-objetivo consiste no despertar de consciência do aprendiz na implícita relação entre diferentes modos de raciocínio e o conseqüente resultado do seu funcionamento cognitivo.
Ao invés da freqüente tendência de atribuir a condições externas ou mero acaso tanto o fracasso quanto o sucesso, o mediador usa o PEI para ajudar a desenvolver no aprendiz uma orientação com relação a si mesmo e ao seu próprio processo mental os quais devem ser considerados responsáveis pelo comportamento adequado e inadequado.
Criação da motivação intrínsica pela tarefa
O quinto sub-objetivo está relacionado ao tipo de motivação que pode se originar da sensação de domínio de uma tarefa e do valor social que vem acompanhado ao sucesso desta realização.
O PEI, intencionalmente desassociado do domínio familiar de conteúdos específicos e das disciplinas curriculares, ajuda o mediador a criar no aprendiz a motivação para envolver-se com tarefas que são consideradas atrativas e desafiadoras pelo prazer do sentimento de satisfação produzido por esta realização.
Mudança de um papel passivo e reprodutor para um papel ativo e gerador de novas informações
O sexto sub-objetivo do PEI se refere a necessidade de mudança da auto imagem do aluno, o qual frequentemente se percebe capaz apenas de registrar e reter informações, de fonte externa e de forma passiva, de maneira que ele possa conceber-se como pensador ativo, capaz de gerar novas informações com base numa adequada coleta e elaboração de dados.
Instrumentos do PEI Nível 1........................................ (Ver detalhes)
Organização de Pontos
Orientação Espacial I
Comparações
Percepção Analítica
Nível 2........................................ (Ver detalhes)
Classificações
Orientação Espacial II
Ilustrações
Relações Familiares
Relações Temporais
Nível 3 ........................................ (Ver detalhes)
Progressões Numéricas
Instruções
Silogismos
Relações Transitivas
Desenho de Padrões
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CDCP - Centro de Desenvolvimento Cognitivo do Paraná
ATC -The International Center for the Enhancement of Learning Potential - ICELP
Rua Deputado Mário de Barros, 1700
Sala 116
80530-280
Cutitiba - PR - Brasil
E-mail: contato@cdcp.com.br
Todos os Direitos Reservados / Web Design: Enio Souza
Marcadores: Aprendizagem, Cognição, Educação, Formação Alunos, Informação
Depoimento da professora Amanda Gurgel
Ela desafiou deputados e secretários de seu estado mostrando a real situação da educação no Brasil, desmascarando estatísticas convenientes e exigindo melhores condições de trabalho.
O discurso da professora é um retrato claro da educação e dos professores brasileiros.
Que essa fala e seu posicionamento sirvam para que o Estado Brasileiro repense as políticas na área educacional e crie ações efetivas na solução desse problema que é nacional.
21.5.11
Reflexão
20.5.11
Um bom dia! Que seu dia seja realmente lindo!
19.5.11
Líder imaturo ou incompetente ?
Se o seu líder, aqui leia-se Coordenador, Diretor, Gestor, Supervisor, etc, for uma pessoa equilibrada, justa, competente, controlada, educada e aberto a ouvir opiniões, não teme em realizar inovações, está sempre atento a novas ferramentas e estratégias para melhorar a qualidade do trabalho dos Professores e o rendimento dos alunos, então você não precisa continuar lendo este artigo. Parabéns você tem o Líder dos sonhos de qualquer empresa.
Agora, se você estiver pensando “ ah que bom seria se o meu líder fosse assim”, então este artigo é para você.
Se o seu líder não é do tipo descrito acima, então provavelmente ele se encaixará em um dos dois tipos restantes: incompetente ou imaturo.
O líder é incompetente quando não tem o preparo técnico para desempenhar suas funções adequadamente. É o tipo da pessoa que acha que o que já sabe já está bom, não se preocupa em atualizar-se ou participar de treinamentos para a sua educação continuada. Não é adepto de mudanças e inovações. Sempre coloca defeito no trabalho dos outros e nunca está aberto a novas idéias e muito menos a ouvir opiniões que possam melhorar o trabalho.
Faço um alerta que incompetência é diferente de ignorância. Podemos ignorar vários assuntos de várias áreas, até porque não é possível conhecer tudo, assim sendo podemos dizer que uma pessoa pode ignorar o que seja física quântica, porém se esta pessoa receber as informações pertinentes a esta área, bem como realizar cursos e estudos com certeza ela estará apta a responder em um determinado nível de aprofundamento, o que seja a física quântica.
A pessoa incompetente sabe determinado assunto, porém não se esforça para atingir a excelência no que faz, assim o seu desempenho é sempre medíocre.
Já o líder imaturo não apresenta as competências e/ou habilidades no relacionamento interpessoal, sendo assim não sabe gerir as pessoas pois não as vê como tal, e sim como meros instrumentos que devem apenas cumprir ordens e realizar tarefas. Geralmente é o tipo de líder que ou é autoritário com a equipe ou então é negligente, beirando a indiferença com todos.
Este tipo de líder não sabe conversar e nem mediar conflitos que ocorrem no ambiente de trabalho, pois está sempre alheio e indiferente às necessidades das pessoas que lidera.
Uma pessoa que age desta forma só traz malefícios para as pessoas que lidera, bem como para a instituição que trabalha, pois ninguém segue quem não admira, ninguém procura dar o seu melhor quando não recebe reconhecimento. Todos perdem ! Mas pior mesmo é quando o líder além de imaturo TAMBÉM é incompetente.
Por que então as instituições ainda mantém esse tipo de “pseudo-líder” ? Digo a você que este tipo de “líder” está com os dias contados, pois a Escola está descobrindo o que quaisquer outras Organizações que prezam qualidade e competência já sabem: Funcionário incompetente compromete os resultados, pois oferece serviços de má qualidade. O setor privado já está consciente disso e o setor público está começando a incorporar uma nova visão de gestão.
Diz o ditado popular: “quem tem competência se estabelece, quem não tem fenece” , sendo assim os “pseudo-líderes” serão destituídos do cargo e terão que dar passagem para um novo tipo de Líder, que terá como uma das características do seu perfil a proatividade e a competência
Se no seu local de trabalho você convive com um “pseudo-líder” avalie o seguinte: se a pessoa mostra-se disposta a aprender então é possível que haja mudanças a médio prazo, porém se é uma pessoa intransigente, está mais interessada no cargo que nas responsabilidades então é muito improvável que esta pessoa não vá mudar e sendo assim é melhor que você mude de local de trabalho.
Lembre-se de uma coisa: ninguém obriga o outro a crescer ou aprimorar-se, isso é algo intrínseco de cada um conforme sua visão de mundo, de pessoa, de projeto de vida, de competência e excelência. Pessoas medíocres criam instituições medíocres e instituições medíocres morrem.
Você está sofrendo tendo que conviver com o “pseudo-líder”? Compartilhe sua estória no nosso blog postando em comentários.
texto de Roseli Brito no site S.O.S. Professor
Marcadores: Coordenação Pedagógica, Gestão
Cibercultura: o que muda na Educação
A cibercultura é a cultura contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades.
Compreendemos tais esferas como campos legítimos de pesquisa e formação, atribuindo-lhes o status de redes educativas.
Atualmente, a cibercultura vem se caracterizando pela emergência da Web 2.0 com seus softwares e redes sociais mediadas pelas interfaces digitais em rede, pela mobilidade e convergência de mídias, dos computadores e dispositivos portáteis e da telefonia móvel.
Nesse sentido, essa tendência em pesquisa pauta-se na relação complexa e interativa entre as aprendizagens tecidas não apenas ao longo da formação acadêmica e do exercício da profissão, mas também nas vivências
nos diversos ‘espaçostempos’ das cidades, considerando que o docente interage e aprende com seus estudantes, seus pares, gestores, comunidade escolar, com as mídias, com e em redes educativas multirreferenciais e com a sociedade mais ampla.
A noção de Educação Online trazida por nós não separa mais as práticas da modalidade de educação presencial das práticas de educação a distância, uma vez que, de acordo com o que acreditamos, estar geograficamente dispersos não é estar distantes, especialmente quando tecnologias digitais em rede vêm proporcionando encontros e diálogos síncronos e assíncronos e instituindo novas possibilidades de presencialidade em redes educativas variadas.
Nesse contexto, é preciso compreender como se dá a formação de professores para a docência online e alargar essas possibilidades, pois praticamente não contamos, ou contamos muito pouco, com processos de
formação inicial específicos em cursos de graduação. Os processos de formação continuada vêm se instituindo em práticas e projetos pontuais e contextualizados, de acordo com os modelos curriculares específicos de instituições – públicas ou privadas – e de alguns docentes que vêm construindo e atuando
na e pela internet com seus desenhos curriculares autorais.
Um ambiente virtual de aprendizagem é um conjunto de interfaces digitais, que hospeda conteúdos e permite a comunicação, propiciando a expressão e a autoria dos participantes que habitam tais interfaces. Forma-se um híbrido entre objetos técnicos e seres humanos em processo de construção do conhecimento. Cada vez que um novo participante habita, com sua autoria criadora, uma das interfaces de um ambiente virtual de aprendizagem, o mesmo se auto-organiza, modificando não só o ambiente fisicamente, como também, em potência, a aprendizagem de todos os praticantes da comunidade.
Não é o ambiente online que define e educação online. Ele condiciona, mas não a determina. Tudo dependerá do movimento comunicacional e pedagógico dos sujeitos envolvidos (SANTOS, 2005). Além de acreditarmos que só aprendemos porque o outro colabora com sua experiência, sua inteligência e sua provocação, sabemos que temos interfaces que favorecem a nossa comunicação de forma livre e plural. Neste contexto, precisamos repensar o trabalho docente. É deste lugar que conceituamos educação online
como um fenômeno da cibercultura.
Assim, entendemos as práticas de Educação Online como um processo complexo (de desterritorialização e reterritorialização de saberes e conhecimentos) que se institui a partir de uma série de ações e situações de
ensino-aprendizagem, ou atos de currículo (MACEDO, 2000), mediadas por interfaces digitais que potencializam práticas comunicacionais e pedagógicas.
texto de Edméa Santos
imagens da internet
Marcadores: Cursos, Inclusão Digital, Informação, TICs
Mobilização Social em Prol da Escola
Estreitar as relações entre a comunidade escolar, sociedade e o Conselho Escolar. É este o principal objetivo do Dia “D” do Conselho Escolar – Mobilização Social em Prol da Escola que a Secretaria da Educação (SEC) de Itabuna está programando para o próximo dia 20 de maio na Rede Pública Municipal de Ensino, quando serão oferecidos diversos serviços e desenvolvidas ações de cunho social.
Organizado pelo Departamento de Acompanhamento da Gestão da SEC, através da Assessoria aos Conselhos Escolares, o Dia “D” visa trabalhar as funções pertinentes ao colegiado escolar, principalmente no seu aspecto mobilizador e deliberativo, aproximando ainda mais o Conselho da própria comunidade escolar e da comunidade local.
De acordo com a diretora do Departamento de Acompanhamento da Gestão, Sandra Damasceno, será um dia de extrema importância para os conselhos que, juntamente com as escolas, estarão desenvolvendo ações com foco na geração de benefícios para a comunidade.
“O Dia ‘D’ do Conselho Escolar visa, sobretudo, o desenvolvimento social e participativo da escola, abrindo suas portas para atender de forma ampla a comunidade na qual esta inserida e, acima de tudo, promovendo o fortalecimento de suas atividades”, justifica Sandra. Na Rede Municipal de Ensino de Itabuna estão instalados e em funcionamento 112 conselhos escolares, que são responsáveis pelo acompanhamento e execução das políticas públicas na escola.
Na escola Flávio Simões a programação incluirá a realização de mutirões de atendimento fisioterápico, oficinas de artesanato, pintura, estética, palestras educativas e informativas, visitação dos agentes de Saúde e Combate a Dengue, entre outros, durante todo o dia, promovendo assim um dia de atividades que contemplem necessidades vivenciadas pela comunidade local.
site PMI/
Marcadores: Arte-educação, Artesanato, Cidadania, Saúde
17.5.11
Porto Seguro sedia Congresso Internacional de Educação
Com o tema “A Educação para um Estado sem fronteiras: da teoria à prática”, o evento terá na programação palestras, mini-cursos, workshop e mesa redonda.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas aqui.
O congresso será realizado no Centro Cultural e de Eventos do Descobrimento e deve atrair cerca de 5 mil profissionais ligados à educação e outras áreas.
Valorização do professor passa pelas questões salariais
Ao avaliar o reajuste salarial de 15,85% concedido ao magistério público municipal de Itabuna, o maior já registrado nas últimas décadas, o prefeito José Nilton Azevedo Leal reafirmou o seu compromisso com a melhoria da qualidade social da Educação e enfatizou que a valorização do professor passa, também, pelas questões salariais.
“Não podemos pensar na melhoria da qualidade social da Educação sem considerarmos que ela é fruto de um contexto que envolve melhoria salarial, da infraestrutura da escola, investimentos em tecnologia e em alimentação escolar e, principalmente, a promoção da saúde e da qualidade de vida do professor”, elucidou Azevedo. O chefe do executivo itabunense lembrou que pela primeira vez na história o governo municipal concede um reajuste superior ao que havia sido reivindicado pela categoria do magistério, que era de 15%.
“Isso é fruto da vontade política da nossa administração e parte do entendimento de que a Educação é o princípio do desenvolvimento da sociedade. Por isso, não mediremos esforços para tornar a Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna em referência e modelo para as demais redes públicas do Norte/Nordeste do país”, frisou o prefeito.
Neste sentido, acrescentou Azevedo, o governo municipal, através da Secretaria da Educação (SEC), vem implementando diversos programas e ações focados na formação continuada do professor, na saúde do educador – a exemplo do Projeto Salutar -, na informatização das escolas municipais, inclusive do campo, na implantação da Escola em Tempo Integral, na suplementação da merenda escolar e na Educação Inclusiva, com a ampliação das ações do Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva (Cepei) e das Salas Multifuncionais.
“Como podemos perceber, a Educação não se limita apenas num determinado aspecto. Entretanto, temos consciência de que todos esses investimentos e programas só surtirão o efeito esperado, que é a melhoria da qualidade social da Educação, se o professor for valorizado e respeitado não só como profissional mais como um ser humano imprescindível para o desenvolvimento da sociedade”, contextualizou o prefeito de Itabuna.
Aumento salarial
O secretário da Educação, Gustavo Joaquim Lisboa, ressaltou que o aumento salarial de 15,85% concedido aos professores foi linear. Com isso, o menor salário pago a um professor em atividade de classe da Rede Pública Municipal de Ensino, com nível médio e carga horária de 40 horas, será de R$ 1.424,49 (um mil, quatrocentos e vinte quatro reais e quarenta nove centavos). “Diferente do que ocorreu no ano passado, esse incremento salarial foi extensivo a todos os níveis de professores”.
“Isso representará um grande impacto na folha de pagamento em razão de a Rede já possuir maior parte dos professores em nível III, cujos salários são mais elevados. Somente com o pagamento dos salários dos professores o município gastará exatos R$ 6,6 milhões a mais em 2011 do que em 2010”, revela Lisboa. Ele acrescenta que com os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb) o município não consegue nem mesmo cobrir a folha, uma vez que ela ultrapassa R$ 4,5 milhões mensalmente.
Gustavo esclarece que os recursos do Fundeb para Itabuna, definidos por meio da Portaria Interministerial do Governo Federal, que estima a receita anual e os coeficientes de distribuição de recursos por entes governamentais, é de R$ 3.492,291,85 (três milhões, quatrocentos e noventa dois mil, duzentos e noventa um reais e oitenta cinco centavos). “Para pagar a folha, os recursos serão complementados pelo tesouro municipal, conforme fora autorizado pelo prefeito Capitão Azevedo durante a Campanha Salarial do Magistério deste ano”, pontua o secretário da Educação.
Ganho real
Lisboa destaca ainda que, sem sombra de dúvidas, trata-se do maior aumento linear já concedido à Rede Pública Municipal de Ensino. “Mais ainda, foi um reajuste no vencimento básico, o que implica em dizer que todas as outras gratificações e adicionais sofreram o impacto deste aumento salarial, que o que será superior aos 15,85% no valor bruto final do vencimento dos professores”, assegura o secretário.
O titular da Educação acrescenta que, além disto, a Prefeitura de Itabuna também atende à legislação federal que foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que implantou em nível nacional o piso salarial do professor. “Considerando os aumentos concedidos desde 2005, os professores já acumulam o ganho nominal de 68,56% e ganho real de 33,9% para além dos índices inflacionários, calculados pelo IBGE, através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA”, finalizou Lisboa.
do site da PMI
16.5.11
Coordenando as Tecnologias Educacionais
É preciso deslocar a ênfase do objeto (o computador, o programa, este ou aquele módulo técnico) para o projeto (o ambiente cognitivo, a rede de relações humanas que se quer instituir).
Segundo dados inseridos na Wikipédia, as Tecnologias Educacionais são utilizadas desde o prncípio da educação sistematizada. Ainda hoje se usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente eram feitas de pedra-ardósia, usa-se a tecnologia dos livros didáticos, atualmente os diversos estados mundiais debruçam-se sobre quais seriam os currículos escolares mais adequados para o tipo de sociedade pretendida.
No mundo ocidental, um dos grandes desafios é adaptar a educação às novas tecnologias - TICs tais como os meios de comunicação atuais como a internet, o rádio, os softwares que funcionam como meios educativos formais ou informais.
A Tecnologia Educacional é a área de conhecimento onde a tecnologia se submete aos objetivos educacionais. Ela procura auxiliar o processo ensino e aprendizagem de modo a propiciar formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação, preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos, da escola, do professor, da cultura em que a educação está inserida.
Com base nas necessidades operacionais e de utilização das TICs no ambiente escolar, foi que o NTM de Itabuna formatou e está aplicando o curso semipresencial "Coordenando as Tecnologias Educacionais".
Toda a metodologia do curso estará voltada para a interação de aprendizagem nos ambientes on-line, onde os professores-cursistas poderão desenvolver e construir propostas de interação com as NTIC no ambiente MOODLE, visando a elaboração e execução de um projeto em sua(s) própria(s) escola(s), de maneira individual ou coletiva.
O curso terá uma carga horária de 80 horas e será realizado através de Módulos Temáticos.
Marcadores: Educação, Formação Coordenação, Formação Professor, TICs
11.5.11
Novo olhar sobre a Matemática
Seguindo o link de indicação para um texto, postado em um comentário no blog, encontrei, no site Beira do Rio, Jornal da Universidade Federal do Pará, a apresentação de uma forma diferenciada de trabalhar conceitos matemáticos. O autor me encantou, porque sou apaixonada pela educação e pelas novas formas de levar a aprendizagem e trabalhar o conteúdo com os alunos. É um trabalho de envolvimento integral. Parabéns professor!
por Paulo Henrique Gadelha /Abril 2011 foto Acervo do Pesquisador
Historicamente, a Matemática foi concebida como uma ciência hermética e desinteressante. É comum escutarmos relatos de experiências traumáticas quando o assunto em questão é o aprendizado da disciplina. Seria possível, então, estudar os conteúdos matemáticos de uma forma alternativa e atraente, tornando-os inteligíveis para os alunos e eficiente para o professor?
Para essa indagação, o professor João Batista do Nascimento, da Faculdade de Matemática do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN) da Universidade Federal do Pará (UFPA), não titubeia em afirmar que sim. A resposta tem respaldo na metodologia criada pelo próprio docente: o uso do teatro na aula de Matemática.
De acordo com o professor, a didática consiste em trabalhar os conceitos dessa área de conhecimento de uma maneira em que os alunos possam assimilar os conteúdos de forma lúdica e prazerosa. “Com o auxílio do teatro, a criança vai perder o medo da Matemática e passar a ter uma nova visão sobre a disciplina, pois a linguagem teatral tem o poder de despertar os nossos sentimentos e emoções. Dessa forma, após vivenciar no palco o que sempre foi considerado enfadonho, o aluno vai ter mais sensibilidade para aplicar a Matemática no seu cotidiano”, afirma o professor João Nascimento.
Com o primeiro resultado prático de sua metodologia, o professor criou, em 2003, o Projeto de Extensão “Atividades de Matemática para 3ª e 4ª séries”, o qual vigorou durante aquele ano na UFPA e contou com a ajuda de quatro alunos que cursavam Licenciatura em Matemática na Universidade, na época. A iniciativa recebeu, ainda, apoio do Clube de Ciências do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica (NPADC), atualmente Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI), e da Faculdade de Matemática.
As atividades da iniciativa aconteciam aos sábados no Clube de Ciências. Nesses encontros, crianças do bairro Guamá entravam em contato com a Matemática não só por meio de peças de teatro, mas também por utilização de jogos e outras brincadeiras. Essas dinâmicas, segundo João Nascimento, são eficientes, pois contribuíam para uma melhor fixação dos conteúdos.
Espetáculo conta origem das figuras geométricas
Após essa experiência, o professor pensou em criar um espetáculo teatral que pudesse consolidar o seu trabalho. Então, João Nascimento elaborou a proposta da peça chamada “De ponto em ponto formamos...”, na qual os personagens representam elementos da Geometria Plana. O objetivo era discorrer a respeito dos conceitos básicos desse tópico da Matemática, tudo de forma informal e bem humorada.
A peça era dividida em cinco atos: OH! Sujeito quadrado! (ato 1); Triângulo Amoroso (ato 2); Círculo Vicioso (ato 3); Tem que andar na linha (ato 4); Ponto Finalmente (ato 5). No momento das encenações, os personagens (elementos matemáticos) se apresentavam, explicavam suas funções e peculiaridades contracenando uns com os outros. A proposta foi apresentada em instituições de ensino superior no Pará, adequando o conteúdo à realidade local. No Campus Universitário do Baixo Tocantins (CUBT) da UFPA, em Abaetetuba, isso aconteceu durante a realização da disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos para o Ensino de Matemática, ministrada pelo professor Aubedir Seixas Costa, que também desenvolveu o trabalho nos municípios de Breves, Tailândia e Concórdia do Pará.
A metodologia foi batizada de “Matemática e Teatro – da construção lúdica à formalização”. A forma alternativa de ensinar Matemática ganhou notoriedade na mídia local, nacional e até internacional, sendo divulgada em Portugal.
Modelo tradicional é deficiente e ultrapassado
Apesar de defender com afinco o seu método, o professor mostra-se cético quanto a possíveis mudanças no modelo tradicional de se ensinar a ciência na rede básica, o qual ele considera extremamente deficiente e ultrapassado. Um problema que não se restringe ao Brasil, “o ensino de Matemática praticado aqui é de péssima qualidade. Essa realidade ultrapassa as fronteiras do País e se estende por toda a América Latina. É premente a necessidade de melhorar o ensino. Não adianta mais o professor apenas se limitar a escrever uma definição no quadro e o aluno copiar. E para atingir a qualificação esperada, o docente precisa buscar novos métodos. Porém não vejo uma movimentação intensa nesse sentido”, declara João Nascimento.
Para o professor, um dos fatores que contribuem para essa realidade é a concepção de que o aluno da rede básica não faz ciência. “Isso é falso. Eles produzem ciência tanto quanto quem está na universidade. Agora, é claro que existe uma diferença na densidade da produção. Isso é natural. Mas a produção do ensino básico não deixa de ser científica por ser menos complexa”, considera.
O próximo desafio de João Nascimento é produzir um livro que contemple todo o histórico da sua metodologia, para auxiliar estudantes e professores. A obra deve conter as dinâmicas envolvendo teatro e também poesia, música e outras vivências. O projeto já tem título “Matemática para Aprender e Ensinar”. Faltam alguns detalhes para a publicação, no entanto o professor já usa o esboço do material para auxiliar alguns colegas que têm interesse no trabalho.
“Não consigo visualizar grandes mudanças. Porém continuo insistindo em relacionar o teatro com a Matemática. Quero que as crianças não se limitem a aplicar o conhecimento em um papel frio de prova, mas possam defender o seu saber com todos os recursos e emoções disponíveis”, finaliza João Nascimento.
Todo que desejar mais informações, material e conhecer outras propostas é só pedir pelo e-mail: jbn@ufpa.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Marcadores: Arte-educação, Educação, Matemática, Teatro
4.5.11
Poema para o dia das Mães
Marcadores: Data comemorativa, Literatura, Mães, Mensagem
CNE aprova diretrizes que flexibilizam ensino médio
Cada sistema de ensino ou escola poderá montar disciplinas conforme o interesse da escola, com ênfases variadas
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta quarta novas diretrizes para o ensino médio. A resolução vai dar liberdade a escolas e sistemas de ensino para que montem a grade curricular mais interessante aos alunos com ênfase em trabalho, ciência e tecnologia e cultura. Emendas serão feitas ao texto original, mas segundo a assessoria do órgão elas apenas esclarecem pontos e não alteram o conteúdo.A expectativa é que as novas diretrizes criem diversidade de projetos que atraiam os jovens em instituições públicas e privadas. Uma escola pode ter um projeto político pedagógico que enfatiza música, outra física, outra comunicação e o que mais a equipe achar que a comunidade precisa. “Cada escola ou sistema está liberado para dar mais tempo a uma ou outra área sem se prender a cargas horárias. Tem que ensinar matemática, português e outros conteúdos sim, mas pode ser dentro de um projeto sobre o que for melhor para a comunidade, pode ser uma hora ou 200 horas”, explicou o relator da proposta, José Fernandes de Lima. O texto segue agora para homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad e deve ser publicado em algumas semanas.
A flexibilização é uma proposta do conselho debatida há 8 meses e que sugere aprendizado por projetos e uma divisão menos rigorosa de disciplinas. Os Estados – responsáveis por 90% das matrículas nesta etapa – já haviam aprovado o projeto apresentado em janeiro. Em São Paulo, o secretário-adjunto, João Cardoso Palma, disse que é “muito favorável” ao agrupamento de disciplinas.
O ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados conclui os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes.
Aprovadas as diretrizes, novas expectativas de aprendizagem devem ser produzidas menos baseadas em conteúdos muito específicos. Será promovido um debate em todos os Estados para formular quais devem ser as bases mínimas esperadas.
Mais tempo
Um dia antes, a Comissão de Educação do Senado aprovou o projeto de lei aumenta em 20% o tempo de aula anual em todas as etapas, inclusive no ensino médio. As novas diretrizes apoiam esta ampliação e sugerem que parte das horas a mais seja de aulas fora da sala de aula.
Ensino técnico
Na semana passada, um programa de ampliação de vagas em escolas técnicas por meio de financiamento e bolsas, o Pronatec, foi lançado pelo ministro e a presidenta Dilma Rousseff. Apesar de reconhecer a importância do preparo para o mercado de trabalho, educadores questionaram que essa não era a solução para a etapa, que precisava de um currículo mais variado.
Marcadores: Educação, Ensino Médio, Informação
Senado aprova carga horária maior para ensinos infantil, fundamental e médio
Projeto de lei que aumenta carga horária mínima de 800 para 960 horas anuais segue para apreciação da Câmara dos Deputados
A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira, o projeto de lei do Senado (PLS 388/2007) que aumenta de 800 para 960 horas anuais a carga horária mínima para os ensinos infantil, fundamental e médio. Como foi aprovado em caráter terminativo, a matéria segue, agora, à apreciação da Câmara dos Deputados. Essas 960 horas, pelo projeto, serão distribuídas pelo período de 200 dias do ano letivo, excluindo os dias destinados aos exames finais, quando houver.Se as 160 horas a mais fossem distribuídas pelos 200 dias letivos obrigatórios, a carga horária diária teria um acréscimo de 48 minutos. No entanto, o texto não determina que o aumento seja diário. Com isso, as escolas podem optar como farão para cumprir a determinação, caso o projeto de lei seja aprovado.
Emenda incluída pelo relator do projeto, deputado Cyro Miranda (PSDB-GO), determinou que as mudanças no calendário escolar só entrarão em vigor dois anos após a publicação da lei no Diário Oficial da União. Ou seja, se a lei for aprovada pelo Senado e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff ainda este ano, a nova carga horária só entraria em vigor em 1º de janeiro de 2013.
Também foi aprovado pela comissão, em caráter terminativo, o projeto de lei que aumenta de 75% para 80% a frequência mínima para a aprovação de estudantes no ensino fundamental. A proposta esclarece que, no caso de afastamento do estudante da sala de aula por motivo de saúde, o atestado médico apresentado garantirá o direito de fazer provas em segunda chamada, "mas não abona as faltas que lhe foram imputadas".
O relatório do projeto de lei do Senado destaca a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), para o período de 2011 a 2020, de que 50% das escolas de educação básica do País ofereçam o ensino em tempo integral. De acordo com o texto, o projeto “dá um pequeno primeiro passo na direção do tempo integral”.
* Com informações da Agência Brasil
Marcadores: Educação, Informação, Plano Nacional de Educação
27.4.11
STF define que um terço da jornada dos docentes seja fora da aula
Definição da carga horária dos professores na lei do piso nacional havia sido questionada na Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a reserva de um terço da carga horária de professores para a realização de atividades extraclasse, como planejamento pedagógico. A lei que fixa a carga horária e um piso nacional para os professores foi questionada na Justiça pelos estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a decisão, o professor que cumpre jornada de 40 horas semanais, tem de ficar pelo menos 13 horas em atividades fora da sala de aula.No início do mês, o Supremo se posicionou a favor do piso salarial da categoria, que deve ser calculado sem contar benefícios, como bônus e gratificação. Na ocasião, os ministros não formaram consenso sobre a questão da carga horária e decidiram esperar o presidente Corte Cezar Peluso.
Nesta quarta, o plenário retomou o julgamento da carga horária do magistério e o ministro Peluso considerou inconstitucional a definição da jornada de trabalho, empatando o placar em 5 votos contra a carga horária e 5 a favor. O ministro José Antonio Dias Toffoli se absteve da votação. Seguindo o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, o plenário decidiu manter o artigo da lei que separa um terço das 40 horas semanais de trabalho para realização de atividades fora da sala de aula, e a Lei do Piso passa a valer na íntegra sem nenhuma altração.
No entanto, como a decisão sobre o horário de trabalho não alcançou o quórum de seis votos, não se aplicam os efeitos vinculantes em relação a esse artigo da legislação, o que significa que a decisão poderá ser questionada novamente, e outros tribunais poderão julgar de outras formas. O debate, inclusive, pode voltar novamente para o STF.
Os cinco estados que questionaram a constitucionalidade da lei 11.738/ 2008 alegam que ela fere o princípio de autonomia das unidades da federação prevista na Constituição. Também argumentam que a lei não leva em consideração o orçamento e a quantidade de trabalhadores de cada unidade da federação. São Paulo tem hoje metade deste tempo para atividades extraclasse.
Entenda a controvérsia
Em 2008, o Congresso aprovou lei que define um piso nacional para os professores e reservava um terço da carga horária de 40 horas para atividades extracurriculares.
No mesmo ano, governadores de Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167 questionando a validade da lei aprovada no Congresso.
Uma decisão liminar concedida aos cinco Estados pelo Supremo invalidou o dispositivo que reservava tempo para atividades fora da sala de aula e considerou que o valor pago como piso poderia incluir vantagens, além do salário.
Neste ano, o novo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou não ter mais interesse na ADI. Porém, a Justiça impede que um reclamante se desligue oficialmente do processo em andamento.
Em julgamento no início do mês, o STF manteve o pagamento do piso sem considerar benefícios, conforme previsto na lei. Hoje, ele voltou a se posicionar em favor da lei e a fixação da carga horária de 40 horas com reserva de tempo para atividades extra classe.
Naiara Leão, iG Brasília
Marcadores: ducação, Formação Professor, Informação, Piso Salarial, Sociedade
© 2009 - 2013 - Blog do FLÁVIO SIMÕES .
Todos os direitos reservados
Hospedagem: http://www.blogspot.com/
Site desenvolvido por Bete Almeida.